Não Pareceu Um Pedido?

 

POV Justin

 

Acordei com o corpo um pouco dolorido. Não lembrava se tinha apanhado ou sido amarrado pelos seguranças de Lorena, mas alguns movimentos que eu fazia, faziam meu corpo reclamar. Lorena estava deitada em cima do meu braço e parecia uma morta. Puxei meu braço devagar e Lorena reclamou, mesmo dormindo. Achei graça daquilo e comecei a beijar seu rosto. Mas ela devia estar cansada demais, pois nem se quer acordou. Me levantei depois de alguns segundos, ainda tinha sono, mas não queria ficar na cama. Arrastei a porta corrente que dava acesso à varanda abrindo-a e tive aquela vista perfeita. Me espreguicei sentindo aquele cheiro de mar.

 

 

Precisava levar Lorena para conhecer o Rio de Janeiro. Eu já havia estado aqui em outros momentos com o Lúcio. Eu e Jaden saímos para curtir a noite carioca e íamos pro motel com umas 5, 6 vagabundas. Era boa demais minha vida de solteiro!

Voltei para dentro do quarto e fui direto pro banheiro fazer a higiene matinal e tomar um banho. Assim que saí do banheiro com a toalha amarrada na cintura, vi que Lorena estava sentada na cama abraçando os joelhos, olhando para o nada pensativa.

 

– O que foi amor? – perguntei enquanto tirava a toalha da cintura e começava a passar ela no cabelo para secar.

– Nada. – disse forçando um sorriso.

 

POV Lorena

 

Acordei me espreguiçando e ouvi o barulho do chuveiro. Comecei a pensar enquanto esperava Justin sair do banho. Tudo o que havia acontecido no dia anterior ainda girava em minha cabeça. E uma dúvida cruel ainda insistia em mim: o que Justin tinha feito com Alana? Era estranho, sei que ela merecia por tudo de ruim que fez, mas aquilo me instigava, eu precisava saber o que Justin foi capaz de fazer com ela. Do mesmo jeito que levantava o meu lado curioso, me dava medo. Eu nunca estava preparada pra ouvir o que o Justin era capaz de fazer e o quanto ele podia ser mal. Sentei na cama abraçando meus joelhos. Continuei pensando no dia anterior, aquilo parecia tão surreal. Quase não conseguia mais ficar na posição que eu estava. Meus bebês estavam cada dia maiores.

 

– O que foi amor? – ouvi ele perguntar.

 

Olhei para Justin e ele estava completamente nu secando o cabelo com a toalha. Quase esqueci o que estava pensando.

 

– Nada. – falei forçando meu melhor sorriso.

 

Justin revirou os olhos. Sabia quando eu estava mentindo. Começou a se vestir e eu me levantei indo até o banheiro, mas antes de passar pela porta, senti os braços dele segurarem minha cintura.

 

– Não vai me dar um beijo de bom dia? – perguntou perto do meu ouvido fazendo meu corpo se arrepiar.

 

Sorri com aquilo e meus bebês se mexeram fazendo cócegas. Beijei seus lábios de leve e separei nossos lábios mirando o sorriso perfeito que brotava no rosto do Justin.

 

–Se arruma, nós vamos sair. – disse voltando pra sua mala procurando uma roupa.

– Aonde você vai me levar? – perguntei me escorando na porta do banheiro e cruzando os braços.

– Qual é, você está no Rio! – disse meio óbvio. – Se arrume e no caminho eu te falo. – disse de um jeito engraçado.

 

Sorri entrando no banheiro e me despindo. Tomei um banho breve sem molhar o cabelo. Fiz minha higiene pessoal e assim que saí do banheiro avistei que Justin estava na varanda falando no telefone com alguém. Parecia se divertir. Vesti uma roupa e fiz uma maquiagem básica. Justin entrou no quarto ainda rindo.

 

– Quem era? – perguntei curiosa.

– Ryan. Ele estava surtando porque eu desliguei todos os celulares. – disse rindo se olhando no espelho ajeitando o cabelo.

– Falou que estamos bem?

– Aham, mas ele estava puto. – disse rindo.

– E Fernanda? Ela deve estar pirando... – falei pensativa enquanto calçava minha sandália.

– Bom, agora todos sabem que sobrevivemos. – disse Justin chegando perto de mim com aquela cara de anjo.

– É. – concordei com um suspiro.

– Está pronta?

– Sim. – disse pegando uma bolsa.

 

Justin entrelaçou nossos dedos e saindo do quarto pegando o elevador. Assim que chegamos a recepção, Justin começou a tentar conversar com a recepcionista do Hotel. Até que ela falava bem o inglês, apenas algumas pronuncias que não saíam corretamente e aquilo visivelmente irritava o Justin. Ouvi ele pedindo um carro para alugar.

 

– Vamos. – disse ele pegando minha mão e se dirigindo pra fora do hotel.

 

 

Já havia um carro parado em frente. Um homem abriu a porta pra mim do lado do carona e Justin ocupou o banco do volante. Assim que entrei Justin seu aquele sorriso safado.

 

– Vou te mostrar a tão falada cidade maravilhosa. – disse arrancando com o carro.

 

Justin passava as marchas e acelerava correndo nas ruas no Rio.

 

 

– Justin, tá maluco? – perguntei me segurando no banco.

– Relaxa. – disse ele com um sorriso de capeta no rosto olhando a estrada.

– Para o carro, agora! – gritei nervosa sentindo minha cabeça girar.

– Deixa de ser fresca, porra! – disse achando graça e acelerando mais ainda.

 

Quando Justin ultrapassou um sinal vermelho, começamos a ouvir o barulho da sirene do carro de polícia. Justin fechou a cara olhando pelo retrovisor.

 

– Merda de policiais. – disse entredentes encostando o carro.

– Vai lá, fodão! O que você vai fazer agora? – falei irritada afundando no banco.

 

Vi pelo retrovisor o policial abrindo a porta de seu carro e então saindo cheio de marra. Se aproximou do carro e Justin, respirando fundo abriu o vidro. Lógico que ele não falava a nossa língua.

 

 

Justin deixou ele falando, falando até que no final virou e disse

 

– Eu não falo em português, desculpe. – com a cara mais sonsa do mundo.

 

O policial pareceu surpreso e olhou pros lados verificando se não havia mais ninguém olhando e então fez um sinal com a mão que nós conhecíamos bem: pediu dinheiro. O safado ainda tinha um sorriso malicioso no lábios. Justin revirou os olhos pegando sua carteira no bolso de trás da bermuda e dando-lhe 100 dolares. O policial o comprimentou e foi embora.

 

– Viu, estamos bem. – disse olhando pra mim com aquela cara de peste.

 

Bufei me afundando na poltrona.

 

Fomos até um restaurante chamado Porcão. Era uma churrascaria. Comemos e mais uma vez passamos pela dificuldade em falar. Parecia que Justin não tinha paciência com ninguém. Eu ate que entendia o que eles estavam querendo nos falar. Meus avós são portugueses, daí o meu nome Lorena. Alguma coisa em português eu sabia. Eu ria muito dos Justin zoando os garçons. As vezes eu achava que ele exagerava com a grosseria, mas não quis me importar. Comi muuuuuito! Esses bebês me deixam faminta.

Assim que saímos do restaurante, Justin estacionou na praia. Saimos do carro e enquanto eu estava andando, Justin pediu pra eu parar pra ele tirar uma foto minha.

 

Depois andamos pela areia até chegar próximo do mar.

 

– Vamos? – disse já tirando sua blusa e ficando apenas com a bermuda.

 

Sorri tirando minha roupa e ficando de biquíni.Caminhamos de mãos dadas até o mar. A agua estava super gelada. Justin me agarrou por trás quando já estávamos com a àgua até o joelho.

 

– Te amo, sabia? – disse sussurrando em meu ouvido.

– As vezes tenho minhas dúvidas. – falei manhosa.

– Por que? – perguntou franzindo a testa.

– To brincando, bobo. – sorrindo dando um leve tapa em seu braço.

 

Justin sorriu de canto me dando um beijo na bochecha e então se posicionou de frente pra mim passando a mão em minha barriga.

 

– Todo dia eu imagino os rostos deles. – disse meio abobalhado.

 

Sorri achando aquilo lindo.

 

– Eu também. Quero muito saber se são meninos ou meninas... ou sei lá pode ser os dois. – falei confusa, mas feliz.

– Já disse que são meninos. – disse implicante.

– Justin, para com isso! Parece até que se vier uma menina você vai rejeitar. – falei chateada.

 

Justin estalou a língua no céu da boca revirando os olhos.

 

– Eu não vou saber lidar com esses lances de menstruação, meninos dando em cima, coisinhas de mulherzinha, tá ligado?

 

Gargalhei achando graça da sua cara. Ele arqueou uma sobrancelha sem entender.

 

– Eu vou estar aqui pra isso. – falei sorrindo.

–Ah, não sei! Quero dois meninos pegadores. Vou ensinar pra eles como pegar mulher gostosa. – disse meio idiota.

 

Sorri suspirando. Meu amor era um eterno bebê. Justin abaixou ficando em direção da minha barriga e depositou um beijo que fez os bebês se agitarem.

 

 

– Eles sabem quando você chega perto, sabia? – disse olhando para ele.

– Jura? – ele perguntou surpreso.

– Aham. Eles sempre se mexem toda vez que você fala. Quando eu tô nervosa eles ficam inquietos, é só ouvir sua voz que eles se acalmam.

 

Justin me encarou sem falar nada, mas aquela cara dele me dizia tudo. Ele tinha adorado saber disso. Deu mais um beijo em minha barriga e depois se levantou ficando a minha altura.

 

– Quero casar com você. – disse me olhando profundamente.

– Eu também quero. – sorri.

– Eu tô falando sério, Lorena. – insistiu.

– Eu também, Justin. – falei rindo.

– Eu tô perguntando se você quer casar comigo. – disse depois de ter revirado os olhos.

– Eu já disse que que... peraí. – me cortei antes mesmo de terminar a frase. – Isso foi um pedido de casamento? – perguntei incrédula.

– Não pareceu um pedido? – perguntou irritado.

 

Sorri beijando os seus lábios com força e ainda sorrindo.

 

– Lógico que eu quero. – falei assim que separei nossos lábios.

– Então quando chegarmos em Atlanta, vamos providenciar tudo. – disse feliz.

– Oh, meu Deus! Eu não tô acreditando nisso. Eu vou me casar... – falei pensativa sentindo as lágrimas marejarem os meus olhos.

– Você não só vai casar, você vai casar com o homem mais gostoso de Atlanta. – disse convencido.

 

Sorri achando ele a coisa mais fofa do mundo. Ficamos ali no mar trocando carícias e eu já pensava no meu vestido. Justin não aguentava mais me ouvir falar de como eu queria o casamento. Depois de um breve silêncio, minha curiosidade voltou a insistir.

 

– Justin. – chamei seu nome fazendo ele se aproximar de mim.

– Fala.

– Posso te fazer uma pergunta?

– Já fez, mas pode fazer outra. – falou debochado.

– Já fiz? – perguntei sem entender.

– E agora fez outra, mas pode fazer a terceira, eu deixo. – disse rindo da minha cara.

– Palhaço. – falei estalando a língua e tentando esconder o sorriso.

– Faz logo! – diz impaciente.

 

Olhei para ele tentando buscar o melhor jeito de perguntar aquilo, sabia que o irritaria, mas não quis enrolar e fui direta.

 

– O que você fez com Alana? – perguntei séria.

– Pra que você quer saber isso agora? – perguntei irritado.

– Não posso saber? – perguntei cruzando os braços e uma onda bateu em nós.

– Não precisa saber. – disse indiferente.

– Mas eu quero saber. – insisti.

– Ela está morta, ok? Isso é tudo que você tem que saber. – disse alterado.

– Que ela está morta eu sei, mas eu quero saber como você a matou. – insisti alterando a minha voz também.

– Você é mestre em estragar climas, né? – disse virando as costas pra sair do mar.

– Justin! Pára! Eu não quero estragar nada! – falei segurando seu braço.

 

 

– Lorena, não tem porque você saber, ok? Você sabe que esse não sou eu, você sabe que eu não sou um monstro, você sabe que eu não gosto de matar, mas eu precisei, Lorena, eu precisei! – disse preocupado.

– Justin, tudo bem! – falei tentando acalmá-lo. – Eu não vou te julgar. Sei o que Alana fez e ela mereceu, mas eu só quero saber.

 

Justin respirou alto me encarando e depois de alguns segundos meu coração já batia mais rápido.

 

– Eu... taquei fogo nela. – disse meio preocupado com a minha reação.

 

Eu tentei não demonstrar o quanto aquilo tinha me dado náuseas. Tentei imaginar o Justin fazendo isso, mas não se encaixava na minha mente. Meu Justin não fazia esse tipo de coisas. O meu Justin era um príncipe que não gostava de matar e ele não só tinha matado como tinha tacado fogo. Tentei compassar os batimentos do meu coração, mas me peguei fitando o nada imaginando a cena.

 

– Lorena! – Justin me sacudiu e ele olhei seu rosto com a visão um pouco embaçada.

 

(...)

 

 

 

 

 

Tópico: Não Pareceu Um Pedido?

Destino Oculto

Manu Cavalcante | 22/04/2015

Não pareceu um pedido de casamento

Destino Oculto

Belieber_Pq_Sim | 07/01/2015

GNTTTTTTTTT ... LORENA EH ASSIM , PQ NAO TA ACOSTUMADA CM ESSE TIPO DE VIDA , ESSAS COISAS DE SANGUE E ARMAS , GANGUES , TRAFICO E TALS ... ISSO EH NOVO , ELA SMP FOI FILINHA DE PAPAI E TALS ... POR ISSO ELA EH MIMADA DESSE JEITO

Destino Oculto

anonimo | 17/03/2014

Aff essa garota é muito fresca, fala serio até irrita

Destino oculto 2

@JbieberPaulinha | 15/01/2013

Ai essa lorena nao cansa, pra que tantas pgts q curiosa eka sempre estraga o clima kkkkk

Re:Destino oculto 2

eduarda | 16/05/2013

aff total curiosisade ela... --' se eu tivesse com o Jus nunca estragaria o clima :(

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