Acho tao engraçada essa historia pq todo mundo ja pegou todo mundo, ne fernanda e lorena? hahahaha VOLTA PRO JUSTIN
Você Está Feliz?
POV Lorena
Não sei por que eu não conseguia reagir contra aos beijos de Chaz. Nossas bocas ainda se tocavam e nossas línguas ainda estavam sentindo uma o gosto da outra, como nos velhos tempos, mas dentro de mim havia uma batalha de que se aquilo seria certo ou errado. Ao mesmo tempo em que eu não me sentia bem em beijar outra pessoa – ainda mais essa pessoa sendo exatamente a última pessoa que o Justin iria querer ser “trocado” -, eu pensava nas tantas garotas que o Justin já devia ter encontrado nesse meio tempo em que não estamos juntos. Aquilo me instigava e me impulsionava na mesma intensidade que me confundia. Chaz deitou meu corpo no sofá e suas mãos passeavam por meu corpo, horas perdidas, horas atrevidas. Sentia o acento do sofá nas minhas costas e o peso do corpo do Chaz sobre o meu. Ouvimos a campainha depois de alguns minutos e ele bufou alto saindo de cima de mim para que eu me levantasse.
– Não vai atender? – perguntei confusa vendo que ele tinha pegado o controle remoto e ligava a TV.
– Não quero nem ver a cara do filho da puta que me atrapalhou. – bufou irritado sem me encarar.
Rolei os olhos pegando impulso pra me levantar do sofá quando a pessoa tocava pela segunda vez a campainha.
– Já vai! – gritei andando até a porta.
Bufei e logo que a porta foi aberta mudei a fisionomia.
– Fernanda? – gritei histérica vendo um sorriso em seus lábios.
– Não vai me convidar pra entrar? – perguntou cinicamente.
– Óbvio, entra! – falei puxando seu braço e fechando a porta.
– Cara, você veio morar no fim de mundo! Eu nunca ia saber chegar aqui, então pedi pro Ryan me trazer. – deu de ombros se explicando enquanto caminhávamos até a sala.
– Você não tem noção de como eu estava precisando de você. – falei me sentindo aliviada.
– Tenho sim, bobinha. – disse piscando. – Por que você acha que eu vim? Ninguém consegue ficar muito tempo longe da Fê.
Nós duas rimos e então chegamos até a sala onde Chaz mantinha os pés em cima da mesinha de centro enquanto assistia a TV.
– Era a Fê! - disse contente chegando à sala e Chaz virou apenas um pouco a cabeça para o lado pra nos olhar.
– E ai? - murmurou pra Fernanda que deu um sorriso amarelo e acenou de leve com a mão, mas Chaz nem viu, pois já tinha virado sua atenção pra TV outra vez.
– Vem por aqui. - peguei pelo braço de Fernanda mais uma vez, puxando-a em direção do quarto enquanto tentava disfarçar aquela cena.
– Lorena, esse Chaz é um grosso! - esbravejou. - Você viu como ele olhou pra mim? - perguntou irritada sentando na cama enquanto eu fechava a porta.
– E depois de tantas vezes que você já deve ter dormido com ele agora que você chegou a essa conclusão? - perguntei arqueando uma sobrancelha.
Eu já havia me acostumado com o jeito esnobe e grosseiro do Chaz, mas isso não me incomodava muito pois ele era um dos poucos que não tinha medo de me dizer a verdade mesmo sabendo que aquilo ia doer. Eu gostava disso nele. Sabia que eu podia confiar, pois apesar de prepotente, imaturo e grosso, ele era cem por cento ele.
– Ah. - deu de ombros. - Nas vezes que eu estive com ele não teve muito diálogo pra saber de fato como ele é. - sorriu falando naturalmente e eu me sentei na cama de frente pra ela. - Mas sabe - cochichou. - Ele manda bem! - disse convencida.
– Ah, me poupe! - falei tacando um travesseiro na cara dela enquanto eu ria.
– Mas é verdade.
– Você acha que eu não sei? Eu já namorei com ele. - disse óbvia.
– Nossa, eu esqueci completamente disso. Aliás, rolou até com o meu Ryan também, né? - perguntou me zoando.
– Ah, não, chega! Falar do passado nunca será uma opção.
– Nem se esse passado se chamar Justin Drew Bieber? - perguntou provocadora e eu rolei os olhos bufando.
– Muito menos esse passado. - murmurei.
Ouvir seu nome era a mesma coisa que ouvir meu peito rasgar.
– Fala sério, Lorena! Todos esses meses aqui distante de tudo, você deve no mínimo estar necessitando conversar com alguém, né? Duvido que o bonitão lá na sala queira ouvir você falar do Justin. - disse me olhando sério.
– Não, até porque eu não tenho nada pra falar sobre ele. - dei de ombros sem encará-la.
– Olha, da ultima vez que eu afirmei alguma coisa e você me negou, alguns meses depois nasceram Alicinha e Chuck. - disse fazendo graça e eu ri pelo nariz.
Era verdade. Não tinha como esconder nada de Fernanda. Ela era mais madura e experiente e parecia que sacava tudo só de olhar.
– Tudo bem você venceu. - suspirei. - Esses meses têm sido péssimos. Quanto mais eu tento não pensar nele, mais eu penso. E toda vez que penso nele, eu lembro que não posso pensar, mas só de tentar não pensar, eu já to pensando. - falei derrotada e ela sorriu. - Lembro dele em tudo, com tudo. Chuck tem o mesmo jeitinho cínico dele, isso me mata! - bufei.
– E por que vocês não tentam se resolver? Te garanto que também não tá fácil pra ele. Sempre estou por lá pela casa dele com o Ryan e no início ele se trancava no quarto e não abria porta pra mãe nem para o pai.
– Ah tá, até parece!
– Tô falando sério. Ele emagreceu, ficava direto doente. Agora que eu o vejo saindo mais e tal.
– Fala sério, Fernanda! Eu estive lá e ele estava com a Kimberly e parecia muito bem. – falei sentindo a irritação.
– Você esteve lá? – perguntou confusa.
A olhei por alguns segundos não querendo responder aquilo. Eu não sabia até que ponto Fernanda sabia sobre a vida do Justin. Aliás, eu mal sabia se ela sabia de algo sobre a vida do Justin.
– E-ele me ligou e eu fiquei preocupada. – falei comedindo as palavras.
– E aí. – perguntou ansiosa.
– E aí que eu cheguei lá e ele estava abraçado com a Kimberly.
– Que filho da puta! Eu sei que ele tem estado com ela. Nas poucas vezes que Ryan me levou com eles pra sair, Justin sempre encontrava com ela, mas não sabia que estavam tão próximos.
– Por favor, me poupe dos detalhes. – reclamei.
– Que idiota! Pra que que ele te ligou? – perguntou sem entender.
– Vai saber. – dei de ombros. – Você ainda acha mesmo que ele está sofrendo?
– No começo ele ficou mal sim, Lô. Eu juro. Até conversei com ele algumas vezes e ele estava acabado, mas vamos avaliar os fatos, né. Você está morando com o Chaz e isso simplesmente acabou com ele.
– Então agora eu sou a vilã? – perguntei cruzando os braços.
– Não estou dizendo isso, Lore...
– Tá! Chega, vamos mudar de assunto pelo amor de Deus! – bufei levando uma mão a testa.
– Não, Lorena. Você não pode viver fingindo que não se importa! – me repreendeu.
– Mas é ele que não se importa!
– Se ele te ligou, ele se importa. Você nem ao menos tentou resolver, você não deu uma chance pra vocês.
– Eu dei mil chances pra nós dois! – falei séria.
– Quem ama de verdade dá até mil e uma chances, Lorena.
– Parece que todos vocês esqueceram o que ele fez comigo. – esbravejei.
– Não, Lorena, ninguém esqueceu o que o Justin fez com você assim como também ninguém esqueceu o que o Chaz fez com vocês.
– Fernanda, você não sabe da história...
– Eu sei o suficiente pra saber que se o Justin se mete em furada, é por sua causa. Mas ele não reclama disso, ele enfrentaria dragões por você. Isso todo mundo vê. Ele errou, errou feio. Mas ficar aqui nessa casa sofrendo calada enquanto você finge que tá tudo bem não vai resolver nada.
Bufei me calando. Eu não podia fazer com que aquelas palavras me convencessem. Eu estava quase seis meses sem a minha droga, não podia me render mais uma vez.
– Ele veio aqui. – falei baixo.
– O que? Repete isso. – disse se fazendo de desentendida.
Soltei o ar de forma pesada.
– Ele veio aqui. – repeti a frase em voz alta.
– Nossa, realmente, Lorena! Realmente o Justin não se importa com você. – disse debochada.
– Cala a boca. – resmunguei.
– Sabe, isso não me surpreende. Sempre que vocês estão mal, a culpa pode ser até sua, mas é ele que sempre corre atrás pra ficar tudo bem. – disse em um tom sério.
– E quando a culpa foi minha? – cruzei os braços arqueando uma sobrancelha.
– Todas as vezes que você não quis ouvi-lo, todas as vezes que você não confiou nele, que você começou uma briga...
– Eu não confiei? Confiando ou não, ele me traiu sempre que pôde.
– Você desconfiou dele sempre que pôde também, Lorena. Ele podia te dar provas de amor que você estaria sempre desconfiada dele. Não quero defende-lo, mas marcação sempre impulsiona o homem a fazer coisa errada. Eles já levam a fama sem ao menos ter feito e o Justin não é diferente. Você já não confiava nele antes dele ter feito algo, qual era a diferença em fazer? – perguntou irônica.
– Nossa, quanto ele te pagou pra você vir aqui defende-lo na cara de pau?
– Não estou defendendo ele, estou defendendo o amor de vocês. Cara, vocês se ama muito pra ficar nessa merda.
– Fernanda, acabou. Tudo que tínhamos acabou, ele só tem que perceber isso e eu acho que ele já percebeu porque ele está com a Kimberly, eu tenho certeza disso. – falei em um tom triste.
– E você? Tá feliz com o Chaz? – indagou cruzando os braços.
– C-claro. – mentí.
– Conta outra, Lorena. Me fala a verdade, o que você sente pelo Justin agora, hoje, nesse exato momento. Me fala a verdade. Quando eu falo “Justin” como seu coração reage?
Senti um frio percorrer na minha espinha e meus pelos se arrepiaram. A verdade é que cinco meses havia se passado, mas eu ainda me sentia como se apenas um dia tivesse se passado. Eu ainda o amava da mesma forma, milimetricamente igual.
– Fernanda... – reclamei sentindo meus olhos marejarem e meu peito apertar.
– Quer saber? Não me fala nada! Olha os seus olhos, você já me respondeu o que eu queria saber. Você ainda o ama, Lorena. Você ainda quer ele e não sou eu que estou te dizendo isso. Seu coração que está implorando por isso.
Encarei ela deixando meus pensamentos absorverem suas palavras que estavam me deixando cada sílaba mais fraca como se cada som tirasse um pouco da minha armadura. A quem eu queria enganar?
– Por que você está escolhendo sofrer, amiga? – perguntou se aproximando e me abraçando. – Me diz o que você ganha ficando assim e o que você perde deixando os erros pra trás e voltando com ele?
– Eu não tenho essas respostas, Fê e é exatamente isso que me assusta. – falei chorosa. – O que o Justin fez foi muito sério.
– Não temos as respostas do futuro, Lorena. Nosso destino é completamente oculto. Você nunca saberá se não arriscar.
– E quando eu sei se devo arriscar ou não? E se eu voltar pra ele e me arrepender? E se ele fizer coisa pior? – falei me desesperando.
Ela respirou fundo soltando o ar de forma pesada antes de fazer a pergunta que abriria minha mente.
– Você está feliz? Não? Então é a hora de arriscar.
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