Meu Amor Nunca Foi o Suficiente Pra Você

 

POV Lorena

Depois de muita insistência de Pattie, decidi voltar pra casa dela já que o quarto dos bebês já estava pronto e ela me ajudaria muito mais que minha mãe e meu pai que estavam distantes por causa de Justin. Não via a hora do meu pai viajar porque só assim minha mãe voltava ao normal comigo. Quando eu ainda estava no hospital me recuperando eles chegaram a ir me ver algumas vezes, mas Pattie e minha mãe faziam de tudo pra que meu pai e Justin não se encontrassem. Apesar de ainda não estar bem com o Justin, decidi não privá-lo de ver os filhos e se eu fosse pra casa dos meus pais, ele certamente não ia poder colocar os pés lá, então cedi aos pedidos de Pattie e voltei pra sua casa. Porém eu não dormia com o Justin. Pattie havia preparado o antigo quarto da Jazmyn pra mim e feito o quarto dos bebês próximo ao meu. Pra falar a verdade, eu quase não encontrava Justin. Ele se levantava cedo, ia até o quarto dos bebês, saía e voltava quando eu já estava dormindo. Em uma conversa com o Ryan, ele me lembrou que Justin estava a meses treinando com ele e com as meninas para invadir a casa de Lucio e me explicou que o dia de agir estava próximo e eles passavam horas na simulação ensaiando e planejando cada passo para que nada desse errado. Senti uma inquietação e acabei perguntando se Kimberly ainda estava com eles. Ryan me deu um alívio momentâneo ao dizer que não, mas que logo foi desfeito quando ele disse que o Justin havia vetado-a dos treinos porque ela já havia sido treinada o bastante, ou seja, ela ainda estava no esquema, só não estava treinando porque Justin era o maior paga pau das habilidades dela! Só me faltava saber se ele ainda estava com ela, afinal não havia mais nada entre a gente a não ser Alice e Chuck. Lógico que toda nossa história ainda me doía e eu ainda o amava, mas a verdade é que ainda não tinhamos tido tempo para sentar esclarecer tudo. Parte porque meu orgulho não deixava e me obrigava a dizer a todos que estava bem e não o queria mais e outra parte porque ambos estávamos ocupados e eu cada vez mais focada nos meus filhos. Pattie havia contratado duas babás pra me ajudarem e isso me aliviava muito porque cuidar de dois não é fácil, ainda mais porque Alice era uma manhosa e só sossegava no colo do pai. Aquilo acabava comigo e o Justin ficava todo bobo. Mesmo chegando tarde, eu já havia pego ele varias vezes indo ver os bebês de madrugada e era exatamente por esse Justin que eu era completamente apaixonada, mesmo nunca mais assumindo isso pra ninguém.

Certa noite, Chuck estava enjoadinho pra dormir e eu havia ficado a noite toda ninando ele. Alice estava dormindo como uma pricesa, mas Chuck chorou praticamente a noite toda. Quando ele finalmente dormiu, coloquei-o calmamente em seu berço e comecei a dar leves palminhas nele e então ouvi a porta sendo aberta bem devagar e me virei encontrando a fisionomia cansada de Justin.

– Aconteceu alguma coisa? - perguntou um pouco preocupado enquanto encostava a porta.
– Não. - falei voltando a olhar para Chuck. - Ele está com um pouco de cólica e custou a dormir.
– Hum, pensei que só mulheres sentissem isso. - disse dando de ombros e se aproximando do berço.
– Bom, vou dormir! - falei me desviando e indo em direção a porta. 

Estava quase na porta quando senti meu braço direito sendo puxado de leve. Aquele mínimo toque do Justin fez meu corpo estremecer. A quanto tempo eu não sentia sua pele sobre a minha? Achei que já tivesse superado, mas a verdade é que longe eu achava que podia viver sem ele, mas só de vê-lo, toda minha segurança virava pó. Virei meu rosto calmamente e havia um sorriso sem graça no rosto do Justin.

– Podemos conversar? - sussurrou. 

Assenti e sua mãe me soltou. Caminhei até meu quarto e logo atrás de mim estava o Justin. Entramos no quarto e me virei para ele cruzando os braços.

– Fala. - falei fingindo indiferença.
– Não acha que temos que conversar? - perguntou sério.

– Sobre? - perguntei fingindo não entender fazendo Justin estalar a língua no céu da boca e revirar os olhos.

– Lorena, já faz uma semana que estamos morando na mesma casa de novo e você simplesmente finge que nada aconteceu entre nós. - disse um pouco irritado e continuou depois de uma breve pausa. - A gente tem que conversar e não dá mais pra ficarmos agindo como duas crianças que não sabem lidar com as consequências dos seus próprios atos.

– Com qual consequência do meu ato eu não sei lidar, Justin? - disse me alterando. - Meu unico ato foi ter confiado em você! - conclui irritada

– Eu sei que eu errei, errei pra caralho! - disse passando a mão no cabelo com impaciente.

 


– Então pronto! Por que você acha que devo sorrir pra você quando te encontro pelo corredor? Coloca a mão na consciência!
– Você não me ama mais? - perguntou mudando o rumo da conversa.
– Desde quando isso te interessa? Meu amor nunca foi o suficiente pra você. - falei desviando o olhar e mirando o chão.

Justin se aproximou lentamente de mim e tocou meu rosto para que eu pudesse o olhar. Encontrei aqueles olhos que sempre me davam um frio na barriga. Justin me olhava profundamente e vi seus olhos marejarem assim como os meus.

– Você não sabe o quanto eu me odeio por ter feito o que eu fiz! Você não tem ideia de como fiquei sem você. - disse fraco.
– Você se arrepende tanto que ainda manteve a Kimberly trabalhando pra você, né? - perguntei debochada, mas num tom triste.

Justin soltou meu rosto e encarou o nada.

– Eu preciso dela, mas assim que tudo isso acabar ela irá embora.

Ri pelo nariz e me virei em direção a porta e a abri voltando a olhar para Justin.

– Acho que já conversamos. - disse firme torcendo pra aquela lágrima insistente não descer.

Justin me fitou por alguns segundos e logo começou a dar passos vagarosos e quando estava bem perto de mim, parou e me encarou. Antes que eu pudesse reagir, senti sua mão em minha nuca e seus lábios forçaram contra os meus. Não pensei em relutar porque, sinceramente, eu não podia contra aquele beijo. Sua língua quente pediu passagem e eu cedi já sabendo que me arrependeria depois daquilo. Sua outra mão foi até minha cintura por de baixo de minha blusa e os lábios macios do Justin continuavam a brincar com os meus. Esse beijo nunca faria juz aos meus pensamentos. Eu lembrava do beijo dele dia e noite, mas nada era comparável ao o sentir o seu beijo. Justin mordeu com os lábios a minha língua e enroscou sua mão em meu cabelo fazendo com que todo meu corpo se arrepiasse. Com o pé, empurrei a porta para que fosse fechada e Justin puxou meu corpo para o dela me fazendo subir em seu colo e nos guiando de olhos fechados e sem desgrudar nossas bocas até a cama. Senti minhas costas tocarem o colchão macio e nosso beijo estava tão bom que eu não tinha nem um mínimo de força para pará-lo. Justin deitou sobre o meu corpo e senti seu peso forçando o meu corpo.

 

 

Suas mãos estavam inquietas horas na minha barriga, horas apertando minha cintura. Seu beijo estava quente e nossas línguas se divertiam. Lorena, você é uma idiota! Você nunca terá forças contra isso! Justin me tinha ali como sua presa fácil. Ele podia agir como quisesse que no final da história sempre me teria. Nossos lábios se tocavam com ânsia, mas então um surto me fez levantar empurrando seu corpo. Idiota! Amanhã de manhã eu me arrependeria disso. Amanhã de manhã? Eu já estava arrependida! Sentei na cama levantando uma mão até a cabeça. Eu não poderia ter feito isso. Eu não poderia ter feito isso comigo mesma! Aonde está o meu valor? Kimberly veio até minha ment e imaginei os dois transando e logo um choro prendeu em minha garganta. Justin havia sentado na cama ao meu lado e estava em silêncio, mas não resistiu quando me ouviu chorar.

 

– O que foi? - perguntou tocando minhas mãos e as tirando do meu rosto.

– Nada, Justin. Só vai embora por favor. - falei chorosa sem encará-lo.

– Fala comigo, por favor. - perguntou insistente e eu me levantei da cama e fui até a porta. Que merda, por que eu não posso ser mais forte que isso?

– Vai embora, Justin, por favor. - pedi mais uma vez desviando meu olhar do dele.

 

 

Justin demorou alguns segundos pra levantar, mas logo passou ao meu lado e não parou dessa vez, foi direto e eu fechei a porta sem batê-la e me encostei nela em seguida me arrastando até o chão. Deixei o choro vir completamente arrependida do que tinha feito.

 

 

Não, o Justin não podia mais ter esse efeito sobre mim! Soquei minhas pernas com força sentindo raiva de mim mesma. Era como ficar quase 4 meses sem se viciar e de repente dar de cara com a sua droga e se render a ela. Os mais de 90 dias vão embora como água que corre pro ralo. Me levantei do chão e fui até o banheiro do meu quarto. Lavei meu rosto e em seguida voltei pra cama.

 

 

Já passava das duas da manhã então fiquei alguns minutos chorando e me remoendo de arrependimento e logo minhas pálpebras pesaram e eu adormeci.

 

POV Justin

 

No dia seguinte acordei irritado. Até quando Lorena ia ficar me confundido? As vezes eu a odiava e queria mais é sair pegando todas as mulheres que via na minha frente, mas eu simplesmente não conseguia. Eu amo Lorena como nunca amei ninguém em minha vida e eu, definitivamente, odiava me sentir em suas mãos. Tomei um breve banho, me arrumei e fui até o quarto das crianças. As babás já estavam com Alice e Chuck no colo. Fui direto pro meu meninão que tinha os cabelos negros bem ralinho e os meus olhos.

 

 

Peguei-o um pouco desajeitado e a babá riu sem mostrar os dentes. Brinquei um pouco com ele, mas logo Alice começou a chorar. Essa garota só podia sentir meu cheiro, não é possível! Devolvi Chuck pra babá e a outra babá me entregou Alice que se aninhou em meu colo e logo parou o berreiro.

 

– Sr. Justin, essa daí vai ser agarrada contigo! - disse Lucinda, a babá, um pouco acanhada.

 

Sorri gostando de ouvir aquilo, mas a verdade é que eu ainda ficava um pouco sem jeito com esse lance de ser pai. Alice tinha os cabelos bem dourados e os olhos da mãe. Não podia me ver que pedia meu colo, igualzinho a mãe também, pensei convencido. Dei um beijo no topo de sua testa e a entreguei pra Maria. Alice logo abriu o berreiro, mas eu não podia mais ficar ali. Estava atrasado. Fui até Chuck e brinquei com a sua boquinha com o meu dedo indicador. Ele deu um sorrisinho e eu sorri todo bobo. Eu tinha um pouco de vergonha na frente daquelas babás, me sentia um tremendo idiota por me sentir um pai tão bobo.

 

– Cadê Lorena? - perguntei como quem não quer nada.

– Ih, Sr. Bieber, o Chuck deu uma canseira nela ontem, acho que ela não vai acordar agora não. - disse Maria.

– A partir de hoje quero que vocês coloquem os bebês pra dormir. Lorena precisa descançar. - falei e as duas acentiram.

 

Saí do quarto indo em direção a cozinha e Mere estava lá preparando uma salada de frutas. Meu telefone começou a tocar e peguei-o do bolso e o atendi sentando no banco do balcão. Era o Ryan.

 

– Fala. - falei sem humor.

– Já está vindo?

– Daqui a uns 5 minutos eu saio de casa, por que?

– Já estou aqui no galpão, as meninas também estão aqui... todas elas. - sussurou como se não quisesse que ninguém ouvisse.

– Todas? Kimberly está aí? - perguntei confuso.

– Sim, hoje vamos concluir. É o ultimo treinamento, ela precisa estar aqui. Vem logo que eu to pirando com um monte de mulher falando ao mesmo tempo na minha cabeça. - disse impaciente de forma engraçada me fazendo rir.

 

Desliguei e Mere me serviu a salada de frutas. Comi rapidamente e subi pro meu quarto pegando todos os equipamentos. Passei em frente ao quarto de Lorena na volta e a porta abriu e ela saiu de lá já tomada banho e com uma cara inchada.

 

– Bom dia. - falei sem encará-la, mas não ouvi resposta.

 

Lorena caminhou até o quarto das crianças sem me encarar e eu desci as escadas sem falar mais nada. Corri até meu carro jogando a mochila no banco de trás e ocupando o banco do volante. Hoje seria um dia stressante e eu não podia me stressar com mais nada a não ser com o nosso último treino.

 

POV Lorena

– Oi, meus nenéns lindos! - falei entrando no quarto e pegando Chuck do colo de Maria. Depositei um beijo em sua bochechinha e o ninei. - Arrumem eles pra mim. Coloque uns agasalhos porque hoje está ventando. Vou levar eles pra passear na pracinha. - falei me direcionando pras babás e logo em seguida entreguei Chuck pra Maria e corre pra minha princesinha.

– Ela está um pouco manhosa, Dona Lorena. O Justin veio aqui e deixou ela um pouco inquieta. - falou e eu ri pelo nariz. Essa criança tinha muito o que aprender sobre conviver com a ausência do Justin, ainda mais agora que ele quase não parava em casa.

 

Brinquei um pouco com a Alice e depois entreguei ela pra babá.

 

– Vou descer e comer alguma coisa, depois volto pra buscá-lo. - falei saindo do quarto.

 

Comi algo rapidamente que Mere preparou pra mim e assim que estava saindo da cozinha esbarrei com a Pattie.

 

– Meus netos são lindos, não? - falou ela toda contente.

– Sim. - falei rindo. - Vou passear com ele na praça.

– Ok. Eu tenho que resolver uns assuntos agora de manhã, mas de tarde estou aqui pra mimá-los. - falou enchendo uma caneca de café.

– Tudo bem. - acenti saindo da cozinha.

 

Armei o carrinho pra gêmeos que o Justin tinha comprado e isso era algo que facilitava muito.

 

 

Podia empurrar os dois ao mesmo tempo. Ouvi as babás descendo e brincando com os bebês, então eu não ia precisar subi para pegá-los. Ajeitei os dois no carrinho e comecei a empurrá-los para fora de casa.

 

– Quer que a gente vá com a senhora? - perguntou Maria.

– Não, tudo bem. Será um passeio em família. - disse de forma divertida e saí com eles.

 

Havia um monte de crianças na praça e eu não via a hora dos meus bebês cresceram pra que eu pudesse vê-los correndo e brincando como as outras crianças. As vezes me pegava olhando para os dois e me sentia tão abençoada! Eles eram lindos e saudáveis e tinham a boquinha do Justin. Pattie dizia que o Chuck lembrava a mim e a Alice o Justin, mas sei lá... acho que estava muito cedo pra decidir isso. Sentei em um banco e fiquei balançando o carrinho já que os dois estavam quase dormindo.

 

– Eles são lindos. - ouvi uma voz grossa conhecida atrás de mim e me virei levando um leve susto.

– Chaz? - falei sem acreditar.

 

Tópico: Meu Amor Nunca Foi o Suficiente Pra Você

Destino Oculto

YsahGrund | 07/12/2014

Chaz FDP!!!!! Vai procurar uma mulher!!!!

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