aiiiiii como to feliz por estarem assim tao fofuuuss....n ia nem rir se chaz entrasse no quarto e desse de cara com justin e lorena "fazendo as unhas" kkkkkkk... ai q amor lindooo
I Turn To You
POV Lorena
“Quando estou perdida na chuva, nos seus olhos sei que irei encontrar a luz para iluminar meu caminho. Quando estou assustada, perdendo o chão, quando meu mundo fica louco, você pode transformar tudo ao redor.”
Meu maxilar enrijeceu, mas eu sentia meu corpo amolecer. Minhas mãos se tornaram trêmulas e parecia que uma flecha em chamas havia acertado meu peito inquietando e queimando meu coração. Meus olhos ardiam em lágrimas assistindo aquela cena. Ele estava ali com uma mão espalmada no vidro e com uma fisionomia de súplica. Sua testa estava franzida em preocupação e tristeza e nem mesmo os metros de distância da cama até a janela me impediram de ver seus olhos vermelhos.
Justin.
Ele me encarava enquanto eu não conseguia mover minhas pernas para ir até ele. Meu mundo estava ali outra vez. Todo o ar que me faltava estava ali para me preencher. Eu só queria correr e abraçá-lo, sentir seu corpo tocar o meu como se fôssemos um só outra vez. Como se fôssemos inquebráveis ou como se eu pudesse sentir que por mais partidos que estivéssemos nós sempre voltaríamos a estar juntos como se nunca tivesse existido nenhuma ruptura nos separando. E, então, eu poderia pedir para que ele nunca mais me deixasse.
As lágrimas começaram a embaçara a minha visão, e eu não queria perder a nitidez do seu rosto. Não podia perdê-lo de vista. Não podia deixar de enxerga-lo perfeitamente, então, num impulso, meu corpo respondeu subitamente e eu me pus de pé.
Minhas pernas fraquejaram, mas obriguei-as a se movimentarem e caminhei em sua direção enquanto as lágrimas escorriam em meu rosto contornando toda a minha bochecha com lentidão. Cada vez mais perto, cada vez mais ansiando por seu abraço. Um soluço agitou meu peito soando da minha garganta e eu levei uma mão até a boca como se não acreditasse que tudo que eu mais precisava naquele momento estava ali.
“E quando eu caio você está lá para me levantar. Você sempre está lá me dando tudo o que tem.”
Abri a janela e o vento gelado entrou me trazendo seu perfume. Nos encaramos por alguns segundos enquanto minha respiração saía completamente descompassada e trêmula. Meu coração pulsava como se eu tivesse corrido uma maratona. Uma maratona que me fez correr para chegar a lugar nenhum. Corri do Justin, corri de seu amor, corri da minha felicidade, mas para quê? Por quê? Não importava o que havia acontecido. Tudo que eu queria estava a centímetros de distância de mim nesse exato momento e eu sentia que a única coisa que eu podia fazer por mim e por nós era agarrá-lo e jamais o deixar escapar outra vez. Tudo que me corpo ansiava e implorava estava aqui na minha frente me desejando tanto quanto eu o desejava e sempre desejarei. Sempre fui uma boba por esperar o meu final feliz, mas não percebi que qualquer final seria feliz ao lado dele.
Justin respirava forte e mordia o lábio inferior numa tentativa de reprimir o choro. Sua testa ainda estava franzida como se sentisse dor. Não pude mais me conter e apenas deixei nossos corpos se colarem em um abraço como se existisse um imã que nos posicionava junto um do outro. Seus braços me rodearam apertando firme. Afoguei meu rosto em seu peito sentindo o cheiro de sua roupa limpa. Seu perfume invadia minhas narinas como se reconstruísse dentro de mim cada coisa quebrada, cada sentimento ruim, cada lembrança que me deixava triste. Seu cheiro me invadiu com prepotência, como se fosse dono do meu corpo, da minha vontade, da minha mente. Como se não houvesse motivos pra nossa separação. Como se o passado fosse deixado pra trás naquele instante.
Deixei o choro vir e ecoar pelo quarto silencioso e Justin afagou meus cabelos. Uma calma caminhou pelo meu corpo. Meu anjo, minha proteção. Por que fugi de você? Você é o sorriso que brota no meu rosto sem ao menos eu me esforçar. Você me faz feliz sem querer. Como pude acreditar que eu poderia ser alguém sem você? Eu nunca me acostumaria com o buraco que você deixa na minha vida quando não está comigo. Eu não sobreviveria com cada apertão que meu coração dá ao te ver com outra. Como fui tão egoísta a ponto de te julgar por você estar com a Kimberly quando eu mesma havia trocado a nossa cama pela do Chaz?
“Por uma proteção contra a tempestade, por um amigo, por um amor que me defenda e aqueça, eu voltarei para você. Pela força para ser forte, pela vontade de prosseguir, por tudo o que você faz, por tudo o que é verdade, eu voltarei para você.”
– Me desculpa. – solucei abafado e ouvi-o chiar como se pedisse silêncio e me apertou mais ao seu corpo.
– Não fala nada. – disse fraco.
– Me desculpa. – repeti em suplica e a voz saiu chorosa mais uma vez desobedecendo a seu pedido.
As palavras se acumulavam em minha garganta e eu apenas sentia a necessidade de coloca-las pra fora, mas ele me segurou forte pelos braços me posicionando de frente para ele para que nossos olhos pudessem se cruzar. Ele me olhou como se não acreditasse que eu estivesse ali, e de fato eu sentia o mesmo. Justin ergueu uma mão para tocar seu rosto e seus dedos gélidos se posicionaram em minha bochecha. O lugar tocado por ele ficou dormente com o seu toque como se meu corpo reagisse a seu corpo de uma forma boa, natural e única
– Só volta pra mim, só isso. Volta a ser minha, volta pra sua casa. – disse fraco e seus olhos marejaram.
Meu corpo se arrepiou com sua voz invadindo meus ouvidos como sinos musicais.
– Eu nunca fui embora completamente, Justin. Meu coração sempre esteve com você.
– Mas você disse que estava feliz com o Chaz. – disse confuso deixando uma lágrima cair.
– Eu menti Justin! Como você pôde acreditar? Nada que saia da minha boca te negando será verdade. Nunca! – segurei seu rosto com força. Ele estava tão abatido e frágil que parecia que podia quebrar em minhas mãos.
– O que te fazia ficar aqui, então? – perguntou ainda triste sem entender.
– O medo. – falei deixando o choro modificar minha voz. – O medo de me arrepender, o medo de sofrer outra vez, o medo de ver tudo fora de controle outra vez, o medo de ver minhas esperanças despedaçadas, o medo de te ver feliz com outra, o medo de ver que seu coração não era mais meu, o medo de me machucar... todos os medos que eu podia sentir em relação a você.
– Você acha que não sinto medo? – perguntou como se ficasse irritado, mas seu semblante ainda estava triste. – Sempre tive medo de te perder, mas sempre fui idiota a ponto de fazer todas as coisas erradas. Eu vacilei com você, eu sei disso. Eu fiz coisas que nunca imaginei que eu pudesse fazer. Mas acredite: se eu errei, se eu te machuquei, se eu coloquei tudo a perder, foi tentando acertar. Quando vi que Chaz estava se aproximando, tive medo de te perder pra ele. Deixei minha insegurança tomar conta das minhas atitudes. Fui inconsequente e... te perdi.
– Nós dois erramos, Justin. Te culpar por tudo também não estava me levando a lugar algum. Eu jamais poderia ter desistido de nós como fiz. Eu conheço quem você é por dentro da carne. Não me importa o quão forte você tenta transparecer, eu sei o que há no seu interior e eu simplesmente esqueci disso. Não levei em consideração a bagunça que transformei a sua vida. Não levei em consideração cada corpo que você teve que tirar a vida por minha causa. – falei e as lágrimas embargavam minhas voz.
– Eu faria tudo de novo por você. – sorriu fraco e as lágrimas escapavam nos seus olhos. - Eu sou seu e sempre serei, Lorena. Eu não sei ser de mais ninguém. Não me importo com quantas garotas eu passe o resto da minha vida. Nenhuma delas me causará o que você me causa. Nenhuma delas consegue me tirar do sério como você me tira, nenhuma delas consegue fazer meu mundo cair como você consegue. Todo esse tempo longe e eu não consegui te odiar uma mísera vez. Queria sentir nojo de você por pelo menos um segundo pra conseguir seguir em frente, mas tudo que eu conseguia era encher a cara pra tentar te esquecer, mas assim eu me lembrava mais.
“Quando eu perco a vontade de vencer, é só alcançar você e eu posso chegar ao céu outra vez. Posso fazer qualquer coisa porque o seu amor é incrível, porque seu amor me inspira.”
Suas palavras agitaram mais ainda meu peito. Permanecendo com meu orgulho idiota o único lucro que tive foi o sofrimento de nós dois. O que eu havia ganhado com isso? Mais machucados para serem cicatrizados, mais lembranças para serem esquecidas.
– Eu não sei como eu consegui ficar tanto tempo sem você. – falei mirando seus olhos marejados e Justin soltou uma risada pelo nariz enquanto as lágrimas desenhavam linhas retas em seu rosto.
Suas mãos seguraram meu rosto pela clavícula e ele abaixou seus olhos para olhar minha boca. Seu rosto foi se aproximando do meu e eu fechei meus olhos pronta pra sentir a maciez dos seus lábios sobre os meus lábios. Não demorou muito e Justin selou nossos lábios. Um choque percorreu meu corpo arrepiando cada milímetro de pele. Não era só por causa do vento gelado que entrava pela janela aberta, mas era sobre todas as sensações boas que apenas Justin conseguia causar em mim. Nossas línguas se tocaram e senti o gosto doce que apenas ele tinha. Me sentia completa, renovada. Ele era minha felicidade, não importava o quão errado ele fosse. Eu o amava de todos os jeitos. Dizem que o amor de verdade acontece quando você consegue rir ao me lembrar de cada defeito da pessoa. No começo, todos os defeitos do Justin me estressavam, mas agora eu me lembrava deles de uma forma engraçada. Cada cena de ciúme, cada briga por besteira, cada virada de olho que ele deu quando eu falei algo que não agradou. Cada berro, cada grito, cada apertão. Eu sentia falta de tudo.
Suas mãos começaram a caminhar atrevidas e eu agarrei seu pescoço entranhando os dedos de uma das mãos sobre seus fios de cabelo. Nossas bocas não se desgrudavam um segundo como se um bebesse do outro a água que havia encontrado no deserto. Era urgente, era bom e estava excitante. Meu Justin, meu perfeitamente imperfeito Justin.
“E quando eu preciso de um amigo, você sempre está ao meu lado me dando fé, me guiando através da noite.”
Seus dedos apertaram minha cintura me causando um frio na barriga. Sorri ainda com nossos lábios grudados. Não importava o quanto eu caminhasse para me manter longe dele, longe dos seus encantos. Qualquer caminho parecia dar no mesmo lugar. Qualquer caminho me levava de volta pra ele. Eu sempre voltaria para ele sem o menor problema. Era um caminho gravado em minha memória. Ele estimulava o que havia de melhor em mim, ele me dava força, me dava fé. Eu olhava para ele e tinha certeza que Deus existia. Só Ele pra criar uma criatura tão perfeita e ao mesmo tempo eu me sentia abençoada por ele ser apaixonado por mim.
Subi em seu colo e ele segurou minhas coxas. Nossos lábios se desgrudaram e rimos um pro outro feito duas crianças. Meu porto seguro, meu cais, meu amor, meu neném, minha vida.
– Eu te amo. – ele disse enquanto seus lábios sorriam e suas pernas caminhavam me levando até a cama.
– Eu também te amo, Justin.
Justin deitou meu corpo na cama e apoiou seus braços para não pesar sobre meu corpo. Nossos olhos estavam profundamente um no outro. Eu não via mais tristeza em seu olhar, via felicidade. Meu corpo implorava por ele como nunca implorou antes. Tinha necessidade de mantê-lo perto de mim para me certificar de que jamais deixaria ele partir outra vez. Segurei seu rosto de leve e ele se aproximou tocando meu nariz com o dele.
“Por uma proteção contra a tempestade, por um amigo, por um amor que me defenda e aqueça, eu voltarei para você. Pela força para ser forte, pela vontade de prosseguir, por tudo o que é verdade, eu voltarei para você.”
Nossos lábios se tocaram de leve outra vez e Justin deu uma leve mordida em meu lábio inferior o puxando lentamente. Seus olhos estavam abertos assim como os meus, mas ele fitava meus lábios. Senti seus dedos entrarem em meu cabelo levantando um pouco o meu corpo e então nossas línguas se encontraram. Fechei meus olhos tombando minha cabeça sentindo meu corpo se excitar. Sentindo cada parte minha pertencer outra vez a ele. Ele colocou mais nossos corpos enquanto sentia seu beijo ficando mais voraz, mais urgente, mais agressivo, mais excitante. Suas mãos caminharam até minhas pernas e eu cada segundo mais implorava por pensamento para que ele ficasse dentro de mim. Precisava sentir isso outra vez. Precisava sentir que meu corpo era uma extensão do seu mais uma vez.
Justin afastou nossos lábios e sorriu pelo nariz acariciando minha testa.
– Eu sempre disse que ia te colocar na coleira. Talvez assim você não fugisse de mim. – falou sorrindo e eu estalei a língua reprimindo um sorriso.
Suas mãos passearam minha bochecha e eu fechei meus olhos sentindo minha respiração aumentar a frequência.
– Você é linda. – sussurrou fraco descendo até meu pescoço e eu arfei sentindo meu corpo ficar mais arrepiado.
Segurei seu cabelo e sentia minha vagina apertar. Justin beijava minha jugular me causando espasmos. Suas mãos seguravam minha cintura, mas logo invadiram a blusa e me abraçou juntando mais nossos corpos como se pudéssemos um invadir o outro e acariciou com seus dedos s minhas costas. Suas mãos procuraram o fecho do meu sutiã e logo os rendaram. Empurrei seu corpo na cama ficando por cima dele e procurei seus lábios sedentos. Sentia sua excitação embaixo tocando minha coxa e aquilo me excitou mais. Sabia que Chaz poderia chegar a qualquer momento, mas aquilo não me importou. Ele foi grosso me magoando com suas palavras como sempre fazia. Ele e o mundo todo sabiam que meu coração sempre seria do Justin. Não importava quantas vezes eu tentava me enganar a respeito daquilo, eu sempre soube que todos saberiam a verdade e com ele não era diferente.
Se ele se estressava, se ele me humilhava, se ele gostava de jogar as coisas na minha cara, era justamente por medo que eu saísse pela porta a qualquer momento. Ele tinha a total noção que eu nunca voltaria sentir mais nada por ele, que o pouco que eu sentia foi tomado e transformado no amor que eu sentia hoje pelo Justin. Ele sabia que nunca seria páreo. E eu me renderia a Justin mais uma vez e mais uma vez e mais uma vez como se fosse a primeira vez.
“Para os braços que são meu abrigo durante a chuva, Para a verdade que nunca vai mudar, para alguém em quem me apoiar, para um coração ao qual eu possa confiar qualquer coisa, para quem eu possa correr, eu voltarei para você.”