Você não sabe que eu sempre venço?

 

POV Lorena

 

Contornei a casa com a moto deixando-a estacionada nos fundos da mansão. Absolutamente ninguém havia me notado. Saltei da moto e um frio percorreu a minha espinha. Eu estava cada minuto mais perto de enfrentar a Alana cara a cara e de mostrar pro Justin que eu estava ali. Eu sentia medo, mas ao mesmo tempo queria logo encontrar o Justin, abraça-lo e me certificar de que tudo estava bem. A incerteza de saber se ele corria ou não perigo, me corroía por dentro. Kimberly falava dele como se ele fosse imortal, mas eu sempre pensava no pior e alguma coisa me dizia que ele não sairia bem. Ele estava com raiva e agindo sem pensar, sem planos, sem meta. Aliás só tinha meta que estava o cegando: Matar Alana. Ainda de capuz, comecei a andar pelo estacionamento entre os tantos carros que havia ali. Não havia nada nem ninguém. Apenas um silêncio perturbador. De repente algo começou a vibrar no bolso de trás da calça me dando um susto, mas logo me lembrei de que aquela calça não era minha, logo o celular não era meu. Peguei o celular rapidamente vendo o meu número no visor. Essa garota me surpreendia! Atendi com um sorriso no rosto.

 

– Alô. - Pirralha, onde você tá? – sussurrou debochada.

– No estacionamento, o que eu faço agora? – perguntei olhado em volta.

– Nada! Fica sentadinha aí e me espera. – disse mandona.

– O quê? Tá maluca? O que você vai fazer? – perguntei um pouco nervosa.

– Não se mete, pirralha. Abaixa aí atrás de um carro, se esconde e espera eu chega. Não faça nada sem eu mandar. – disse com prepotência.

– Quem você pensa que é? Eu não vou ficar aqui esperando você... Arrrrrgh idiota! Desligou na minha cara. – falei furiosa colocando o celular de novo no bolso.

 

Fui pra atrás de um carro vinho estacionado ali apesar de estar odiando respeitar as normas dela. Fiquei ali agachada por alguns minutos, mas logo aquela posição começou a me incomodar por causa da barriga e minhas pernas também doíam, então resolvi sentar. Quase alguém chegasse pelo menos eu havia trocado de calça, mas havia pego a arma e colocado na minha cintura. Eu estava protegida, bom pelo menos eu queria acreditar que sim. 10 minutos, 15 minutos, 20 minutos e nada da Kimberly aparecer. Eu já estava ficando impaciente achando que algo tinha dado errado. Foi quando ouvi uma voz feminina vindo de longe, mas não era a dela. Alguém conversava com outra pessoa, mas eu não ouvia a resposta dessa outra pessoa. Me levantei, mas continuei agachada e olhei discretamente e vi uma loira que falava ao telefone, ela estava de costas pra mim. Não era Alana, pois Alana era um pouco menor e o cabelo dessa loira era bem lisinho e bem ralo.

 

– Eu juro que estou tentando voltar pra aí o mais rápido possível, amor, mas Alana está me chantageando. Se ela contar pro meu tio que eu roubei drogas dele pra dar pra você, ele me mata! Ela é a única que sabe disso e está usando isso contra mim. – disse com a voz chorosa. – Eu tenho que voltar lá pra cima, beijos e, por favor, não esqueça que eu te amo. Eu prometo que amanhã ou depois de amanhã tudo isso estará resolvido. – disse e depois desligou o telefone e andou depressa para dentro da casa de novo.

 

Meu coração batia em minha garganta. Parecia que Alana estava forçando todo mundo a estar contra Justin. Tentei colocar os pensamentos em ordem, mas não conseguia entender muita coisa.

 

– BU!

 

Gritei de susto e Kimberly tampou minha boca rindo da minha cara. Ela estava atrás de mim. Eu estava tão distraída que nem tinha percebido ela se aproximar.

 

– Você quer me matar do coração? – perguntei furiosa assim que ela liberou a mão de minha boca.

– Vem, anda! – disse se levantando.

– Tá doida? Abaixa. Alguém pode nos ver aqui. – falei preocupada. Ela riu debochada me puxando pra eu ficar de pé.

– Não tem nenhum segurança aqui. Todos foram atrás de você. – disse convencida.

– Atrás de mim? – perguntei confusa.

– É! Eu fui até eles e disse que vi você no começo da mata tentando encontrar o caminho da mansão. – disse despreocupada acendendo um cigarro.

– Mas, mas eu entrei de moto fingindo ser você. – falei confusa.

– E eu vim daqui de trás como se voltasse do estacionamento e fui até eles. – disse dando uma piscada e rindo da minha cara de idiota.

– Você é...

– Incrível, eu sei! – disse soltando a fumaça no cigarro.

– Eu ia dizer louca. – falei cruzando os braços.

– Acho que você tá acostumada com amadores. – disse olhando o nada apoiando seu corpo em um dos carros e tragando mais uma vez seu cigarro.

– Você disse que o Justin é um dos melhores, então acho que ele não é amador.

– É, mas acabei de saber por um dos seguranças que ele foi pego. – disse naturalmente como se contasse algo simples.

– O que? Onde ele está? – perguntei nervosa sentindo meu coração bater freneticamente.

– Ei, relaxa pirralha! – disse jogando seu cigarro no chão e apagando com o pé.

– Relaxa porra nenhuma! O Justin tá correndo perigo!

– Não está não! – falou irritada. – A Alana não vai fazer nada com ele enquando você não estiver lá. Ele está apenas desacordado. O segurança disse que injetaram morfina nele e levaram ele pra cima. Alana sabe que você vai vir atrás dele.

– Mas ela não mandou você ir me buscar? Não estou entendendo nada. – falei confusa.

– Sim, mas passei um rádio pra ela enquanto eu estava voltando pra mata pra ajudar você e disse que não tinha conseguido pegar você porque seu vôo atrasou e você resolveu pegar outro mudando totalmente a rota. – disse feliz com o seu feito.

– Então... – disse começando a entender.

– Então ela acha que eu não estou com você e que você chegará em Búzios por livre e espontânea vontade.

– Isso tudo está me confundindo... – falei meio tonta.

– Você não está acostumada com isso, pirralha, mas deveria estar. Seu namoradinho vive do crime. – disse querendo me irritar.

– Viveu, passado. – falei irritada.

– Passado? Então vou perguntar pra ele como é que se sai disso depois que entra, porque eu só sei que quando se entra, você nunca mais se vê livre disso. – falou séria. – Acorda, pirralha! Se fosse passado ele não estaria aqui armado até os dentes. Até você tá armada e você não deve saber nem acertar uma bolinha de papel no lixo, imagina acertar um tiro. – disse rindo debochadamente.

– Cala a boca. – resmunguei derrotada.

 

Aquilo que ela tinha acabado de dizer era a mais pura verdade. Até quando eu ia acreditar que ver o Justin armado e matando seria uma fase? Eu corria riscos estando com ele e tudo isso se movimentou por causa de Alana. Ele estava bem até eu chegar na vida dele e trazer a tona todo o seu passado. Se Alana ainda estivesse com ele, tudo seria diferente. Me senti culpada e uma lágrima brotou do meu olho, escorrendo pelo canto, mas rapidamente sequei.

 

 

– Por que você tá chorando? – perguntou impaciente, mas com uma pontinha de preocupação.

– Você quer mesmo que eu acredite que você se importa? Eu nem sei por que você está me ajudando. – falei um pouco triste.

 

Kimberly soltou todo o ar de seu pulmão com reprovação.

 

– Não me preocupo com você não, mas quero saber. – disse indiferente.

 

Bufei forçando um sorriso irônico e saí andando. Queria ir embora daquilo dali. Tudo isso era culpa minha! Eu não devia ter entrado na vida do Justin.

 

– Ei, garota. – Kimberly me chamou puxando o meu braço. Ela não tinha o menor jeito pra aquilo.

– Eu quero ir embora. – falei sem encará-la. As lágrimas simplesmente ocupavam todo o meu rosto.

– Olha, eu não tenho tempo pra inconstâncias de gravidez, mas você não veio até aqui pra ir embora. Qual é, pirralha, até eu tô me arriscando nisso. – disse tentando ser simpática. Só tentando mesmo.

– Você não percebe? Tudo isso é culpa minha! - A gente tá perdendo um tempo precioso aqui com essa bobagem. – disse revirando os olhos. - Você não entende...

– O que eu não entendo? Eu entendo que se o Justin não te amasse ele não estaria aqui arriscando a vida dele pra salvar a sua e a dos filhos de vocês. – disse um pouco irritada.

 

Respirei fundo encarando o nada, tentei argumentar, mas meu peito doía demais.

 

– Vem. – ela disse puxando o meu braço. – Já tá na hora da gente acabar com isso! – falou andando e me levando junto.

– Pra onde você tá me levando? – perguntei enquanto secava as lágrimas com a manda do casaco de uma mão.

– Vamos logo matar essa vadia! Subimos uma escada que ficava na parte externa da casa que nos levava até o segundo andar.

 

Andamos cautelosamente e antes de entrarmos na casa, ela se virou pra mim e não parecia preocupada.

 

– Eu vou entrar primeiro, óbvio. Ela já está me esperando. Você se agacha porque não vai dar pra te ver se você entrar agachada. Se esconde atrás de uns galões de gasolina que tem logo na entrada. Não fala, nem respira simplesmente fique imóvel e não tente fazer barulho. O Chaz e a Charlie são os únicos que estão lá com ela.

– Eu ainda não consigo acreditar que o Chaz tá do lado dela. – falei confusa.

– Shhhh... depois você volta pro seu conto de fadas, isso aqui é vida real e na vida real há vingança, violência e sentimentos ruins. Agora cala a boca e faz o que eu falei. Se alguma coisa der errado, eu estou armada e o Justin também logo, logo ele deve acordar. Você não vai levantar nem que por um caralho. Você vai ficar escondida até tudo acabar. ENTENDEU? – disse séria.

 

Assenti com os meus pensamentos em Justin. Como queria abraça-lo.

Entramos na casa e havia um corredor enorme cheio de portas, na última porta a Kimberly abriu lentamente e eu me agachei entrando do lado dele e indo logo em direção aos galões de gasolina.

 

– Ora, ora. Finalmente você chegou, Kimberly. – disse Alana com aquela voz insuportável que fez meu sangue ferver em minhas veias.

 

Tentei levantar um pouco minha cabeça pra tentar ver alguma coisa e lá estava ela junto com a loira que eu havia visto lá embaixo. A loira não parecia nada feliz. Ela devia ser a tal de Charlia. Chaz tinha uma expressão séria e estava sentado num grande sofá branco que havia ali. Em uma mesa de madeira próxima a janela estava o meu Justin desacordado, deitado de barriga pra cima. Sua respiração era tão lenta! Aquela cena fez meu coração gelar.

 

– Quando estava chegando, vi a Lorena lá na mata tentando encontrar sua casa! Avisei aos seguranças, eles pegarão ela mais rápido. – disse Kimberly mentindo perfeitamente.

– Perfeito! Aquela vadiazinha pensa que vai salvar o Justin. – disse Alana debochada rindo com uma garrafa de champagne na mão.

– Como ela chegou até aqui? – perguntou Chaz confuso. – Lorena é tão... tão perdida. – disse concluindo fazendo uma careta que indicava confusão.

– O Justin deve ter deixado alguma instrução. Eu sabia que ele iria lembrar dessa casa no Brasil e viria atrás de mim. – disse Alana com indiferença.

– Não, eu conheço o Justin. Ele jamais diria pra Lorena para onde ele estivesse indo. – disse Chaz pensativo.

 

Traidor! Como eu sentia ódio dele! Mas ele não parecia feliz ali, mas foda-se isso não diminuía a sua pena.

 

– Bom, isso não interessa muito agora, né? – disse Kimberly cortando meus pensamentos. – O que interessa é que essa otária já está aqui atrás do namoradinho. – Ela mentia bem, até eu estava com raiva dela.

– Então vamos nos preparar. – disse Alana colocando o a taça champagne na mesinha de centro.

– Já? – perguntou a tal da Charlie um pouco assustada.

– Sim! – falou Alana secamente.

 

Vi que Charlie engoliu a seco e Kimberly olhou em minha direção me repreendendo com o olhar por eu estar com a cabeça um pouco aparecendo.

 

– O que você vai fazer com o Justin? – perguntou Chaz pra Alana fazendo ela abrir um sorriso matador.

– Afoga-lo. – disse prepotente. – Depois eu vou matar a Lorena e os bastardos.

– O trato não era esse! – disse Chaz se exaltando e se levantando do sofá.

– E daí? – perguntou Alana com um sorriso debochado no rosto.

– Você não pode matar Lorena! – gritou

– Pra que eu quero ela viva, seu idiota? Eu quero os dois mortos. Se o Justin não pode ser meu, então ele não será de ninguém! – disse debochada com seus olhos enormes e fixados nos do Chaz.

 

 

 

Charlie observava tudo apavorada. Kimberly estava disfarçando a sua inquietação bem e eu? Meu coração batia tão alto que eu estava com medo de que eles pudessem ouvir. Mas tudo bem, eu morreria pelo Justin! Eu morreria por ele sem pensar duas vezes! Havia uma espécie de aquário enorme no canto da sala, próxima a mesa onde Justin estava. Só havia água e era enorme! Parecia uma piscina de vidro.

 

– Agora vá! A vadia já está chegando. Pegue o Justin antes que ele acorde e jogue ele dentro do aquário. Ele vem vai ver a morte se aproximando, apenas vai se afogar. – disse completamente doentia.

 

Chaz hesitou, mas logo foi até a mesa onde Justin estava pegando-o no colo, o colocando com o cuidado dentro do aquário e fechando a tampa do aquário com trancas.

 

 

Não aguentei ver aquela cena e me levantei de trás dos galões me entregando a morte. Não pensei em nada, só pensei em manter Justin vivo.

 

– Não mate o Justin, Alana. É a mim que você quer. Todos me olharam assustados e Kimberly rapidamente tirou sua arma da cintura acertando dois tiros em cada perna de Alana antes que ela pudesse sacar a sua arma.

 

Charlie correu se escondendo e Chaz sacou sua arma, mas suava frio e tremia sem saber o que fazer então correu até a mim se jogando na minha frente e me puxando pro chão e mesmo sem olhar erguei a mão para cima e atirou sem ver para onde. Eu só ouvia barulho de tiros e tentava me livrar das mãos de Chaz que numa atitude doentia tentava me salvar enquanto tentava matar Justin. Consegui me levantar e vi Alana gritando de dor no chão sem poder andar. Havia uma poça de sangue embaixo dela vindo de suas pernas atingidas pelas balas. Ela tentou alcançar a arma que havia caído de suas mãos, mas Kimberly chutou ela pra longe. Logo em seguida Kimberly pegou sua outra arma e atirou com duas armas em direção a onde Justin estava alvejando o aquário na extremidade. Levei um susto achando que ela acertaria Justin, mas na verdade logo o vidro se espatifou e água preencheu o lugar. Justin escorrei de dentro do aquário junto com a água e estava intacto. Kimberly não havia acertado nada nele. Eu assitia tudo estática, não conseguia mexer minha pernas. Meu coração estava em um ritmo jamais alcançado antes e Chaz estava do meu lado assistindo tudo sem nada fazer. Parecia que o arrependimento havia tomado conta dele, mas nada, nada no mundo me faria perdoá-la. Me forcei a ter forças e corri até Justin que tossia e respirava ofegante. Estava acordando lentamente. Alana gritava de ódio e Kimberly arrastou ela pela escada que parecia levar para o terraço. - Justin. – falei o abraçando forçando-o me olhar.

 

– Lorena? – ele perguntou ofegante. – O que você está fazendo aqui? – perguntou ainda jogado no chão todo molhado e desorientado.

– Está tudo bem, meu amor. – falei sentido as batidas do seu coração ao abraça-lo. Nada soaria mais reconfortante agora do que as batidas de seu coração.

 

Chaz analisava tudo de longe com lágrimas nos olhos. Sua expressão era ilegível. Justin puxou forças para se manter em pé e apesar de fraco encarou Chaz com superioridade.

 

– Eu sabia que você estava metido nisso. – Justin disse com dificuldade.

 

Chaz o encarou sem dizer nada.

 

– Traidor! – falei com lágrimas nos olhos.

– Eu sempre te amei Lorena, e você sabe disso. O que você queria? Que eu visse a mulher da minha vida com o cara errado e aguentasse tudo isso quieto? – falou com os olhos vermelhos.

– Isso não justifica, seu filho da puta! – disse Justin irritado colocando a mão na cintura pra sacar a arma, mas alguém havia tirado a arma dele. – Você tem sorte, por que eu to com sede do SEU sangue. – disse Justin em um tom irritado.

 

Tentei afastar Justin de Chaz, mas nem eu estava acreditando que tudo aquilo estava acontecendo.

 

– Justin! – ouvimos a voz da Kimberly vindo da escada que ela havia subido. – Deixei uma coisa pra você lá em cima. – disse tacando uma caixinha de fósforo no ar em direção do Justin que a pegou na mão.

 

Justin riu entendendo o recado, mas antes de subir olhou pro Chaz friamente.

 

– Isso não vai ficar assim! – falou cuspindo as palavras e logo em seguida virou para Kimberly que agora estava do meu lado. – Não deixa a Lorena vir atrás de mim. – disse mandão e senti os braços de Kimberly segurarem os meus.

 

Justin subiu as escadas e não estava mais desorientado, parecia que tudo estava normal, ele apenas estava ensopado, mas havia voltado e estava com sangue nos olhos. Charlie surgiu de trás do sofá com as mãos trêmulas.

 

– Me solta! – falei pra Kimberly. Suas mãos ardiam em meus braços.

– Deixa ele fazer o que é certo. – disse com um risinho no rosto.

 

Chaz se movimentou abrindo a porta devagar.

 

– Ei, você! – disse Kimberly fazendo ele se virar. – Não importa pra onde você for, ele vai te encontrar e você sabe disso. – disse séria.

 

Chaz encarou o nada e depois saiu do quarto. Charlie chorava desesperadamente vindo em minha direção, mas eu mal podia me mexer. Kimberly tinha uma força que eu nem imaginava. Meus braços doíam por causa do seu apertão.

 

– Me perdoa, por favor. Eu não quis estar nisso com a Alana, ela me obrigou acredite em mim, por favor! – disse Charlie na minha frente desesperadamente.

 

Eu nada pude falar. Aquilo ali ainda acontecia pra mim e a ficha ainda não tinha caído.

 

POV Justin

 

Subi as escadas, mesmo com dificuldade por causa da tontura. Estava com ódio. Chaz! Eu sabia que ele estava metido nisso. Lorena estava aqui no Brasil! Como ela teve coragem de vir atrás de mim? E Kimberly? Eu não a via desde quando ele fugiu do exército de Lúcio. Eu nem tinha despertado direito e todas aquelas informações estavam me irritando. Pelo menos ela estava do meu lado, apesar de eu saber que ela não me suportava. Minha Lorena estava bem, eu queria abraçar ela, beijar e nunca mais soltar. Mas assim que subi as escadas e cheguei no terraço, vi Alana estirada no chão tentando se rastejar. Eu tinha que resolver isso e depois eu seria todo e completamente da minha Lorena.

 

 

– Você não sabe que eu sempre venço? – disse pegando uma lata de querosene que estava ali.

 

Havia um sorriso despreocupado e debochado em meu rosto. Alana chorava desesperadamente. Sua calça jeans estava encharcada de sangue. Kimberly havia feito um bom trabalho.

 

– Justin, não me mata, por favor. – suplicou entre os gritos de dores.

 

 

Sem dizer mais nada taquei a lata de querosene toda em cima dela e ouvi seu grito estridente arranhando sua garganta. Aquilo foi música pra mim.

 

– Hoje você morre, sua vadia. – falei acendendo um fósforo.

 

Alana me olhou e esbugalhou os olhos, tentou suplicar mais alguma coisa, porém eu não dei chance e taquei o fósforo em direção dela. O grito de Alana ecoou aquela mata vazia. Eu senti prazer com aquilo. Vê-la ali pegando foto e se debatendo contra a morte, contra as queimaduras... aquilo era a perfeição pra mim. Eu não era ruim, eu não era aquele monstro, mas só pelo fato da Alana ter mexido com a minha família, aquilo havia reacendido um sentimento ruim em mim.

 

 

Desci as escadas e Kimberly soltou Lorena que correu em minha direção.

 

– Não vai lá em cima. – falei sério. Ainda ouvíamos o grito de Alana.

 

Assim que percebi Charlie ali,

 

 

Kimberly se meteu na frente dela já esperando que eu fizesse o pior.

 

– Deixa ela. – disse mandona.

 

POV Lorena

 

Justin se direcionou para mim quando viu que Charlie não era uma ameaça. Me abraçou e beijou o topo da minha testa.

 

– Tá se sentindo bem? – perguntou colocando a mão na minha barriga.

– Não sei. – falei em torpor.

– Vamos embora. – disse olhando pra Kimberly e Charlie e andando comigo abraçado para fora daquele lugar.

 

 

Assim que descemos as escadas exterior da casa chegando no estacionamento, Charlie entregou as chaves de seu carro para Justin.

 

– Toma, os seguranças devem estar voltando já! Assim será mais seguro. – disse e Justin segurou a chave e entramos rapidamente no carro.

 

Kimberly subiu na sua moto e foi na frente guiando o caminho para Justin.

Tópico: Você não sabe que eu sempre venço?

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karol drew | 04/08/2014

-_-

Ameeei

Gabii | 04/05/2013

É estranho mesmo! O que será que pensaria lendo essas histórias? Apesar dele passar por várias aventuras a cada capitulo huahus mais eles são a casal mais lindo que já vi ameei podia vir um livroo! ;D

Destino oculto 2

@JbieberPaulinha | 15/01/2013

Fiquei com um pouco de medo, é estranho o justin matando pessoas friamente kkkkkkkk

Itens: 1 - 3 de 3

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