Kimberly

 

POV Justin

 

Fiz o mínimo de silêncio que pude enquanto me arrumava. Levantei às 5 da manhã. Lorena tinha a respiração alta e pesada, então não acordaria tão cedo, assim eu esperava. Tomei um banho breve e desci com uma única mala com dinheiro e algumas roupas frescas, afinal eu estava indo para o Rio de Janeiro. Nunca havia visitado o Rio, mas como dizem deve ser de fato uma ”cidade maravilhosa”. Sem contar que as brasileiras eram as mulheres mais gostosas do universo. Só de pensar no tamanho da bunda delas... me arrependi por alguns segundos por ser comprometido. Ri baixo analisando Lorena. Ela era linda. Se fosse algum tempo atrás, eu voltaria do Rio com o telefone de mil garotas, mas agora parecia que nada mais me importava se não tivesse a ver com a Lorena.

Sentei na beirada da cama de leve analisando seu rosto. Como ela era perfeita. Será que ela sabia o quanto eu a amava? Beijei sua testa e me levantei da cama pegando minha mala. Havia deixado seu chocolate preferido na estante junto com meu bilhete. Eu sabia que isso não ia adiantar pra fazê-la ficar convencida de que não era pra ela se preocupar, mas eu quis fazer um agrado. Antes de fechar a porta olhei mais uma vez pra ela e suspirei alto.

Desci as escadas em silêncio e saí de casa indo em direção ao meu carro. Iria dirigir até o aeroporto.

 

 

Eu estava certo de que o que eu estava fazendo era pro nosso bem, mas mesmo assim não conseguia ficar feliz.

 

 

POV Lorena

 

O trânsito estava uma merda. As lágrimas queriam rolar em meu rosto, mas eu não deixava. Estava com ódio do Justin. Parece que não entende que eu não posso viver nesse mundo sem ele. E nossos filhos? O que aconteceria com nossos filhos se eu perdesse o Justin? Fechei os olhos com força deixando algumas lágrimas escorrerem. Odiava me sentir assim. Coloquei a mão sobre a barriga e senti meus bebês se mexendo. Aquilo me deu um sentimento bom. Toda força que eu tinha que ter eu tirava deles. Sequei meu rosto e encarei a minha mesma no retrovisor. Meus olhos estavam negros e eu tinha a fisionomia séria.

O trânsito começou a finalmente andar e eu meti o pé no acelerador. Chegando ao aeroporto, deixei o carro no estacionamento. Fui até a fila para o embarque, mas antes eu tinha que fazer uma coisa. Estava meio que relutante. Sabia que o único voo que sairia daqui para o Brasil ia direto pra uma cidade chamada São Paulo, mas eu não fazia a menor ideia de onde o Justin estaria. Precisava descobrir e assim pegaria outro voo quando chegasse a São Paulo. Fui até o balcão de informações e um negro alto e lindo estava lá. Assim que me aproximei ele deu um sorriso safado.

 

– Oi, gostaria de uma informação. – falei manhosa.

– Pode falar, senhora. – disse um pouco tímido.

 

Ainda bem que eu havia caprichado no decote. Ele não tirava os olhos dos meus seios, estava até sem graça por conta disso.

 

– Me chame de Lorena, não precisa me chamar de senhora. – falei sedutora.

 

Ele soltou uma risada baixa.

 

– É que o meu marido viajou antes de mim e eu esqueci de anotar o nome da cidade que iríamos. Eu apenas sei que é no Brasil. – falei manhosa tentando convencer.

 

Ele tinha um sorriso nos lábios, eu estava tirando a concentração dele.

 

– Qual o nome do seu marido, Lorena? – falou soltou um riso quando falou meu nome.

– Justin Drew Bieber. – falei colocando as mãos no balcão.

 

Ele analisou o computador e teclou algumas coisas e em menos de um minuto ele voltou a olhar pra mim com um sorriso vitorioso.

 

– Aqui consta que o senhor Bieber é solteiro. – ele disse desconfiado, mas ainda sorrindo.

– Iremos nos casar no próximo mês. – respondi rápido demais mentindo. – Eu já o chamo assim pra ir me acostumando. – sorri tentando convencê-lo.

 

Ele sorriu de volta, mas estava sem graça.

 

– Desculpe, Lorena, mas eu não posso te passar essa informação se você não tiver como me provar que tem alguma ligação com o senhor Bieber. – disse.

 

O encarei sedutoramente e mudei minha fisionomia ficando sério e franzindo o cenho.

 

– Será que o seu gerente gostaria de saber que você fica olhando os seios das mulheres que vêm te pedir informação? – perguntei firme.

– N-não, senhora. – disse abaixando a cabeça um pouco sem graça. Olhou em volta pra ver se alguém estava escutando.

– Então trate de dizer para onde o senhor Justin Drew Bieber foi. – falei irritada.

– Ele pegou um voo pra São Paulo e lá fará a escala para o Rio de Janeiro. – disse sem me encarar.

– Obrigada. – disse com um sorriso no rosto debochado e me virando para voltar pra fila do embarque.

 

Ainda bem que tinha uma fila especial para grávidas e idosos e ainda bem que minha barriga já estava notória. Logo eu estava dentro do avião e apesar da preocupação tomar conta do meu coração, eu estava com coragem e mal podia esperar pra ver a cara do Justin quando ele me visse.

 

POV Justin

 

Eu estava inquieto. Uma hora eu me sentia o fodão que estava indo atrás de uma vadia para mata-la, mas no instante seguinte eu ficava receoso, afinal Alana sempre citava o seu exército e eu não sabia que quantos eram esse exército. Relutava com o pensamento de que Chaz estivesse com ela, mas eu já estava me preparando para tudo. Assim que desembarquei em São Paulo, esperei por meia hora para embarcar para o Rio de Janeiro. A viagem foi breve, mas cada segundo pareciam horas. Eu estava nervoso e ansioso.

Desembarquei no Rio de Janeiro e peguei um táxi para o hotel que eu havia feito a reservada, o mais famoso e de frente pro mar de Capocabana Beach, Copacabana Palace. Fiquei com a suíte presidencial, era perfeita.

 

 

Assim que entrei desejei que Lorena estivesse aqui comigo, ela adoraria esse lugar. Caminhei até a janela e em meus lábios brotou um sorriso involuntário. A vista era perfeita.

 

 

Me apoiei na varanda e a brisa bateu em meus rosto. Sentia falta daquela garota, até mesmo da voz estridente dela quando ela brigava comigo.

 

 

Pensei em ligar para ela, mas acho que ela surtaria mais ainda. Cheguei a discar seu numero, mas desisti. Estava cansado, já estava entardecendo e eu estava cansado por causa da viagem. Tomei um banho e me joguei na cama e apaguei.

 

POV Lorena

 

Já estava de madrugada quando desembarquei no Rio de Janeiro. Me senti uma estranha. No começo me perguntei “Mas que diacho eu estou fazendo aqui?”. Eu estava perdida, não conhecia esse lugar. Estava no saguão do aeroporto ainda um pouco assustada. Aquelas pessoas não falavam a minha vida e acabei percebendo a merda que eu tinha feito por ter vindo atrás no Justin.

 

– Boa noite. – ouvi uma voz doce vindo por trás de mim. Ela falava em português.

 

 

– Sorry, I dont speak in portuguese. – falei desapontada retorcendo os lábios.

– Ah, tudo bem. – disse em inglês. – Eu falo em Inglês. Meu nome Kimberly e percebi que você está um pouco perdida. Você é a Sra. Jhonson?

 

Respirei aliviada. Nossa, ela falava tão bem a minha língua. De fato eu não era a senhora Jhonson, mas resolvi mentir afinal, se ela fosse me guiar pra algum lugar, então ela seria minha garantia.

 

– Sim. – sorri forçadamente esticando um braço para um comprimento tentando parecer convincente.

– É um prazer conhece-la. A empresa me mandou, serei sua guia pelo Rio, à proposito, tudo que a senhora quiser, pode me pedir, Eu reservo shows, hotéis, teatro, palestras, reuniões, enfim conte comigo para tudo. Me acompanhe. – disse simpática.

 

Puta que pariu, era muita sorte. Segui até o táxi e ela não parava de falar. Como era simpática. Foi me explicando cada lugar que passamos. Me mostrou o bondinho e o Cristo Redentor. De fato, o Rio era uma cidade maravilhosa.

 

– Sra. Jhonson? Sra. Jhonson?

– Oi, desculpa. Estava distraída. – menti. Eu tinha que me acostumar com ela me chamando assim.

– Tudo bem. – sorriu. – Fiz suas reservas no Copacabana Palace, como a senhora pediu, mas como fui avisada muito em cima da hora, não deu pra ser a suíte presidencial. Ela já estava ocupada. – disse um pouco receosa.

 

Copacabana Palace? Ok essa farsa teria que acabar alguma hora. Eu passaria essa noite no hotel e amanhã sairia em busca do Justin

 

– Tudo bem. – sorri por fim concordando. Ainda bem que eu havia pego todo o dinheiro que Justin guardava dentro do armário. Não sabia o quanto eu poderia gastar nesse tal Copacabana Palace.

 

O telefone dela tocou e ela começou a falar em português e eu não entendi mais nada. Desci do carro e eu ainda estava abismada. Eu nunca havia conhecido alguém que não falasse o inglês como língua nativa e mesmo assim o falasse tão bem. Entramos no hotel e parecia um palácio. Tudo muito caro e vasto. Eu não estava acostumada com aquilo.

 

– Está de quantos meses? – perguntou andando do meu lado sem me encarar.

– 4 meses. – falei passando a mão na barriga.

– Nossa, parece que tem mais! – disse meio desconfiada.

– São gêmeos. – falei contente.

– Gêmeos? – ela exclamou com a fisionomia séria.

– Sim. – falei meio sem entender o porque que ela estava com aquela cara.

 

Ela se silenciou até que entramos no elevador. No elevador foi apenas mais silêncio e sua cara de preocupação. Afinal, que porra estava acontecendo? Saimos do elevador e ela me acompanhou até o meu quarto.

 

– Sra Jhonson, esse é o seu quarto. Entre e descanse. Amanhã bem cedo estarei aqui pra leva-la a reunião. – disse, mas ela parecia ainda preocupada, aquilo estava me incomodando.

– Tá, ok! – falei revirando os olhos. – diz logo o que está acontecendo. Por que você ficou com essa cara quando eu disse que eram gêmeos? – perguntei cruzando os braços.

 

Ela me encarou mordendo os lábios por alguns segundos. Depois olhou pra todos os cantos pra verificar se não tinha ninguém no corredor. De repente ela entrou no quarto me puxando pra dentro. Fechou a porta com força e eu fiquei ali sem entender. Ela respirava forte e parecia confusa.

 

– Eu estou arriscando minha vida fazendo isso, mas Lorena você precisa fugir. – falou mudando completamente de personagem. Ela sabia meu nome e não era mais aquela mulher tão educada. Parecia perigosa e sexy ao mesmo tempo. Alguma coisa estava acontecendo, ela havia me enganado.

– Quem é você? – perguntei fincando a testa.

– Não interessa. Você precisa fugir.

– Eu não vou fugir, eu preciso achar o pai dos meus filhos.

– Ele ficará bem. – gritou. – Você que tá correndo riscos aqui. – falou como se quisesse dizer algo mais.

– Me conta o que está acontecendo! Quem é você e por que fingiu ser outra pessoa? – perguntei séria.

 

Ela revirou os olhos impaciente.

 

– Eu sou a Kimberly e a Alana me contratou pra matar você, mas quer saber. Foda-se eu aceitei esse trabalho pelo dinheiro, mas eu não suporta aquela loira vadia. Eu não quero te matar, você é apenas uma imbecil grávida que veio atrás do namorado metido a fodão. – disse despreocupada acendendo um cigarro.

– Como é que é? – perguntei tentando processar as informações.

– A Alana sabe que o Justin está este hotel, mas não faz a menor ideia de onde você está, então você precisa ir embora. Eu prometi a ela que te levaria até onde ela está porque assim o Justin viria resgatar você.

– o Justin está nesse hotel? – perguntei alterada.

– Quem você acha que é o esnobe que fez questão de ocupar a suíte presidencial? – perguntei irônica.

 

Senti vontade de ir atrás dele, mas eu ainda queria entender aquela história toda.

– Como Alana sabia que eu vinha?

– O Chaz ligou ontem pra um amigo dele que disse que você tinha vindo pra cá. – disse como se estivesse apenas contando uma história pra alguém dormir.

– O Chaz está com a Alana? – perguntei fraco sentindo meu coração parar.

– É, parece que ele não aceita ser trocado. – falou debochada.

– Eu não acredito em você. – falei com raiva.

 

Ela rolou os olhos impaciente apagando o cigarro no cinzeiro.

 

– Lorena, eu não quero te matar. Eu já estou com o dinheiro da Alana e posso fugir sem fazer o meu trabalho. Você está grávida e de gêmeos. O Justin sabe se virar.- falou chegando perto de mim.

– Eu só vou embora com ele. – falei firme.

– Enfim, não tenho tempo para esses casos de amor doentios. Meu trabalho está feito. Eu não quero te matar e não vou. Já peguei meu dinheiro e agora posso voltar de onde eu vim. – falou indo em direção a porta.

– Espera. – gritei fazendo ela se virar.

 

 

– Me leva onde o Justin está! – pedi quando ordenando.

– Não! Não vou deixar você atrapalhar ele. Já trabalhei com o Justin e ele sabe se virar. Se ele souber que você está aqui, ele vai fazer tudo errado.

– Não interessa! Eu quero o Justin e você vai me levar até ele.

 

Ela levantou uma sobrancelha como se não acreditasse no que eu estava dizendo.

 

– Abaixa a bola, queridinha. Eu não vou levar você a lugar nenhum! Deixa ele acabar com a Alana. Me faria um favor.

– Se você a odeia, por que aceitou o trabalho?

– Por que? – perguntou rindo. – Por causa de U$ 150.000.000. – disse óbvia.

– Ela te ofereceu tudo isso pra me matar? – falei sem acreditar.

– Uhum.

– Cretina... – falei com os dentes trincados.

 

De repente ouvimos um barulho alto de um helicóptero e ela sorriu debochada olhando pra cima como se já soubesse o que era.

 

– Acho que o Justin está indo atrás da Alana. – disse indiferente.

 

Corri até a janela, mas em questão de minutos o helicóptero já tinha decolado de novo. Olhei para o relógio do meu pulso e marcava 3 horas da manhã.

 

– Eu preciso ir atrás dele. – falei.

– Impossível. A Alana está na região dos lagos e você não faz a idéia de como é longe. Quer pagar um táxi daqui até lá? – riu debochada.

– Você vai me levar – falei firme.

– Vou? – perguntou cruzando os braços.

 

Revirei minha mala pegando o saco de dinheiro e joguei três bolinhos de dinheiro para ela. Isso significava que havia u$ 30.000 ali.

 

– Vai. – falei assim que ela segurou as notas.

 

Ela sorriu debochada.

 

– Agora você falou a minha língua. Só aviso uma coisa: Eu estou de moto. – falou como se eu fosse desistir.

– E eu estou louca pra acabar com a raça da Alana. – falei com ódia fazendo ela sorrir satisfeita.

 

Descemos até a rua e ela me entregou um capacete. Subi na garupa e ela simplesmente voava pelas avenidas, ruas, esquinas. Foi uma viagem longa. As vezes eu sentia medo, pois ela corria numa velocidade descomunal e não quase não haviam carros nas estradas. O Sol já raiava quando finalmente paramos.

 

– Onde estamos? – perguntei olhando em volta.

 

 

– Búzios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Tópico: Kimberly

Destino oculto 2

@JbieberPaulinha | 15/01/2013

Essa lorena é msm doidaa viiu

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