Eu Sempre Serei Seu

 

POV Lorena

 

– O que você está fazendo aqui? – me levantei assustada me colocando em frente aos meus filhos.

– Calma. – ele disse com o cenho franzido esticando suas mãos como se me dissesse pra eu parar de agir assustada.

– O que você quer? – perguntei ainda tensa.

– Calma, Lorena! Eu não vou machucar você! – disse um pouco irritado.

 

Me coloquei de frente para o carrinho. Destravei as rodinhas e o empurrei com força saindo dali. Pelo menos a praça estava cheia, Chaz não faria nada contra mim ou contra meus filhos com tantas testemunhas ali.

 

– Lorena espera! – senti sua mão segurar meu braço.

– Chaz, me solta pelo amor de Deus. – falei já sentindo minhas pernas bambearem.

 

Infelizmente, toda a imagem de doce e amigo que eu tinha do Chaz havia ido embora, hoje ele era uma pessoa que me passava o sentimento de medo. Quase matou Justin com uma frieza que eu nunca soube que ele tinha. Logo após isso sumiu. Sei que Justin percorreu algumas cidades atrás dele, mas ele estava muito mais focado em matar Lúcio então havia deixado Chaz pra depois.

 

– Eu quero conversar. Por favor, não faz isso. – disse com uma fisionomia triste.

 

Apenas o encarei sem dizer nada. Meu coração estava acelerado. Olhei para as crianças com receio, mas Chuck e Alice dormiam como dois anjos.

 

– Eles são lindos. – disse de um jeito doce olhando pra onde eu estava olhando. Voltei meu rosto para o dele tentando manter uma certa frieza.

 

– Não temos nada a conversar. – disse firme.

– Eu sei que não mereço sua confiança, mas Lorena, nós sempre fomos amigos. Você me conhece melhor do que ninguém. Eu só não consegui lidar com o fato de ver você com outra pessoa. – disse como se fosse óbvio.

– Isso não justifica você quase ter matado Justin! – disse um pouco alterada.

– Eu estava sobre pressão! Eu agi por impulso, sei lá. – disse um pouco atordoado.

– Chaz, vocês sempre foram amigos. É muito ruim olhar pra você e não saber quem você é! – falei cuspindo as palavras.

– Eu sou o mesmo Chaz, só que eu cometi erros. – disse depois de bufar.

 

Revirei os olhos. Caramba, como era estranho tudo ter acontecido como aconteceu! Me sentia num filme de terror, suspense e ação e sinceramente? Tinha dias que eu queria levantar do sofá e desligar a porra da televisão pra parar de ver esse filme rondando na minha cabeça e na minha vida.

 

– Se o Justin ver você aqui, ele vai te matar! – falei dps de um breve tempo em que ficamos em silêncio.

– Devo desculpas a ele, então tudo bem se ele aparecer. – disse dando de ombro.

– Desculpas? Você acha que você tenta matar alguém e depois pede desculpas e tudo fica bem? – falei gesticulando e ouvi Alice começar a chorar. Deveríamos estar falando muito alto.

 

Me curvei sobre o berço e peguei Alice antes que ela acordasse o Chuck.

 

– Calma, neném! – disse a ninando.

– Ela parece o Justin. – disse fazendo uma careta.

– Nada a ver. – disse rápido.

– Parece sim. – falou analisando mais de perto.

– Tá chega! – falei desviando Alice de Chaz. – Agora vai embora, sério. – disse tentando me manter séria.

– Quero conversar com você, então não vou embora.

– Já conversamos. – disse sem encará-lo.

 

Chaz revirou os olhos e bufou como se achasse aquilo tedioso. Na verdade parecia que ele estava levando tudo na brincadeira. O encarei por alguns segundos e por um segundo eu quis que ele não tivesse feito a merda que fez, pois ainda queria que ele fizesse parte da minha vida.

 

– Sério, Chaz. Vai embora. – falei meio indecisa se era aquilo mesmo que eu queria que ele fizesse.

– Eu sei que você e Justin não estão mais juntos. – disse com um sorriso de canto.

– Como você sabe disso? – perguntei confusa.

– Eu sei de tudo que acontecesse na sua vida. – falou meio relaxado sentando no banco que eu estava sentada minutos antes.

 

 

– Minha mãe, acertei? – falei revirando os olhos.

Ele riu deixando claro que sim. Minha mãe sempre gostou do Chaz, pra falar verdade ela tratava Ryan e Chaz até mesmo melhor do que me tratava.

 

– Você é um idiota, sabia? – disse não acreditando que ele mantinha contato com a minha mãe e a filha da puta nunca havia me falado nada.

 

Mas mesmo assim eu não conseguia sentir raiva de Chaz. Ele sempre foi tão imaturo, não seria surpresa que Alana faria sua cabeça com facilidade. Encarei seu rosto pensativo e meu sorriso preferido estava em seus lábios como se ele pudesse consertar todos os seus erros comigo com aquele sorriso.

 

– Por que você me decepcionou tanto, Chaz? – perguntei sentindo os nós se formarem em minha garganta.

– Desculpa, eu estava cego. Foi um baque pra mim quando eu descobri que você estava grávida. Até então eu sabia que o Justin um dia ia aprontar com você e você correria pra mim de volta, mas filhos? Filhos seria um laço eterno com o Justin. Eu perdi minha cabeça. Talvez eu tenha deixado meus impulsos me controlarem. Eu queria que você fosse minha e não dele. – disse encarando o nada de uma forma triste.

– Esse não é você. – suspirei fraca enquanto Alice adormecia mais uma vez em meus braços.

– Eu sei. – ele disse juntando suas mãos e negando com a cabeça.

– E você foi procurar Alana? Logo ela? Por que Chaz? Por que você fez isso comigo?

– Não sei o que aconteceu ao certo Lorena... ela me achou! É como se ela soubesse tudo que acontecesse com vocês dois, sei lá... é estranho. Ela me pegou fraco e usou aquilo a favor dela. – disse confuso.

– Como se ela soubesse tudo que acontece com a gente? – perguntei franzindo o cenho.

– É! Ela veio até minha casa e ela sabia tudo que havia acontecido, nos mínimos detalhes. Como se tivesse uma escuta no Justin e simplesmente ela ouvisse tudo que acontecesse com ele.

– Que estranho... – falei pensativa. – Bom, mas agora ela não ouve mais nada a não ser o barulho do fogo queimando-a no inferno. – dei de ombros.

– Você não entendeu? Você precisa avisar ao Justin que ele tá sendo monitorado 24 horas por dia. – disse fazendo as coisas se encaixarem em minha mente.

– Chaz, isso é impossível! Justin está tramando a meses um ataque ao Lúcio, você não acha que Lúcio já não teria dado o ar da graça se soubesse que está correndo perigo? – perguntei confusa.

– Não sei. Sinceramente, não entendo nada dessa vida de traficante. – disse dando de ombros.

– Justin não é um traficante. – falei revirando os olhos.

– Você entendeu!

– E onde você estava agora? – perguntei curiosa.

– Passando um tempo na casa de cada tio. – disse com um sorriso sapeca.

– Justin não te achou.

– Tem certeza que ele me procurou? – perguntou comum sorriso debochado.

– É, não sei... a gente não se fala muito. – falei desviando os olhos.

 

Ficamos alguns segundos em silêncio enquanto parecia pensar em algo e eu ninava Alice. Coloquei-a no berço com cautela e graças a Deus ambos dormiam. Sério, não levo o menor jeito pra criança chorosa. Justin podia ficar o dia todo com Alice grudada nele que a menina parecia que não se importava com mais nada. Mas comigo, era uma coisa! Manhosa, chorona e uma chatinha.

 

– Quem diria você com filhos. – Chaz disse entre um suspiro cortando meus pensamentos.

 

Sorri meio sem graça colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha.

 

– Tenho que ir, Chaz. Não sei que horas o Justin vai voltar e ele pode passar aqui e ver você. Não quero mais confusão na minha cabeça. – falei levando uma mão até a testa.

– Tudo bem. – disse se levantando. – Vou poder te ver de novo? – perguntou meio incerto.

– Não sei, Chaz. – falei um pouco triste. – Sei lá, o que você fez foi errado, mas... eu estou rodeada de pessoas que me decepcionam , né? Já vi que talvez minha vida seja viver perdoando os outros. – disse com a voz um pouco falha.

– Isso jamais vai se repetir. Quero ver meus sobrinhos crescerem. Quero que fazer parte de novo da sua vida, ficar de plateia assistindo você viver é muito chato.

– Sobrinhos? – perguntei em meio a um sorriso.

 

Chaz riu pelo nariz e tocou de leve minha bochecha.

 

– Tchau, Lorena. – sussurrou e não senti mais seus dedos frios tocarem minha pele.

 

Chaz virou indo embora e eu observei ele partir. Não havia raiva dele dentro de mim. Eu o entendia e o conhecia bem. Jamais existiria mais raiva do que amor naquele coração.

 

Posicionei-me de frente pro carrinho e admirei um pouco meus anjinhos dormindo. Comecei a empurrar o carrinho voltando pra casa.

 

POV Justin

 

– Tô cansada de esperar! Se essa porra não acontecer amanha, não conte mais com a minha ajude. – disse Kimberly sentada na mesa de madeira e um jeito relaxado.

– Acho que amanha seria um dia ótimo! – falei pensativo enquanto assistia Willow e Charlie lutando entre si os golpes que ensinei parar desarmar pessoas.

 

Olhei o relógio e já era 21h. Meus pensamentos foram até meus filhos e eu me sentia um idiota. Não conseguia fazer mais anda sem pensar neles ou sentir a falta deles.

 

– Acho que por hoje está bom. – falei com a voz alta pra que todos ouvissem.

 

Kimberly saltou da mesa indo em direção a porta do galpão. Ryan começou a guardar todas as câmeras e microfones que ele havia ficado a tarde toda testando. Willow e Charlie estavam ensopadas de suor e se aproximaram ofegantes.

 

– Amanhã será o grande dia. – disse Willow.

– Sim. – falei seco e Kimberly se virou de onde estava pra poder me ouvir.

 

 

– Vão para casa e descansem. Encontro com vocês pela manhã pra ajeitarmos tudo.

 

Todos acentiram e então logo eu já estava no carro voltando pra minha casa com o Ryan falando sem parar. Aquilo era nervosismo? Sei lá que porra era aquela, mas não via a hora de estourar seus miolos pra ele parar de falar. Estacionei o carro em frente a minha casa e saí batendo a porta.

 

– Coloca na garagem pra mim. – falei jogando a chave pro Ryan que revirou os olhos, mas acabou fazendo o que pedi.

 

Entrei na casa e estava silenciosa. Subi até o segundo andar e fui direto pro meu quarto e tomei um banho pra me desestressar daquele dia. Tentava não me focar muito no que faríamos no dia seguinte pra não pirar, mas finalmente o dia tinha chegado e eu nunca havia planejado um ataque tão grande quanto esse. Enrolei uma toalha na cintura enquanto caçava uma roupa pra vestir. Coloquei uma bermuda com um tecido leve e passei a toalha no cabelo de forma rápida. Sái do quarto indo logo em direção ao quarto dos bebês. Abri a porta devagar e encontrei Maria e Lucinda ninando cada uma um bebê. Bom, pelo menos elas tinham entendido o recado. Chuck estava com os olhos bem abertos encarando Maria enquanto escutava ela cantar. Alice estava quase desmaiando de sono no colo de Lucinda.

 

– Ah, não senhor Justin! Alice está quase dormindo, se o senhor pegar ela, ela vai custar pra dormir de novo! – disse Lucinda brincando e eu fechei a porta devagar.

 

Ri sem graça enquanto ela passava Alice pro meu colo. Caramba, era algo tão estranho que eu sentia quando pegava meus filhos no colo. Era como segurar uma parte minha. De fato eles eram uma parte minha, mas eu os amava tanto que era como se eles fossem grudados a mim. Quando não estava perto deles, sentia falta como se perdesse uma perna. Alice logo abriu os olhos que antes estavam quase fechados e tentou sorrir, bom acho que aquilo era um sorriso.

 

Aninhei ela em meu colo e sentei numa poltrona que tinha ali. De repente um medo me consumiu. Será que alguma coisa daria errado a manhã e eu nunca mais poderia ver esses rostinhos? Meus filhos cresceram sem um pai! Sacudi minha cabeça tentando me livrar daqueles pensamentos. Não tinha como nada dar errado.

 

– Lorena já foi dormir? – perguntei ainda olhando pra Alice tentando me distrair um pouco.

– Ela foi mais cedo levar as crianças no parque e depois veio almoçar e saiu de novo pra consulta dos bebês no pediatra, chegou agora pouco, comeu alguma coisa e tombou na cama. – disse Maria.

– os bebes estão bem? – perguntei preocupado.

– Sim, mas é normal que eles vão ao médico, eles tem que tomar uma série de injeções e o médico tem que ver se está tudo bem com eles. – disse me reconfortando.

 

Fiquei um pouco com Alice até ela pegar no sono e depois a entreguei a Lucinda e por um milagre ela não acordou berrando. Fui até Chuck, mas ele já estava dormindo no berço então não quis pegá-lo pra não acabar acordando ele. Saí do quarto e passei em frente ao quarto de Lorena. Fiquei parado pensando se faria aquilo ou não. Sei lá, precisava de mais um beijo. Precisava que Lorena me desse forças para o que eu estava prestes a fazer amanhã. Queria tanto estar bem com ela! Relutei um pouco, mas abri a porta cautelosamente e encontrei Lorena deitada na cama agarrada um travesseiro. Entrei no quarto fechando a porta tentando fazer o mínimo de barulho possível, mas Lorena abriu os olhos assustada.

 

– Te acordei? – perguntei um pouco chateado comigo mesmo me aproximando da cama.

 

 

– Não. Ainda não estava dormindo. – disse se sentando encostando as costas no travesseiro.

 

Sentei na cama com cuidado e Lorena analisava tudo que eu fazia.

 

– O que foi? – perguntou já percebendo minha preocupação.

 

Respirei fundo antes de começar a falar.

 

– Decidimos e amanhã vamos invadir a casa do Lúcio. – falei olhando em seus olhos.

 

Lorena levou uma mão até a boca e fitou o nada. Vi seus olhos marejarem de leve.

 

POV Lorena.

 

– Toma cuidado. – foi tudo que conseguir fazer minha garganta deixar falar.

– Vou tomar. – ele disse fraco.

– Você tem certeza que Lúcio não sabe de nada? – perguntei começando a me preocupar com que o Chaz havia me falado mais cedo.

– Tenho! Ele já teria mandado me matar. – falou despreocupado.

– Mas sei lá, o Chaz disse que... – disse apressada esquecendo completamente em que situação eu estava. Parei de falar assim que percebi que a merda que eu tinha feito. Não podia de maneira alguma ter falado no nome de Chaz.

– Chaz? O que tem o Chaz? – perguntou Justin confuso.

– Nada. – falei tentando esconder meu desespero. Mas pro meu azar, Justin sabia quando eu estava mentindo.

– Fala logo. – disse um pouco irritado.

 

Respirei fundo fechando os olhos e a voz ficou um pouco presa na minha garganta.

 

– Eu encontrei com ele hoje. – falei meio falho.

– VOCE O QUE? – ele alterou a voz se levantando da cama.

– Eu estava na praça com as crianças e ele chegou de surpresa.

– Filho da puta! – disse encarando o nada.

– Justin, calma. Ele não fez nada. A gente convers...

– Conversaram o que? – disse visivelmente irritado.

– Nada demais, Justin. – falei tentando consertar a merda que eu tinha feito.

– Eu vou matar esse filho da puta assim que eu acabar com o Lúcio! – disse com ódio.

– Você não vai fazer nada disso! Disse firme encarando seus olhos raivosos.

– E por que não? Ele veio com seu papinho de bom moço e você acreditou nele? Qual é, Lorena! Ele tentou me matar, isso não significa nada pra você? Ah não, né? Porque se você pudesse você mesmo me matava! – disse cuspindo as palavras.

 

Me levantei rapidamente ficando perto dele. Uma raiva havia subido me deixando elétrica.

 

– Primeiro, abaixa o tom de voz. Seus filhos estão dormindo, se você não tem respeito por mim, pelo menos tenha por eles. – falei irritada olhando profundamente pros seus olhos e apontando o dedo pra ele. – Segundo, vai fazer showzinho pra suas piranhas lá da rua, ok?

– Não acredito que você teve coragem de perdoá-lo! – falou balançando a cabeça negativamente.

– Eu disse que perdoei alguém? – perguntei debochada.

– Ficaram altas horas conversando! Você quer que eu pense o que? Ele também segurou meus filhos e tentou afoga-los no chafariz da praça? – perguntou acompanhando o tom do meu deboche.

– Deixa de ser idiota, Justin! Que fiquei altas horas conversando! Parece uma mulherzinha contando fofoca, aumenta tudo!

 

Justin bufou irritado me olhando.

 

– Eu não quero ele aqui em casa. Se você quer perdoá-lo, problema é seu. Se ele pisar aqui vou estar no meu direito de mata-lo. – falou com autoridade.

 

Revirei meus olhos achando aquilo tudo uma palhaçada.

 

– Tudo bem, já fez seu show, posso tentar dormir agora? Tive um dia longo. – falei voltando pra cama. Mas antes que eu pudesse deitar completamente, senti seus braços segurarem os meus me posicionando de frente pra ele.

– Fiquei pensando no nosso beijo o dia todo. – sussurrou próximo dos meus lábios e senti seu hálito fresco bater em meu rosto.

 

Tentei colocar meus pensamentos em ordem pra poder me livrar de suas mãos, mas não tive muito sucesso. Justin juntou nossos lábios, sem ao menos pedir permissão. Mas nosso beijo do dia seguinte mexido muito comigo também e eu como ele havia ficado pensando o dia todo. Como eu sentia falta naqueles lábios nos meus. Sua língua quente explorando todos os cantos de meus lábios. Era algo que se encaixava, como se o beijo dele fosse feito pro meu e o meu pro dele. Algo como achar a peça certa do quebra-cabeça. Senti suas mãos libertando meus braços e segurando minha cintura. Abracei sua nuca e nosso beijo estava sendo insuficiente.

 

 

Faltava algo. Passei minhas mãos sobre seu peitoral e Justin foi até o meu pescoço fazendo todo meu corpo se arrepiar.

 

– Não...faz... isso... por favor. – pedi com dificuldade.

– Eu sei que você quer. Eu também quero! Então vamos fazer. – disse com a voz sexy ao meu pé do ouvido.

 

Fechei os olhos deixando minha cabeça tombar e Justin conduziu meu corpo até a cama. Seus lábios foram até meu tórax e ele dava beijos demorados. Embaracei minha mão em seu cabelo. Já sentia sua excitação encostar-se à minha intimidade por sobre a roupa. Suas mãos estavam inseguras, mas foram devagar até meus seios por debaixo da roupa e eu me deixei levar. Justin apertou de leve um dos meus seios e eu arfei baixo. Nossos lábios se encontraram mais uma vez com mais ânsia e depois Justin se afastou e olhou bem fundo dos meus olhos.

 

– Eu te amo. Eu sempre vou te amar. Não importa quanto tempo eu fique longe de você, eu serei sempre seu e você sempre será minha. – sussurrou e seus olhos se perderam nos meus. Fiquei completamente sem palavras e Justin abaixou devagar fazendo nossos lábios se tocarem mais uma vez.

 

Justin levou suas mãos com cuidado até minha calcinha e arriou ela por toda minha perna. Estava de camisola, o que facilitou. Justin saiu de cima de mim e eu me pus sentada tirando a camisola enquanto ele encarava meus seios enquanto tirava sua bermuda e sua boxer. Nossos corpos se tocaram nus quando Justin voltou pra cima de mim. Seus braços alisaram toda a extensão dos meus braços deixando arrepiado cada lugar que ele tocava. Eu estava indo a loucura. Aquele corpo maravilhoso em cima de mim, aquele corpo que era meu. Aquele toque leve que eu sentia tanta a falta. Justin segurou a base do seu pênis e encostou devagar na minha entrada. Olhou pra ver minha reação e eu sorri abobalhada fazendo ele começar a enfiar com cuidado. Era como fosse nossa primeira vez mais uma vez. Ele estava tomando todos os cuidados como se eu fosse um cristal reconstruído prestes a se quebrar mais uma vez.

Senti os movimentos de vai-e-vem começarem e aquela sensação era tão boa depois de tanto tempo sem sentir. Justin frizou a testa sentindo prazer e eu cravei minhas unhas em suas costas. Arfávamos baixo, não estava sendo um sexo selvagem ou algo do tipo. Não exigia gritos. Era apenas nós dois num silêncio de uma noite nos entregando ao que sempre foi nosso. O movimento do Justin dentro de mim começou a se intensificar e eu estava cada vez mais excitada.

 

 

Justin ergueu um pouco o corpo e começou a penetrar e a olhar em meus olhos ao mesmo tempo. Nos perdemos um nos olhos do outro por alguns segundos e gemi baixo quando as paredes da minha vagina apertam o pênis do Justin. Enquanto eu gozava, Justin continuava metendo pra chegar ao seu ápice e depois de mais uns segundos senti seu líquido quente dentro de mim. Justin respirou ofegante e continuava arfando sem muito escândalo. De mais algumas entocadas e depois saiu de dentro de mim se pondo ao meu lado. Senti suas mãos envolverem meu corpo e só ouvia sua respiração descompassada enquanto estava de conchinha. Nossos corpo ainda estava na sintonia do sexo, sentia minha vagina ainda sensível. Fechei os olhos sentindo as mãos do Justin caminharem pela minha barriga.

 

–Eu te amo. – sussurrei de leve e bem baixinho achando que ele não escutarei, mas ouvi ele ri pelo nariz um pouco fraco perto da minha orelha.

– Eu sei disso. – sussurrou depositando um beijo no meu pescoço.

 

Ficamos ali em silêncio até o sono chegar.

 

 

POV Justin

 

Acordei e Lorena nem se quer se moveu. Fui até meu quarta, não passava de 7h da manhã. Preparei toda minha roupa e tomei um banho rápido. Me vesti me encarando no espelho e dando uma geral no quarto pra perceber se havia esquecido algo. Passei rápido no quarto das crianças e depositei um beijo na testa de cada uma. As babás ainda nem estavam lá e eles pareciam dormir. Nem Alice se quer acordou com o meu cheiro. Fui até meu carro e dirigi rápido chegando até o galpão onde todos já me esperavam.

Tudo estava pronto, repassamos umas três vezes o que faríamos, cada passo, cada movimento, cada detalhe, aquele plano não poderia ter uma mísera falha sequer. Lúcio sempre foi armado até os dentes e vigiado 24 horas por mais de 50 homens, mas segundo informações recolhidas, ele havia liberado mais de 20 homens para as buscas de pistas sobre a morte de Alana. Só que ele tinha armas e eu habilidades, todos que estavam comigo estavam bem treinados. Estava encostado em um canto pensando na Lorena e nas crianças e em tudo que já vive esses últimos meses e como minha vida tinha mudado, antes tinha que me defender dos meus atos hoje tenho uma família. Hoje tenho três pessoas que precisam da minha defesa e que eu daria a vida por qualquer um deles, isso que me motivava isso e que me dá forças para lutar por uma liberdade que não tinha desde que entrei nessa vida.

– E ai cara? Tá pronto? – Ryan colocou a mão no meu ombro me tirando de meus pensamentos. Respirei fundo liberando o ar de forma alta.

– E eu tenho alternativa? – disse em um tom sarcástico.

– Ai quanto tempo mais vamos ficar nessa concentração? Eu quero ação, eu preciso de ação. – Kimberly disse escorada a uma mesa velha. Olhei o relógio no pulso e já eram quase 22h00minh. Olhei para o Ryan e assenti com a cabeça ele respirou fundo.

– Como vocês já sabem Kimberly e eu vamos entrar na frente para limpar o caminho. Willow e Charlie vocês vão estar lá dentro dando informações de tudo o que acontecer lá, eu preciso estar informado de tudo o que está ocorrendo dentro da mansão, cada detalhe tudo o que puderem vocês vão capturar para mim. O passe de vocês é livre naquela casa então entrem e fiquem de boa. – elas assentiram as duas estavam com microfones, pontos e câmeras escondidas no corpo. – Ryan você vai cuidar de quem entrar na mansão assim que passarmos pelos portões ninguém mais entra. Tudo que aparecer de estranho na sua frente só meter bala.

– Tem certeza que é desse jeito que vai fazer? – Kimberly disse me desafiando.

– Sim. – disse sério e frio, não conseguia agir normalmente com ela.

– Sabe qual é problema? Eu não preciso de instruções entro naquela casa e decapito o Lúcio fácil, mas Charlie, Willow, Ryan são amadores e eles estão se arriscando. Se fosse apenas eu e você daria tudo certo, mas você está errado Bieber em envolver pessoas que não tem nada ver com essa vida.

– Eu confio neles. – disse entre dentes.

– Eu também Justin!

– Você se acha foda demais. – bati a mão na mesa.

– Não. Eu só apenas estou te mostrando os fatos coisas que você não quer aceitar.

– Poxa Kimberly você está desmerecendo a gente. – Ryan disse um pouco irritado.

– Não ele sabe que não estou. – ela me encarou petulante.

– O negócio é: você está ou não com a gente? – a encarei.

– Sabe que eu não pularia fora, mais do que você também desejo a cabeça do Lúcio. Se você insiste nessa. – ela deu de ombro. – Também estou.

– Gente, não vamos esquentar os ânimos agora né? Precisamos nos concentrar. – Willow disse fazendo nós apenas nos fuzilar. Kimberly se calou e eu voltei a falar.

– Quero saber de tudo o que está acontecendo nesse computador. – mostrei pra elas. – Vou ter a visão do que vocês estão vendo. Tudo bem pra vocês?

– Por mim tudo bem. – Willow deu de ombros.

– Espero que dê certo. – Charlie murmurou, aquele papo da Kimberly tinha assustado elas.

Liguei o computador e comecei a fazer os testes dos aparelhos delas.

– Me respondam pelo microfone se estiverem me escutando. – disse para elas através do ponto.

– Sim. – as duas responderam em um coro. A câmera estava pegando perfeitamente bem, tinha a visão de tudo o que elas viam. Ryan já tinha terminado de preparar o carro delas, o galpão que estávamos era perto da casa do Lúcio. Kimberly e eu conhecíamos bem aquele lugar e já sabíamos da existência daquele galpão abandonado.

Depois de saber como estavam as coisas na casa do Lúcio iriamos invadir e ai sim o jogo iria começar. Respirei fundo e elas entraram no carro.

– Vocês foram bem treinadas então vai dar tudo certo. – disse batendo a porta do motorista assim que Charlie entrou no carro. Quando o carro saiu fui direto para o computador ajustando o volume da escuta. Estava tudo perfeito.

Vinte minutos depois pude escutar quando Charlie comprimentou um segurança. Ativei a câmera e tinha a visão da entrada da casa de Lúcio. Willow abriu a porta e Charlie a seguiu entrando logo atrás. A sala estava vazia, mas elas continuaram prosseguindo a caminho do escritório, estavam instruídas a sondar Lúcio, duas batidas na porta, não pude ver de quem foi, mas escutei quando Charlie respondeu:

– Sou eu tio. – depois de um tempo ela abriu a porta adentrando a sala.

– Princesas. – Lúcio estava em sua cadeira como de costumes, as meninas estavam viradas para ele me dando uma visão completa do lugar.

– Tudo bem? – Charlie disse com aquela voz baixinha dela.

– Quando encontrar Alana estarei bem melhor. – ele sorriu.

– Ainda não conseguiu nenhuma noticia do paradeiro dela? – Charlie perguntou.

– Não. – Lúcio disse se ajeitando na cadeira. – Sente-se. – ele apontou as duas cadeiras em frente sua mesa. Elas sentaram e a câmera ainda estava direcionada a ele. – Alana sempre foi muito mimada, mas esse sumiço está me deixando preocupado. Ela nunca foi de ficar muito tempo longe, ou melhor, sem precisar de dinheiro. Mas quando eu a encontrar, vou colocar um rastreador na corrente sanguínea dela assim nunca mais vai sumir das minhas vistas.

– Alana é doidinha deve estar por ai se divertindo em algum lugar. – Willow disse.

– Ah aquela imbecil tem capacidade pra fazer isso mesmo, mas quatro meses. Não acham que é muita coisa?

– Depende se fosse uma pessoa normal diria que sim, mas estamos falando da Alana, sabe como são os caprichos dela né tio.

– E como. Sinto vontade de matar a filha da puta quando ela aparecer. Coloquei mais de vinte homens atrás dela em cada região desse país. Alana não tem porque sair do país então nem vou me dar o trabalho de a procurar em outro país. Não acham?

– Sim. – Willow respondeu.

– Ela vai aparecer tio, você vai ver. – Charlie disse.

– Eu sei que vai. Alana é como eu, não cai tão fácil. – ele sorriu. – Mas e vocês o que andam fazendo, estão sumidas daqui já faz um tempo. – tinha alguma coisa errada Lúcio nunca foi de ficar papeando com ninguém, muito menos com Charlie que sempre foi muito mal tratada sempre por ele e Alana.

– Nada de interessante. – Charlie respondeu sendo firme.

– Nada? Conta pra mim Willow o que você e Charlie andam fazendo? - eu só não estava sacando o que era, mas tinha alguma coisa de errado.

– Somos jovens então fazemos coisas comuns. – Willow foi mais segura do que Charlie ao responder as perguntas dele.

– Claro, imagino. Shopping, namoros... Alana também é assim alienadinha com essas coisas. –ele riu e elas o acompanharam.

– Continuem sondando ele. – pela primeira vez me comuniquei com elas. Estava analisando as reações do Lúcio, calmo de mais para o sumiço da filha, solidário de mais para alguém frio e calculista como ele, interessado demais na vida das meninas. Só não estava encontrando onde estava o erro, mas que tinha algo de errado tinha.

– Ah me lembrei. –ele sorriu. – Tenho um presente para vocês. – ele se levantou indo até a um armário ao lado da mesa. – Espero que gostem. Ai está todo o meu carinho. – ele entregou dois embrulhes para elas.

– O que é isso? – escutei a voz da Charlie.

– Abram... Não faça essa desfeita comigo. Quero ver se realmente vão gostar. – pude escutar o barulho dos papei sendo rasgado. Charlie posicionou o que havia ganhado na frente da câmera para que eu visse. A câmera de Willow estava diretamente em Lúcio que estava escorado na mesa de braços cruzados. Ela passava papel por papel eu ainda não tinha sacado o que era aquilo. Mas fui lendo e entendendo e lendo. E até que ficha caiu aquilo era um dossiê, mostrando os passos da Alana tudo o que ela fez e na última pagina havia várias fotos dela queimada.

– Merda. – gritei chamando a atenção de Kimberly e Ryan. – Saiam dai, saiam dai agora. – comecei a dizer para as duas enquanto, me arrumava para ir até lá, mas estava perdendo totalmente o contato à imagem que tinha do escritório do Lúcio começou a chiar e a escuta parou. Pude escutar o eco dos tiros e o grito de uma delas.

– O que foi? – Kimberly perguntou vendo meu desespero.

– Aquilo era uma enrascada! O filho da puta sabe de tudo. Ele armou para gente. – disse nervoso. Ainda tinha ligação com as meninas, mas estava tudo em silêncio eu não ouvia mais nada. Alguém respirava na escuta, dei uma olhada na câmera e estava tudo escuro como se tivesse sido desligada, mas o microfone ainda estava aberto.

– Eu estou escutando sua respiração. – disse firme.

– Bieber? – depois de um tempo aquela voz soou em meu ouvido.

– O que fez com as meninas? – disse apressado.

– Essas incompetentes que você mandou até mim? – ele disse em um tom risonho. – Nada demais... Ou elas estão chegando ao céu, ou estão dando um oi pro capeta. – ele riu alto.

– Filho da puta. – murmurei.

– Venha até mim. Venha até mim se quiser manter seus pivetes vivos. – foi à única coisa que escutei antes de tudo começar a chiar.

– Justin o que tá acontecendo porra? – Ryan disse enquanto pegava minha jaqueta colocando arma na cintura e uma granada no bolso.

– Ele matou as meninas. – disse nervoso.

– Matou? – Kimberly perguntou incrédula.

– Matou porra, ele apagou as duas. Ele já sabe de tudo sabe que elas estavam comigo, sabe que eu matei a Alana.

– E agora você vai fazer o que? – Ryan disse preocupado.

– Eu vou resolver isso mano a mano. Agora é eu ele.

– Você só pode tá ficando louco. – Kimberly disse.

– Não, não estou.

– Nós vamos com você. – Ryan disse.

– Não vão!

– Isso é entre mim e Lúcio, não quero que mais ninguém morra por minha culpa.

– Ah tá e acha q ele vai te enfrentar sozinho? Para de ser panaca Bieber essa cara é o maior covarde do mundo. – Kimberly estava em minha frente me impedindo de sair.

– Kimberly sai da minha frente. – ordenei.

– Estamos juntos nessa Bieber. Se vai morrer, morra com dignidade não como um babaca. – bufei alto.

– Tá. –disse derrotado. – Vocês vão me dar cobertura para entrar na mansão.

– Nada disso. Iremos com você. – Kimberly disse petulante.

– Não isso, não.

– Cara para de ser otário é mais fácil eu te defender do que alguém me pegar.

– Justin eu nunca participei disso antes não tenho a experiências de vocês, mas eu to nessa com você parceiro. Não quero ver seus filhos órfãos. Se ela está falando que podemos ajudar vamos ajudar. – Ryan disse com aquela cara de bocó.

– Ok... Não quero mais perder tempo. Se vão comigo a hora é agora. – Kimberly sorriu de lado, ela adorava aquela sensação de adrenalina onde o perigo nos rondava.

Fomos com o meu carro mesmo, Lucio já estava a minha espera, não precisava mais se esconder nem de emboscada. Ele já estava me esperando. Kimberly e Ryan foram escondidos no porta-malas, deixaria o carro na garagem e depois que eu saísse eles iriam cuidar dos seguranças e depois me dar uma mãozinha com o Lúcio. Esse foi o combinado.

Passei pela guarita e liberaram a minha entrada assim que viram que era eu. Pude ver um segurança rindo de mim. Mas engoli aquilo e voltei a dirigir até o jardim onde deixei meu carro estacionado. Olhei para um lado e para outro, ninguém estava me esperando então fui entrando. Assim que abri a porta da sala Lúcio estava me esperando parado em frente ao escritório.

– Se desarme. – ele disse apontando uma 12 em minha direção. Minhas mãos estavam erguidas. – Todas as armas no chão Bieber. – ele disse mandão. Respirei fundo e tirei as armas que estava guardada e as joguei no chão.

– Tô aqui! Agora somos só eu e você. – disse com ódio.

 

 

– Sempre marrentinho né. – ele começou a rir. Dei um passo, mas ele estava firme segurando a arma em minha direção e aquilo me fez parar. – Não disse que era pra você sair dai.

– O que você quer cara? Vamos acabar com isso logo. Eu tô aqui quer mais o que?

– Ah isso tá muito fácil, você sabe que eu gosto de me divertir, adrenalina sabe como é. – ele riu.

– Você é louco.

– Não fui eu que ateei fogo em uma pessoa viva. – me calei. – Pobre Alana, sei que ela era chatinha às vezes, mas a queimar viva... QUEM VOCÊ ACHA QUE É? MINHA FILHA TEM NOÇÃO DO QUE FEZ COM MINHA FILHA? – ele mudou o tom e aquilo me assustou. – Já chegou imaginar seus bebes em chamas? Não seria nada legal não é.

– Alana estava planejando minha morte... E a da Lorena.

– Eu to pouco me fudendo pra Lorena. – ele gritou. – Quero que veja uma coisa. – ele abriu a porta do escritório caminhei até ele com cautela. Entrei na frente e ele logo atrás. Willow estava toda ensanguentada no chão e Charlie. Charlie estava amarrada em uma cadeira chorando com a boca amordaçada.

– Willow. – meus instintos falaram mais alto e eu corri até ela pra ver se estava com vida. Mas nada estava gelada e dura, sem batimentos.

– Essa dai morreu no primeiro tiro. – ele gargalhou. Passei a mão no rosto dela fechando os olhos dela que estavam abertos e parados.

– Elas são inocentes. – gritei indo pra cima dele.

– Não é isso que parece Bieber. – ele apontou a arma pra mim me fazendo parar. – Conta pra ele Charlie. – Charlie estava em prantos com a boca amordaçada.

– Conta o que? – ele riu.

– Como você é bobinho. Não desconfiou dessa idiota nem por um momento? Ela sempre esteve do meu lado Bieber eu sempre soube cada passo seu o que fez com Alana há tempos que estou sabendo. Só preciso lhe informar que ela não morreu! Nem isso você sabe fazer direito. – disse debochado. - Aquela retardada está em uma cama de hospital com 89% do corpo queimado. Esse tempo todo você estava tramando me pegar, só que eu sabia tudo, sempre soube tudo o que você faria. Charlie foi uma ótima espiã sempre a achei meio tapadinha, uma parasita, mas até que ela serviu pelo menos pra isso. – estava estático, cada palavra que ele dizia não conseguia acredita.

– Eu não posso acreditar que você... – disse incrédulo olhando Charlie derramar lágrimas com olhar de piedade.

– Sim Justin. Ela sempre esteve comigo minha espiã. Minha menina. – ele passou a arma no rosto de Charlie que chorou mais ainda. A única inocente ali era Willow.

– Eu confiei em você sua vagabunda. – gritei exaltado. – Você ficou perto dos meus filhos, a Willow morreu por sua causa.

– DR outra hora, por favor, agora vamos ao que interessa. – Lúcio disse. Olhei para ele procurando uma falha e notei que o dedo dele estava longe do gatilho ou eu arriscava ou morreria sem lutar. Fui pra cima dele sem pensar duas vezes, começamos a lutar pela disputa da arma que foi disparada contra o nada algumas vezes. Ele me empurrou com força e eu me desequilibrei e cai no chão ficando na mira dele.

– Você se acha muito esperto né cara. – ele disse com a arma apontada pra minha cabeça. E eu vi um filme passar em minha mente e por um segundo tive medo da morte, me lembrando de o que ele fez com o Jaden.

– Abaixa a arma Lúcio. – a voz Kimberly ecoou na sala. Ele a olhou sobre o ombro e ela estava com uma arma apontada pra ele.

– Agora o circo está completo. – ele disse rindo.

– Abaixa a arma. – ela gritou, mas ele não fez. Dei um chute no joelho dele o fazendo fraquejar. Kimberly deu dois tiros nas costas dele o fazendo derrubar a arma pesada com o impacto que recebeu. Levantei o chutando, quando escutamos varias rajadas de tiros.

– Merda o Ryan não vai aguentar por muito tempo. – ela disse se abaixando enquanto as janelas e o local estavam sendo metralhados. Peguei a arma do Lúcio que estava no chão. Kimberly saiu agachada em minha frente e eu fui logo atrás. Ela já estava com muito mais vantagem do que eu, mas eu estava parando. – Justin vamos logo. – ela disse de pressa. Levei minha mão na barriga sentindo ser melada com aquele liquido um pouco quente. Olhei minha mão e estava toda ensanguentada.

– Eu fui atingido. – ela ficou estática me olhando assustada.

– Ryan. – a escutei gritando. Estava tudo começando a rodar em minha frente, meu sangue ainda estava quente não estava sentindo nem um pouco de dor. – Ryan precisamos tirar o Justin daqui logo ele levou um tiro. – ela o avisou pelo ponto! Fui me arrastando até a parede e deixei meu corpo escorregar rente a ela.

– Kimberly eu preciso de água. – disse cansado.

– Tá louco, você não pode tomar água acabou de tomar um tiro. – ela disse próximo de mim.

– Eu to com sede... To com sede. – dizia cansado sentia minha boca precisando de água, sabia que não podia tomar água, mas suplicava por aquilo.

– Vamos levar ele pro hospital. – escutei Ryan dizer se aproximando de nós.

– Tá louco e vamos dizer o que no hospital? Que invadimos a casa de um traficante e esse mané levou um tiro? Vamos levar ele pra casa dele... Vamos tirar ele daqui agora! – disse mandona

– A Lorena vai pirar. – Ryan disse meio pensativo.

 

 

– Foda-se aquela pirralha! Morrer é que o Justin não pode. – disse cuspindo as palavras e eu ouvia tudo sem forças pra dizer mais nada.

 

 

Apenas senti ambos suspendendo meu corpo e levando para o carro. Ainda conseguir manter minha visão e fui observando todos os seguranças caídos no chão. Pra um inexperiente, até que o Ryan tinha feito um bom trabalho.

Tópico: Eu Sempre Serei Seu

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