Adeus, Bieber

 

Poderia ser apenas um carro pegando a estrada assim como eu estava fazendo, mas eu anulei essa hipótese assim que eu percebi que o veículo estava acelerando pra se aproximar da minha traseira. Franzi o cenho em confusão encarando-o pelo retrovisor, mas os vidros eram escuros e eu não conseguia ver quem era o filho da puta do motorista que estava me seguindo. Já estava começando a me irritar com aquela palhaçada. Troquei as marchas e acelerei virando o volante pra direita e mudando de pista. Meus pneus cantaram e eu tomei uma certa distância do veículo mas mantive meus olhos atentos no retrovisor e logo o carro já havia conseguido me alcançar.


– Merda. – esbravejei socando o volante.

 

Abri o porta-luvas um pouco atrapalhado pelo nervosismo e peguei a arma colocando-a embaixo da minha coxa e voltei a encarar o retrovisor do veículo percebendo que mais dois carros haviam começado a me seguir. A estrada estava vazia, apenas meu carro e mais os três disputávamos as pistas. Me espantei com aquilo e acelerei mais ainda. A tensão já tomava o meu corpo e eu já tinha a plena convicção de que tudo aquilo era pra mim. Eles me queriam. O volante trepidava sobre minhas mãos e eu não via o fim daquela estrada. Um vento levantava a areia no final da pista e parecia que aquilo não tinha fim. Acelerei tudo que pude, mas em instantes eu já estava cercado. O mesmo carro preto do início ainda estava na minha traseira e os outros dois agora estavam um em cada lado do meu carro. Se eu acelerasse mais ia acabar perdendo a direção, não saí com um carro preparado para aquilo. Estúpido, é óbvio que minha vida podia piorar. Eu tinha que estar preparado pra tudo. Senti meus músculos se enrijecerem, não era medo, era um certo receio de que eu não ia sair ileso dali, mas tudo bem, eles queriam brincar? Vamos brincar. Acelerei mais um pouco deixando os três pra trás. Eu tinha noção que podia perder a direção, sabia que o volante podia sair do meu controle mas a adrenalina corria solta em meu sangue. Encarei o horizonte como meu foco e segui acelerando. Mas logo o carro da direita acelerou mais ficando na minha frente e o carro de trás tomou o lugar dele ao meu lado. Não podia acelerar mais, era arriscado e por mais que eu tomasse distancia, parecia que me alcançar não era um trabalho difícil pra eles. Encarei aquilo tudo confuso enquanto não diminuía a velocidade e oscilava o ponto de visão. Encarei o carro que agora estava na direita já que ele era o primeiro que começou a me seguir. Aquilo tinha cheiro do Lúcio e já estava na hora de encarar todo esse jogo de frente, mas ele nunca apareceria sozinho e eu estava em desvantagem. Mas pelo menos podia contar com ódio que eu estava de tudo e com a coragem que aquilo estava me dando. Dia errado, Lúcio. Não tenho mais nada e nem ninguém. Sorri debochado trocando as marchas pra tentar acelerar mais, tinha que ir no meu limite, mas não desgrudava os olhos do carro que estava na minha direita, até que o vidro escuro foi cedendo e aos poucos fui tendo a visão da pessoa de dentro do carro. Logo pela testa já reconheci que era ele e então o vidro cedeu todo me mostrando seu sorriso debochado. Apertei o volante e me fuzilei em pensamentos por não ter imaginado que ele poderia surgir pra me pegar. Mas tudo bem, vamos lá.

 

– Espero que tenha bastante combustível, garoto! – gritou e eu ouvi sua voz com um pouco de dificuldade e olhei sua expressão risonha.

– O suficiente. – gritei firme e voltei a olhar pra frente mudando as marchas e acelerando para desviar do carro que me fechava.

 

Aquilo era suicida. Na velocidade que eu estava, se meu carro capotasse aquele seria meu fim, mas estava divertido deixar aqueles idiotas pra trás. Me ajeitei no banco vendo que as imagens passavam pelas minhas janelas completamente embaçadas. Se tivesse algo na pista, não iria dar tempo algum de frear. Olhava o retrovisor e a estrada numa oscilação que já estava me deixando tonto, mas os carros já estavam me alcançando. Lúcio vinha na frente e estava cada vez mais próximo de mim o outro carro ultrapassou ele me passando também e seguiu em frente até eu não enxerga-lo mais. Lúcio posicionou seu carro ao lado do meu mais uma vez e me encarou com uma fisionomia prepotente. Ele não iria parar enquanto eu não parasse, estava na cara. O outro carro que estava atrás de mim também tomou velocidade ocupando o meu outro lado desocupado. Apertei o volante com as duas mãos e tentei ignorar aquilo virando meu rosto pra frente. Havia um ponto preto no final de onde minha vista podia alcançar e fui me aproximando com a velocidade a mil e então percebi que o carro que havia seguido agora estava parado horizontalmente na pista pegando-a quase toda. Minhas mãos ficaram trêmulas suando no volante e eu encarei Lúcio que ria. Não tinha mais o que fazer, não tinha pra onde correr, eu tinha que freiar ou eu ia bater no veículo parado, não tinha mais jeito. Atravessei o cinto em meu corpo com rapidez engatando-o e afundei meu pé no freio e os pneus cantaram alto. O carro foi parando e o barulho foi cessando. Meus pneus estariam fodidos, certamente. Os dois carros atrás de mim pararam também e eu parei muito próximo do veículo e assim que meu corpo foi jogado pra trás por causa da inércia, tirei o cinto pegando a arma de debaixo da minha coxa e saí do carro apontando pro Lúcio que já vinha na minha direção com tranquilidade.

 

– Acalma-se, menino. Você sabe muito bem que eu não gosto de resolver as coisas do modo mais simples. – disse com seu tom de voz debochado e sua risada sarcástica.

 

Continuei quieto com a fisionomia séria e com a mão estendida em sua direção. O capanga que dirigia o outro carro saiu ficando do lado dele.

 

– Vamos, Justin. Vamos resolver isso como dois adultos. – gritou Lúcio com impaciência a uns 10 metros de mim.

– Como sempre estou em desvantagem, você não pode resolver isso como dois adultos quando na verdade somos quatro. – cuspi as palavras com a arma ainda na sua direção.

– Olhe ao seu redor, só você está com a arma estendida. – disse debochado e eu não dei ouvidos.

 

Mantive a fisionomia séria e arma bem apontada pra sua direção ignorando-o.

 

– Tudo bem, posso resolver isso. – deu de ombros. – James! – ele chamou o nome do outro capanga e ouvi a arma sendo destravada perto da minha cabeça e me virei vendo o capanga com o cano da arma muito próximo de mim enquanto eu mantinha a minha na direção do Lúcio.

 

Encarei o capanga com ódio e ele me encarou de volta com frieza como se estivesse doido pra apertar o gatilho e estourar os meus miolos. Voltei minha cabeça pra Lúcio e dei de ombros.

 

– Eu posso segurar essa arma o dia todo nessa posição. – sorri de canto e Lúcio deu um passo se aproximando junto com o outro capanga.

– Você já perdeu, Justin. Se renda, que é mais fácil. – disse com lábia.

– Nem morto! – falei entre dentes.

– Quem te contou? – disse fingindo surpresa. – Pelo visto você já sabe que de hoje você não passa. Acabou pra você, Bieber. – disse ficando sério.


 

Num movimento rápido, Lúcio pegou sua arma da cintura e apontou pra mim. O capanga que estava do seu lado, logo repetiu o feito e agora haviam três armas apontadas pra mim. Merda. Mordi os próprios dentes enrijecendo a mandíbula e continuei encarando o Lúcio por alguns segundos. Não tinha jeito, eu estava fodido.

 

– Hoje não é seu dia, Bieber. – falou debochado e eu senti meu braço pesar por causa da posição que ele estava já há bastante tempo. – Podemos conversar?

– Estou ouvindo. – respondi sério com a voz firme.

– Esse não é o ambiente pra isso. Vamos, abaixe essa arma. – ordenou e meu corpo não respondia aos meus estímulos.

 

Não podia me render, mas também sabia que aquilo não me levaria a nenhum lugar. Eram três contra mim.

 

– Tenho certeza que você quer notícias sobre a Lorena. – indagou com um sorriso de canto e levantando as sobrancelhas. Meu corpo se eletrizou com o nome dela.

– Onde ela está? – gritei com ódio.

– Abaixe a arma. – disse impondo sua condição.

 

Mordi os lábios nervoso e o encarei. Ele me olhava com superioridade e aquele sorriso debochado que nunca cessava. Dez segundos se passaram e eu me rendi deixando a arma cair sobre a areia da pista.

 

– Ótimo. – ele disse juntando as mãos maravilhado pela cena.

 

O capanga que estava atrás de mim me pegou com força pela blusa e agarrou meus braços. Suas mãos apertavam meus pulsos como se ele fosse feito de mármore. Doeu um pouco, mas não reclamei. Continuei encarando Lúcio com ira. Ele sabia alguma coisa da Lorena e eu tinha que saber, nem que fosse pouco. Sabia que Chaz não estava sozinho, sabia que ele sempre teve a ajuda do Lúcio pra arrancar Lorena de mim.

 

– Vamos. – disse Lúcio voltando pro seu carro e o capanga do seu lado fez o mesmo.

 

O idiota que me segurava caminhou me arrastando até o porta-malas do seu carro abrindo a porta. Pegou com rapidez uma corda a amarrou meus pulsos.

 

– Não precisa disso, eu não vou fugir. – esbravejei tentando me soltar mas ele contorceu meu pulso me proporcionando uma dor aguda e logo amarrou meus pulsos sem dificuldades e me jogou no porta-malas.

Caí de mal jeito e meu ombro doeu com o impacto. Antes de fechar o porta-malas ele me olhou com ira e cuspiu na minha cara. Fechei o olho enojado e meu sangue ferveu. Em seguida o porta-malas foi fechado com força me deixando numa completa escuridão.

 

O babaca não poupava os buracos e eu sentia que às vezes ele dirigia em zig-zag para me prejudicar. Meu corpo já doía pelo modo torto que eu estava deitado e minha cabeça latejava um pouco. Foram 20 minutos torturantes e agoniantes. Odiava me sentir impossibilitado. Por todo o caminho fui pensando em Lorena e em todo o sentimento de humilhação que ela me proporcionava, mas se eu tivesse a certeza de onde ela estava, eu ia atrás dela e mataria Somers com todo o prazer. Meu ódio já exalava do meu corpo e sentia meus músculos se enrijecerem com tamanha força que meu corpo estava exigindo que eu fizesse para me manter sentindo o mínimo de dor que pudesse. O carro parou e eu relaxei meus músculos tombando minha cabeça. Não demorou muito e o porta-malas foi aberto. Meus olhos arderam com o sol que entrou e o capanga me puxou com força deixando meu corpo cair do chão. Com as mãos atadas, não pude evitar a queda e meu rosto foi direto no solo.

 

– Filho da puta. – gemi em resposta a dor e ele me puxou me colocando em pé. Se minhas mãos não estivessem amarradas, eu arrancaria a cabeça daquele babaca com as próprias mãos.

 

Olhei em volta percebendo que eu não estava muito longe da minha casa e com certeza eu já devia ter estado ali porque aquele lugar não me parecia estranho. Um casebre velho de madeira e logo o capanga abriu a porta me jogando na dentro. Caí com a cara perto dos sapatos reluzentes de Lúcio e não conseguia levantar.

 

– Vamos, Bieber, você é sempre tão petulante. – disse debochado agachando pra ficar mais perto de mim.

– Me solta. – grunhi e o outro capanga que o acompanhava me ergueu com força me levantando até uma cadeira velha de madeira e forçou meu corpo até que eu me sentasse.

 

Uma corda envolveu meu corpo todo me colando na cadeira e eu já estava tonto. O lugar era escuro e fedia a mofo e ao charuto de Lúcio que ele tragava despreocupadamente a uns 5 metros de mim escorando o corpo na parede enquanto analisava o capanga me enrolar na cadeira. Me sentia um fraco, mas eu estava ali disposto a aguentar toda a dor apenas pra saber alguma informação da Lorena. Apenas pra saber metade do que eu precisava saber, apenas pra ouvir o que aquele filho da puta tinha para me dizer. Meus olhos ardiam com a fumaça e não conseguia mover meu corpo. Sentia cada pedaço de pele minha quente embaixo da roupa e o calor já estava fazendo meu corpo transpirar.

 

– Pode sair. – Lúcio ordenou jogando o resto do charuto no chão e o amassando com o pé. O capanga o obedeceu no mesmo instante e assim que ele passou pela porta batendo-a, o silêncio reinou e Lucio me encarou. Mantive meus olhos ardendo mirando em sua direção de volta. Humilhação era pouco.

 

Lúcio deu um passo a frente e eu sentia o suar vindo de minha testa contornar todo o meu rosto. Estava quente e abafado, respirava ofegante necessitando de ar.

 

– Sabe, Justin... quando você começou a trabalhar para mim eu percebi que você tinha pinta de herói. Você não estava ali porque gostava do trabalho sujo, você estava ali porque o mundo exigia que você fosse sujo. Um garoto de 18 anos não aguenta toda a pressão que o mundo lhe proporciona sem mostrar pro mundo o quão forte ele é. – disse com a voz pesada andando de um lado para o outro e eu ouvia tudo atentamente com os pensamentos em Lorena e em meus filhos. – Mas isso nunca foi pra você e nunca será. Você não é ruim o suficiente. – deu de ombros e eu enrijeci o maxilar. – Você gosta de salvar as pessoas, você se preocupa com elas e isso não tem nada ver com a vida que você quis levar. Mas você deve saber que todo super-herói é atingido onde mais dói. – sorriu de canto parando o corpo de frente pra mim. – Lorena sempre será sua maior dor, não quero você morto, quero você sofrendo. – concluiu mudando sua fisionomia e seu tom de voz ficou sério.

 

– Onde ela está? – perguntei entredentes sentindo a voz trêmula e o nervosismo percorria minhas veias preenchendo cada pedaço meu. Como eu queria estar com as mãos livres.

– Vamos por partes. – deu de ombros relaxadamente achando graça de tudo. – Você tem muito pra saber.

 

Fechei os olhos abaixando a cabeça. Aquilo era torturante. Meu pulso já ardia por causa do atrito com a corda que me amarrava.

 

– Eu dei uma chance pra você sair disso, garoto, mas parece que você gostou de brincar de ser bandido. Sei que Alana era uma desmiolada, que Deus a tenha, mas você tacou fogo na coitada viva e nem ao menos conseguiu cessar seu sofrimento. – disse fingindo piedade. – Poderia ter lhe acertado um tiro, mas deixa-la queimando? Você extrapolou minhas expectativas. Me pergunto se foi a Lorena que acordou seu lado sombrio.

– Lorena não tem nada a ver com isso. – esbravejei tentando me soltar na corda.

– Ela tem tudo a ver, Bieber. – se aproximou rindo debochado. – Ela deixou esse jogo muito mais excitante. É tão bom ver você com essa cara de cachorrinho abandonado. – disse segurando meu rosto com força. – Por isso ajudei Chaz a fugir com ela e você nunca achará. – concluiu me encarando freneticamente.

 

Meu corpo tremeu de ódio. Senti meu coração apertar como se fosse estourar, eu podia explodir a qualquer momento. O nervosismo e o ódio eram tanto que eu sentia meu corpo ficar fraco. Meus braços ardiam e meus pensamentos faziam minha cabeça doer. Eu sabia que o Chaz ia me decepcionar muito mais. Lorena, por que você não me ouviu?

 

– Me diga onde ela está! Me solta! – gritei sentindo a voz arranhar minha garganta.

– Te soltar? – ele riu. – Imagina o quanto minha filha gritou enquanto estava sendo queimada! – gritou depositando um soco no meu rosto estalando meu maxilar. Meu ouvido apitou com o impacto e ele sacudiu o punho fechado. – Seus filhos vão crescer chamando Chaz de pai. – riu debochado com o ódio no olhar e meu peito rasgou. – Isso é tão excitante! Não podia mata-los, então deixei que Chaz os levasse vivos, mas fiz questão que você soubesse da existência da Cindy. Você a salvou, parabéns, mais um ato heroico, mas agora ninguém mais poderá salvar ela das garras do tio Lúcio. – riu feito um demônio.

– Não se aproxime da minha filha. – cuspi as palavras.

– Você e Kimberly são perfeitos juntos. Não sei quem é mais tapado. Sempre foi assim: um sempre concluiu o que o outro não fazia direito. Você tentou matar minha filha, não conseguiu e quando ela estava se recuperando, Kimberly surgiu pra acabar com tudo. – ele riu. – Coitada, será que ela esqueceu que ela também tem uma filha? – perguntou irônico.

 

O encarei com fúria. Eu sabia o quanto ele era doente. Ele não hesitaria em matar uma criança.

 

– Como se sente sabendo que tem outra filha? Sua história de vida é tão fantástica, Bieber. Vi você viver três anos da sua vida achando que não era pai e de repente aparece uma bastarda doente. Eu deixei você acreditar que era feliz por muito tempo, mas agora o jogo acabou, Bieber. – disse sacando sua arma e apontando pra mim.

– Eu não estaria tão certo disso. – falei forçando um sorriso debochado, não podia mostrar o quanto eu estava com o cu na mão por achar realmente que dessa vez não tinha jeito, eu iria morrer. Ele não tinha porque não fazer isso.

– Você acha que alguém pode te salvar? – ele riu. – Você está sem sua amada, sem seus filhos, acho que eu te pouparia o sofrimento te matando. Cindy não precisa de você, Kimberly não precisa de você. Ninguém mais precisa de você. Você não é importante pra ninguém, garoto. Ninguém gosta de pessoas que nem você. Se Lorena te amasse, ela não teria ido embora. – disse atingindo onde sabia que iria doer e eu abaixei a cabeça.

 

 

– Sabe, quando fiquei sabendo que você quase a matou, eu pensei: Esse é o meu garoto. Você é ruim, Bieber, só basta descobrir isso. – conclui dando uma piscada e rodou a arma despreocupado.

– Então vamos. – falei irritado levantando o rosto e ele me encarou confuso. - Quero que dê um tiro certeiro, mas tem que ser um certeiro pra me matar de vez, porque se eu sobreviver... - sorri irônico.

 

Não sei de onde eu estava tirando forças e coragem para enfrenta-lo, mas eu tinha que fazer algo, aquilo estava fácil demais.

 

– Atrevidinho como sempre. Isso eu sempre te invejei, garoto. Você pode estar morrendo, mas vai usar sua última força pra erguer o dedo do meio pra mim. – disse sorrindo fraco. – Mas veja, você está amarrado, será que dá pra fazer muita coisa assim? – perguntou passando o cano da arma no meu rosto.

– Posso ter mais dignidade que você. – cuspi as palavras.

– Dignidade não te manterá vivo. – deu de ombros. – Aliás, quando Lorena souber que você matou o pai dela, vou deixar ela julgar se você tem dignidade ou não. – sorriu debochado com o cano da arma no meu rosto.

 

Virei o rosto desviando da arma a ele sorriu satisfeito com o meu silencio.

 

– Vamos, Bieber. Está na hora de acabar com isso. Te dei a chance de ficar vivo e você fez tudo contra mim. - falou firme. - Adeus, Bieber.

 

Ouvi a arma ser engatilhada e fechei os olhos com força. Minha vida passou como flashs em minha mente e eu enrijecer o corpo com medo. Lorena, se eu não existir mais, por favor nunca se esqueça que eu te amo. Meus pensamentos eram dominados por ela até que ouvi o tiro.

 

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