O Império Agora é Meu

 

Meus olhos permaneciam fechados e eu esperava o torpor chegar, esperava que meu corpo response ao tiro de forma dolorosa. Esperava apenas o fim da minha vida. Mesmo com os olhos fechados, as lágrimas invadiram meu rosto molhando-o. Já estive perto da morte muitas vezes, mas agora eu sentia que definitivamente ela havia chegado pra mim. Aquela era a minha hora de partir, de deixar meus filhos no mundo sem saber que ao menos um dia eu existi. Não poderia correr atrás e consertar os meus erros, não poderia ir atrás de Lorena e força-la me ouvir. Não poderia dizer pros meus filhos que na verdade eu era o pai deles. Minha testa estava franzida e dentro da minha cabeça Lorena rodava na parede dos meus pensamentos. Nossos momentos juntos passavam mudos como se eu estivesse numa sala de cinema sozinho assistindo minha vida se desgarrar do meu corpo. Meu coração apertava, mesmo procurando em meu corpo a dor do tiro, eu já sentia a dor da alma de não existir mais. Aquilo estava demorando ou o tempo havia parado pra mim e eu não havia percebido? De repente senti o peso do corpo do Lúcio caindo em cima de mim e abri os olhos assustado vendo-o tombar no chão próximo a minha cadeira. Não entendi nada, estava apenas esperando a quentura do tiro na minha pele, minha mente girava em confusão.



Levantei minha cabeça assim que percebi a presença de alguém e mesmo com os olhos embaçados, notei que aquela sombra era de uma mulher. Mesmo com a visão parcialmente boa, percebi o movimento dela guardando sua arma. Pisquei com força pra limpar os olhos e a sombra se aproximou. Eu não estava morto, eu não tinha sido atingido. Encarei o corpo do Lúcio no chão sem vida e uma poça de sangue começava a rodear o seu corpo. Ergui outra vez minha cabeça com o cenho franzido tentando entender o que tinha acontecido e minha salvadora estava bem próxima de mim com os braços cruzados e uma fisionomia séria.


Kimberly.


– Não me faça ter que explicar pra minha filha porque você sumiu de novo. – disse irritada e mesmo que ela estivesse falando de forma implicante, eu sorri aliviado fazendo-a sorrir também.



Eu estava vivo! Aquilo parecia tão surreal, demorei pra me acostumar com a sensação. Kimberly se aproximou indo pra trás de mim. Senti suas mãos tocarem o meu pulso e ouvi o barulho de uma faca e então começou a cortar a corda para me desamarrar. Meu corpo ia sendo solto e minha pele machucada agradecia pelo alívio.


– Como você sabia que eu estava aqui? – perguntei sem entender e a calma ia se espalhando pelo meu organismo retirando toda a tensão que estava ali. As cordas iam cedendo e eu estava livre.

– Eu sabia que ia dar merda. Como você sai de casa sem proteção sabendo que o Lúcio está te rondando? Há 200 idiotas rodeando o jardim e você não trás nem ao menos um com você? Você pede pra ser morto, Bieber. – reclamou terminando de tirar o resto da corda e eu me levantei retirando toda a corda que enrolava meu corpo com a sua ajuda.

– Como você chegou até aqui? – perguntei ainda sem entender.

– Segui a estrada depois de um tempo que você saiu de casa, alguma coisa estava me dizendo que você não ia voltar. Percorri toda aquela estrada de areia e seu carro estava ali parado e então eu sabia que você tinha sido pego. – falou se posicionando na minha frente e voltando a cruzar os braços em frente a sua barriga e eu a encarava um pouco abobalhado pelo o seu feito. Mais uma vez ela estava ali salvando minha vida.

– Mas como você sabia que ele ia me trazer pra cá? – perguntei tentando entender e finalmente a dormência estava liberando o meu corpo e a dor estava vindo.


Haviam cortes por todo o meu corpo por causa da corda que me amarrava. Sentia meu maxilar estalando e meu corpo estava completamente dormente por causa do filho da puta que me colocou no porta-malas.

– Digamos que eu recebi um telefonema na hora certa. – disse com um sorriso torto.


A encarei confuso e ela continuou.


– Quando vi seu carro, achei que você já estava morto. Juro que te fuzilei mil vezes em pensamento. O que eu ia dizer pra Cindy? – se irritou. – Você é muito egoísta! Não sabia onde ir e enquanto eu olhava seu carro atrás de uma pista, meu celular tocou e bingo. – sorriu.

– Quem era? – perguntei tentando estalar minhas costas um pouco irritado com aquele suspense todo.

– Charlie. – ela gritou o nome como se a chamasse, mas seus olhos continuaram nos meus.


A porta do casebre foi aberta e ela entrou com a mesma roupa preta que os capangas usavam, mas ela não estava com o capuz que eles usavam. Seu cabelo loiro e ralo estava amostra e no seu rosto sua fisionomia angelical. Ela deu passos demorados chegando mais próximo de nós enquanto eu a encarava sem acreditar e Kimberly ainda estava com seu rosto virado pra mim esperando uma reação minha.


– Charlie? – perguntei sem entender quando ela finalmente chegou perto e se posicionou do lado de Kimberly. – Você esteve o tempo todo com o Lúcio! – esbravejei tentando alcança-la, mas Kimberly posicionou um braço na minha frente me embarreirando.

– Não. – disse séria. – Ela sempre esteve com a gente. – conclui firme.

– Como? – perguntei ainda aborrecido por não estar entendendo nada e Charlie me olhava espantada e acuada como se sentisse medo de mim.

– Naquela época que estávamos treinando pra invadir a casa do Lúcio, ele obrigou a Charlie a trabalhar para ele. Quem amarrou você nessa cadeira foi ela, caso você não tenha percebido. – ela riu meio idiota e eu fuzilei as duas sem entender.

– Desculpa, Justin. – finalmente Charlie disse com sua voz rouca e falha. – Desculpa, mas ele me obrigou e tudo que eu pude fazer agora foi avisar a Kimberly que o Lúcio ia te matar.

– Você é uma traidora, eu não confio em você. – esbravejei tentando me aproximar, mas Kimberly entrou na frente enquanto Charlie ainda me olhava assustada.

– Não seja criança, Justin. Ela te ajudou e ainda conseguiu despistar o outro capanga pra que eu conseguisse chegar até aqui sem ele me ver. – Kimberly me repreendeu.

– Você apontou uma arma pra mim lá na pista. – esbravejei ainda irritado. Não conseguia acreditar que Charlie era uma pessoa confiável.

– Justin, me desculpa. Eu apenas estava fazendo o que ele me mandava fazer. – se explicou quase chorando. – Eu sabia que eu ia chegar numa hora que eu ia ter que fazer algo pra te salvar, mesmo que ele te deixasse trancafiado aqui durante dias sem comida, eu ia estar sempre aqui te ajudando.



– Eu não confio em você. – grunhi. - Odeio quando sou o último a saber das coisas. – falei entredentes irritado.

– Eu também não sabia de nada, pra mim Charlie já estava morta, mas ela na verdade estava trabalhando pro Lucio para se manter viva. – disse Kimberly irritada me fuzilando.

– E cadê o outro capanga? Isso está muito mal explicado!

– Eu disse que Lúcio havia dispensado ele. – Charlie disse dando de ombros.


E eu encarei ela ainda com ódio. Odiava perceber que havia sempre um capítulo da minha vida que eu não controlava. Aqui estava Charlie depois de meses, aqui estava ela quando imaginei que ela já estivesse morta. Aqui estava Charlie entrando mais uma vez na história fazendo minha mente girar.


– Você sabe onde está a Lorena? – perguntei sério e ela negou com a cabeça.

– Só o Lúcio sabia. – ela falou e em seguida mordeu os lábios.

– Então você não é importante pra mim. – falei seco dando de ombros e me virando.

– Justin, chega. – Kimbelry tocou meu ombro com reprovação e certeiramente ondo doía. – Ela te ajudou, não seja um estúpido. Isso está resolvido. Acabou. Lúcio está morto. Você pode viver sua vida tranquilamente, o que mais você quer? – olhei sua fisionomia séria.

– Eu quero a Lorena e meus filhos. – disse encarando-a com ira e ela revirou os olhos.


Iámos começar uma discussão séria, eu já estava no meu limite e pelo visto Kimberly também estava bastante irritada. Nos encarámos como dois animais na selva. Meu olhar estava sendo sustentado pelo dela e mesmo sem abrir a boca eu sabia tudo que ela queria me dizer.


– Gente, agora não é hora pra isso. – disse Charlie tentando apaziguar enquanto Kimbelry e eu ainda nos fuzilávamos. - Temos que ir logo antes que alguém volte pra dar cobertura para Lúcio. – concluiu Charlie e nós três olhamos pro chão vendo o corpo dele estirado ali sem vida.

– Podem ir pra casa. – falei me virando. – Eu vou procurar a Lorena. – concluí e dei um passo sentindo minha perna reclamar. Eu mal conseguia andar. Comecei a mancar e as duas continuaram paradas me olhando.


Meu corpo doía, mas eu não podia mais viver se eu ao menos explicasse pra Lorena tudo. Eu não conseguiria viver mais um dia com aquele peso, eu não ia conseguir viver mais um segundo sabendo que ela me odiava por causa de uma mentira. Meus músculos reclamavam a cada passo que eu dava, mas alcancei a porta e a abri.


– Justin! – Kimberly gritou irritada se aproximando de mim com facilidade quando eu mesmo tinha feito todo aquele caminho com muita dificuldade por causa da dor. – Não seja ridículo! – tocou meu braço me parando quando eu já estava próximo do carro do Lúcio que eu planejava usar – Você mal consegue andar. – disse irritada me olhando com um pouco de preocupação. Charlie já estava do lado de fora também e nos assistia um pouco afastada.



– Posso me virar. – dei de ombros tentando entrar no carro, mas Kimberly entrou na frente petulante cruzando os braços.

– Lá na sua casa tem uma garotinha que não para de perguntar aonde você foi. – disse cuspindo as palavras e eu desviei o olhar. – Aliás, lá na sua casa tem uma garotinha que perguntou a vida toda onde você estava. – gritou e eu a encarei. – Você não vai a lugar nenhum! – disse mandona entrou no carro pegando a chave que estava ligada e a guardou no bolso.

– Eu tenho que achar a Lorena. – falei sem forças tentando colocar os pensamentos em ordem.

– Uma hora ela vai voltar, ela sempre volta. – reclamou revirando os olhos.

– Ela não vai voltar se eu não explicar o que aconteceu! – gritei me aproximando dela pra encara-la mais perto e ela retribui a olhada sem recuar um passo pra trás.

– Deixa essa pirralha de fuder sozinha uma vez na vida, ela tem que aprender! – gritou.

– Você não entende, o Chaz sempre esteve com o Lúcio. O Lucio ajudou o Chaz a fugir com a Lorena. – falei e meu nariz começou a coçar por causa do choro. – Meus filhos estão com ele! – gritei colocando um dedo na sua cara e ela bate na minha mão com força.

– Justin, você não está com condição alguma de ir atrás dessa garota agora. Você já sabe que ela não está em Atlanta, aliás você já sabe que ela não está no País. – gritou petulante e eu virei a cara começando a ser convencido pelas suas palavras.


Eu estava fodido, meu corpo estava completamente implorando por algo que cessasse a dor, mas eu sentia a necessidade de correr o mundo atrás dela.


– Escuta. – disse colocando a mão na minha bochecha e me forçando a olhar para ela. – Eu vou te ajudar. – disse um pouco mais calma. – Você quer ir atrás dela? Você quer colocar o mundo atrás dela? Ok, mas agora você vai pra casa tratar todos esses machucados, olhar para Cindy e se perguntar se vale a pena correr todos esses riscos e perder a única coisa agora que você tem.


Meus olhos marejaram e eu continuava a encarando sem resposta.


– Eu preciso apenas fazer uma coisa antes. Me prometa que vai pra casa e quando eu chegar nós vamos decidir o que fazer. – me olhou séria e eu revirei os olhos não querendo cedor. – Justin! – ela me chamou mandona e eu assenti tendo seu sorriso vitorioso como resposta.


Entrei no carro de Charlie, já que não me deixaram dirigir e Kimberly pegou sua moto indo para a direção contrária. Charlie dirigia com rapidez o caminho todo até minha casa. Apoiei um cotovelo na janela enquanto via as imagens passar. Não estava afim de falar, não estava afim de ouvir a voz de ninguém. Lúcio estava morto e cinquenta por cento dos meus problemas haviam acabado, mas não conseguia me sentir aliviado. Não sem Lorena aqui para comemorar comigo. Alguma coisa dentro de mim me mandava deixar pra lá e viver como se ela não tivesse existido na minha vida, mas dois rostinhos risonhos vinham em minha mente: Chuck e Alice e eu não podia abandona-los. Não podia viver um dia após o outro fingindo não me importar mesmo sabendo que eles chamariam Chaz de pai. Eu só tinha que achar Lorena e aí sim tudo estaria normal. Aí sim eu teria motivos pra comemorar que finalmente minha vida de bandido havia terminado porque o chefão de todos estava morto. Ainda estávamos terminando de percorrer a estrada e já víamos o sol se pondo atrás das montanhas. Lorena amava o pôr-do-sol e era maçante viver com as coisas que me lembravam ela. Meus olhos ardiam, mas eu já nem queria mais chorar. Continuei ali com os pensamentos a mil enquanto Charlie terminava o trajeto.


– Pronto. – disse forçando um sorriso amarelo quando chegamos na minha rua e eu saltei do carro antes de abrirem o portão pra gente e Charlie me olhou sem entender.


Não estava afim de ficar mais naquele carro, estava ansioso, queria que as coisas acontecessem logo. Apenas ouvi o carro dela dar ré e seguir a rua indo embora e um dos capangas meus estavam no portão e me olhou assustado vendo meu estado.


– Abre o portão. – ordenei e ele na mesma hora fez.


Passei o portão com a perna mancando e certas horas eu achava que não ia mais aguentar andar. Os seguranças que rodeavam a casa me olhavam esperando que eu pedisse ajuda, mas ninguém podia se aproximar dee mim sem o meu comando. Subi as escadas da entrada e minhas pernas tremiam com a dor. Minha visão estava ficando turva e eu sentia muita sede e muito cansaço. Abri a porta desajeitado e olhei minha mãe sentada no sofá junto com a Cindy que me encaram assustadas assim que abri a porta. Meu corpo implorava por um descanso, meu corpo implorava por algo plano. Meu corpo não respondia mais aos meus estímulos e minhas pálpebras pesavam. Dei um passo pra dentro da casa e minha mente apagou me fazendo caí no chão com a visão escura e ... de nada mais me lembro.


POV Kimberly

 

A moto trazia todo o vento no meu rosto e eu adorava aquele sentimento de liberdade. Sentimento de liberdade que agora estava completo que a morte de Lúcio. Segui todo o meu caminho com o capacete tampando o meu largo sorriso. Estava tudo perfeito finalmente. Só me restava uma coisa a fazer e minha vingança estaria completa. Segui até a casa do Lúcio e assim que chegou no portão parei a moto e três seguranças se aproximaram com a arma estendida para mim.


– Vamos. – falei rindo tirando o capacete. – Abaixem isso, eu sei que o patrão de vocês não está em casa. – falei debochada prendendo o capacete no guidão da moto e saltando da mesma. Os três ainda miravam a arma para mim mas eu não temia aquilo. Eles me matariam por quê? Me matariam por quem? Caminhei me aproximando deles de forma relaxada. Minha felicidade era muito notória, enfim vingada!

– O que você quer? – um deles perguntou com autoridade.

– Que vocês saiam da minha frente e comecem a me respeitar. – falei provocadora com um sorriso de canto e eles franziram a testa sem entender.

– Te respeitar por quê? – um deles perguntou erguendo o rosto de forma curiosa.


Ri fraco e coloquei as mãos na cintura.


– Porque o Lúcio está morto e o império agora é meu. – falei firme e com autoridade fazendo os três me olharem com a boca aberta

– Só acredito vendo. – um deles disse ainda petulante e os outros me encaravam com um certo receio enquanto abaixavam suas armas.

– Então vá atrás e veja com os próprios olhos, mas quando você voltar me dando razão, não vou te prometer que te deixarei ainda com seus olhos presos ao seu rosto. – falei séria e ele se colocou ereto colocando a arma pra baixo.


Sorri fraca e cruzei os braços.


– Abram o portão. – mandei e me obedeceram.


Subi na moto mais uma vez adentrando na casa. Estacionei a moto e alguns deles se aproximaram já prontos para me comer viva, mas um dos capangas do portão havia me seguido e estava me dando cobertura.


– Não se aproximem. – ele gritou para que todos ouvissem e eu estava me sentindo em casa com todo aquele poder.


Mirei um de cada vez olhando a cara de babacas dele sem acreditar. Aquilo estava me fazendo sorrir com gosto quando na verdade eu queria era gargalhar muito da cara deles. Entrei em casa escoltada ainda por aquele segurança e mais capangas estavam dentro de casa e me olharam furiosos sem entender.


– Olá. – falei cínica e eles me fuzilaram com os olhos.



– O patrão está morto. – o capanga que me acompanhava disse e todos relaxaram suas feições e se colocaram eretos já entendendo que tudo aquilo agora era meu. Eles eram na verdade um bando de homens sem rumo e se Lúcio estava morto, eles tinham que respeitar o primeiro que aparecesse senão eles não teriam pra onde ir, por isso ninguém estava se rebelando ou tentando me matar.


Caminhei livremente pela casa enquanto iam saindo um por um dali assentindo cada vez que eu olhava para eles. Ser respeitada era muito bom. Finalmente cada coisa estava em seu lugar e eu podia dar um futuro pra minha filha como eu sempre quis. Não iria continuar com as mortes que o Lúcio fazia porque isso era jogar sujo, mas com certeza ia continuar explorando esses filha da putas com os roubos de cargas e desvios de dinheiro.


– Lar doce lar. – me joguei no sofá respirando toda aquela riqueza e meu celular vibrou em meu bolso.


Me ajeitei no sofá e o peguei vendo que era um numero que não conhecia. Só me faltava isso.


– Alô? – falei mal-humorada.

– Kimberly? Justin desmaiou, ele está muito mal, por favor vem me ajudar. – ouvi a voz desesperada da Pattie e pulei do sofá indo em direção a porta.

– Estou indo. – falei rápido e desliguei o celular correndo até minha moto.


Coloquei o capacete com rapidez e saí cantando pneu. Cheguei no portão e parei. Um segurança se aproximou e eu dei as ordens.


– Ninguém se move sem meu comando. Vou resolver uma coisa e quero todos aqui até eu voltar. Não temem nada, eu sou a única agora. – falei séria e ele assentiu.


Girei a moto e corri até a casa da Pattie. Justin parecia uma criança que eu tinha sempre que salvar, mas quer saber? Eu adorava essa sensação de dependência. No meio da estrada, notei o carro da Charlie que me olhou sem entender e eu indiquei o caminho para que ela me seguisse de volta pra casa do Justin e logo seu carro estava atrás da minha moto me seguindo. Entramos na casa do Justin e saltei da moto quase caindo jogando o capacete no chão. Abri a porta já ouvindo o choro de Cindy e logo Charlie estava atrás de mim entrando em casa também.


– Mamãe, o papai morreu. – Cindy correu pros meus braços chorando.


Peguei-a no colo e segui até o sofá onde Pattie estava sentada do lado do corpo do Justin. Olhei sua fisionomia pálida e ela havia tirado a camisa dele e começado a limpar seus machucados.


– Ele está muito fraco. – disse chorosa e Cindy estava chorando muito em meu colo com a cabeça deitada em meu ombro.

– Charlie, pega um pouco de água. – falei olhando pra ela que parecia um pouco perdida e minha cabeça já estava começando a latejar por causa do choro estridente.

– Calma, filha. O papai não morreu, ele só está dormindo. – falei acariciando seu cabelo ralinho e ela soluçava alto tentando cessar o choro.

– Pronto. – disse Charlie chegando na sala com o copo de vidro cheio de água nas mãos.


Cindy estava pendurada em meu pescoço e eu mal conseguia andar, logo não seria eu que iria fazer aquilo, então comecei a dar as instruções.


– Pattie, coloca o corpo dele sentado. Charlie ajuda ela, coloca uma almofada escorando o corpo dele. – Charlie deiou o copo em cima da mesinha e começou a ajudar a Pattie. – Isso, agora Pattie, pega o copo de água, abre um pouco a boca dele e vai dando devagar. Isso, com calma. – falei analisando todo feito e Cindy agora havia levantado a cabeça pra prestar atenção no que faziam com seu pai.


Justin começou a tossir conforme Pattie virava o copo em sua boca e logo seus olhos despertaram e ele olhou tudo confuso, mas quando percebeu o copo na sua frente, o pegou com ânsia terminando de beber a água toda.


– Papai! – Cindy gritou pulando do meu colo e foi até Justin que havia devolvido o copo pra Pattie e parecia muito ofegante. Cindy se jogou em seu colo abraçando ele e ele retribuiu um pouco cansado.


Pattie respirou aliviada e eu sorri satisfeita. Charlie encarava tudo sem entender, já que mal sabia que existência de Cindy, mas estava maravilhada com a cena.


“Vamos lá, Bieber. Acorde! Reaja! Eu tenho muita coisa pra te contar principalmente que sua vida de bandido acabou porque quem manda em tudo agora sou eu, não tem mais com que se preocupar.” – pensei vendo sua respiração um pouco ofegante enquanto Cindy quase o enforcava em um abraço. Ele parecia um pouco perdido, mas eu não dava nem 10 minutos pra ele recobrar a consciência e começar a perguntar pela Lorena. Tudo bem, nada poderia me aborrecer, muito menos isso. E agora dona do império, quem iria colocar o mundo todo atrás dela para ajuda-lo seria eu.

 

Tópico: O Império Agora é Meu

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Karol Drew | 11/08/2014

KIMBERLY AMORZONA <3 *-* AI LOVE :3

kimberly

Marii | 21/09/2013

nao gosto da kimberly de jeito nenhum, odeio o fato dela salvar o justin toda hora, odeio o fato dela ter uma filha com ele, odeio ainda mais o fato dela ter quimica com o bieber! entendo a lorena, mas volta logo minha filha

capitulo

Tatyele | 05/11/2012

Não lembro onde eu parei ): hjsldsldk

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