You Are Perfect To Me

 

POV Lorena

Ainda estava com os olhos fechados, mas tentava sair do torpor e do buraco negro que meus pensamentos estavam. No primeiro instante me senti mal. Alguma coisa apitava em meu consciente de que algo ruim havia acontecido e meu peito apertou como se eu me preocupasse com algo sem ao menos saber o que era, mas de imediato não me recordava de nada. Respirei fundo e abri os olhos devagar fazendo com que a luz os ferisse na mesma hora fazendo com que eu piscasse fortemente. Voltei a abri-los calmamente e minha vista desembaçava conforme as rápidas piscadas que eu dava e tudo foi ficando mais nítido me fazendo notar o quarto do hospital e eu começava a me concentrar no barulho que o medidor de batimentos cardíacos fazia.

 

– Lorena? – ouvi a voz do Justin e virei meu rosto vendo-o se aproximar da cama.

 

Tudo foi se encaixando como um trem que passa em alta velocidade por mim e em cada vagão eu podia ver as cenas passando feito flashes rapidamente. O cheiro da fumaça, a casa pegando fogo, a quentura do meu corpo, os gritos de Chuck e Alice... foi tudo muito rápido. Me desesperei ao lembrar e tentei me mover, mas estava fraca. Meu peito subia em descida obedecendo a rápida respiração que o susto havia me dado.

 

– Onde estão meus filhos? – perguntei sentindo a boca seca e Justin repousou uma mão em minha testa.

– Calma, eles estão bem. – disse franzindo o cenho.

– Eu quero ver eles, por favor, onde eles estão? – me movimentei mais uma vez em vão sendo impedida pelos braços do Justin e pela sonda e agulhas que espetavam a parte superior da minha mão direita.

– Você não vai sair daqui enquanto não estiver cem por cento bem. – disse firme e eu o olhei derrotada.

– Eu preciso ver meus filhos. – disse firme arrancando a agulha e as mãos firmes do Justin me seguraram mais uma vez enquanto ele me fitava de forma irritada.

– Para com isso, caralho! – disse mandão.

– O que aconteceu? Por favor, me explica o que aconteceu. – falei chorosa e uma lágrima escorreu. Toda aquela tensão voltava a arrepiar meu corpo e a acelerar meu coração.

 

Justin me fitou confuso e logo após soltou todo o ar que estava em seu pulmão de forma cansativa.

 

– Já mandei os capangas irem até a casa investigar as causas do incêndio e recuperar o que sobrou do meu escritório. Eu não sei direito o que aconteceu... – disse sem me fitar

– Justin, foi horrível! – falei soltando o choro e sentando na cama e senti seus braços rodearem o meu tronco enquanto eu afundava meu rosto em seu peito sentindo seu cheiro e suas mãos massagearam meu cabelo devagar. – Por favor, não vá mais embora... fica comigo... por favor. – implorei sentindo seus braços me apertarem mais.

 

Seu silêncio preencheu o ambiente e me afastei para olhar ele vendo sua fisionomia indescritível enquanto seus olhos pareciam não querer me fitar. Era óbvio que ele não poderia prometer que não me deixaria outra vez. Ele não sossegaria ate encontrar Chaz.

 

– O que houve? – perguntei dolorosa e ele negou com a cabeça depois de um tempo que me fitava e desviou os olhos dos meus.

– Kimberly está sedada. Suas pernas estão completamente queimadas. – disse sem expressão.

– Que? Como? – me desesperei.

– Ela entrou na casa pra salvar vocês... é a única coisa que eu sei. Quando Charlie chegou lá ela só viu a cena da Kimberly entregando as crianças para as babas com as pernas em chamas e em seguida ela se jogou na piscina pra parar o fogo e desmaiou... Charlie está em pânico com a situação toda. – disse ainda sem me fitar como se imaginasse a cena.

– Não pode ser... - levei as duas mãos a boca me levantando na cama e percebi a porta. – Ela me salvou? – perguntei começando a imaginar todo o rosto.

– Sim. – disse ainda triste.

 

Um choque percorreu o meu corpo. Todos os meus poros se arrepiaram com aquela informação. Kimberly era o tipo de pessoa que misturava minhas emoções. Uma parte de mim a odiava por insegurança e outra parte de mim estava completamente confusa. Ela estava queimada. Ela se feriu para salvar os meus filhos e a mim. Os pensamentos rodeavam em minha mente, mas eu não conseguia sair do torpor de ideias.

 

– Ela vai ficar bem? – perguntei com a voz passando falha pela garganta seca.

– Ninguém ainda disse nada, estão atendendo ele faz algumas horas.

– Justin... – falei reprimindo o lábio e sentindo o choro coçar em meu nariz. – Tudo isso é culpa minha. – conclui soltando o soluço alto.

Justin ficou estático como se me analisasse. Seu rosto estava pálido e ele parecia mais cansado do que o costume. Sua respiração estava lenta e seus pensamentos pareciam vagar em algum lugar distante.

 

– Não. – disse por entre um suspiro. – Tudo isso é culpa minha. – concluiu soltando um sorriso sem humor. – Eu não deveria ter começado essa história. Desde o começo eu sei que assumindo você como minha mulher você estaria em risco. Como se não bastasse, tudo que fiz foi aumentar a situação. Tudo que acontece com você, com meus filhos... tudo... a culpa é minha. Eu não posso culpar você pra sempre, não posso deixar que todos te culpem por ter sumido. É normal você acreditar que qualquer lugar é mais seguro do que ao meu lado. – falou desviando o olhar e percebi seus olhos vermelhos.

– Justin... – falei fraco não querendo ouvir aquilo enquanto as lágrimas dominavam meu rosto.

– Eu fui egoísta. – disse passando o polegar no canto dos olhos.

– Não, Justin! Eu não deveria ter ido e piorado tudo isso! – falei com o choro modificando a voz. – Por favor, pare de falar isso.

– Você apenas estava fugindo da merda de vida que você leva comigo. – disse um pouco alterado. – Meus filhos quase morreram, você quase morreu, Kimberly está fodida... tudo isso porque achei que podia fugir de quem eu fui, tudo isso porque achei que poderia ser feliz.

– Justin, por favor... eu estava errada. Eu não posso fugir de você, eu não posso ser feliz sem você, eu simplesmente não consigo viver outra vida, não posso me enganar. Mesmo que eu passe mil anos longe de você, eu não acordaria um dia se quer sem acreditar que um dia eu iria ser feliz com você. Se minha vida for esperar por você, eu espero... eu espero tudo acabar, eu espero tudo se acalmar, eu espero... eu aceito...só não me deixe outra vez, por favor. – falei entre os soluços enquanto ele se aproximava da cama e tocava minhas bochechas devagar.

– Por que você não se apaixonou por outro cara, sua boba? – disse sorrindo fraco e uma lágrima escorreu. – Por que você não se apaixonou por alguém que pode te levar pra fazer um piquenique, alguém que pode sair pra curtir um passeio em família... alguém que não tenha destruído sua família. – disse com a voz engasgada.

– Nós podemos fazer tudo isso, Justin. – falei um pouco incomodada com a ultima frase, mas tentei ignorar o aperto em meu peito.

– Podemos, se eu permanecer com uma arma na cintura. – disse irônico.

– Justin, eu te aceito do jeito que você é. – falei com voz de súplica. – Não importa o quão errado você seja, pra mim você sempre será perfeito.

– Você não sabe o que...

– Justin!– o cortei não querendo prolongar aquela conversa e ele me fitou derrotado. – Eu decido o que fazer com a minha vida! – falei tentando manter a voz firme. – E eu já decidi permanecer ao seu lado a qualquer custo, a qualquer dor, a qualquer ferimento. Eu preciso de você.

 

Seus olhos me fitaram marejados. Dava quase para sentir a culpa que ele sentia.

 

– Se alguma coisa tivesse acontecido com você... – falou reprimindo o lábio e uma lágrima escorreu.

– Nada aconteceu, eu estou bem. – disse tocando sua mão.

 

Seus dedos gélidos caminharam em minha bochecha alcançando meu queixo e Justin curvou devagar seu corpo para juntar nossos lábios. Eu já havia perdido as contas de quantos dias nós não nos víamos e sentir sua boca depois de tanto tempo sempre me parecia como se fosse a primeira vez. Eu simplesmente agradecia por ele estar vivo, por ele ainda ser meu, não importava as consequências. Sua língua tocava a minha numa sincronia lenta e sentia a calmaria tomar conta do meu corpo devagar. Nos afastamos de leve e ele sorriu fraco um pouco emocionado e eu também.

 

– Eu te amo. – falou rouco e eu sorri deixando escapar algumas lágrimas.

– Eu te amo muito mais. – falei mirando seus olhos.

 

Ouvimos a porta ser aberta e virei meu rosto para ver quem era. Não acreditei quando vi minha mãe atravessar a porta com alguns homens atrás dela. Meu coração agitou e Justin apenas se afastou dando espaço suficiente pra minha mãe se aproximar e me abraçar enquanto seus soluços desesperados saiam alto.

 

– Minha filha! – ela disse entre o choro enquanto eu deixava a emoção falar mais alto. Ela parecia mais magra e bastante abatida. – Como você está se sentindo? – disse afastando nossos corpos e deslizando a mão sobre meus cabelos.

– Bem. Eu não acredito... eu não acredito que você está aqui. – disse feliz e ela olhou para o Justin que parecia um pouco aborrecido.

– Até os cachorros tem a hora do passeio. – deu de ombros sem querer dar o braço a torcer.

– Justin! – o repreendi e ele me ignorou.

– Você tem 10 minutos. – disse sério para minha mãe e em seguida saiu do quarto junto com os homens que haviam trazido minha mãe.

 

Voltei meu olhar para minha mãe e levantei seu rosto.

 

– Não fica assim, eu vou falar com ele. – falei um pouco chateada pela situação que minha mãe estava.

– E adianta? Eu já supliquei, mas ele acha que eu vou entrega-lo. – falou por entre um suspiro.

– Estão te maltratando? – perguntei franzindo o cenho.

– Não, não estão fazendo nada comigo.

– Menos mal. – a abracei e percebi a porta sendo aberta novamente e Fernanda entrou cautelosamente.

– Lorena! – exclamou ao me ver e correu para me abraçar.

 

Retribui ao abraço com a mente um pouco distante. Eu ainda não estava acreditando em tudo que estava acontecendo.

 

– Você está bem? – perguntou com lágrimas nos olhos.

– Sim, mas eu quero ver meus filhos. – disse retorcendo os lábios.

– Eles estão na casa da Pattie. O Justin não está deixando ninguém chegar perto deles sem ser ela. Tem homens rodeando a casa inteira.

– Eu quero os meus bebês. -bufei entediada enquanto minha mãe acarinhava minha cabeça em silêncio e Fernanda parecia um pouco inquieta.

– Eu preciso te contar uma coisa, espero que melhore o seu humor, mas eu estou desesperada. – disse atropelando as palavras.

– Fala logo! – falei curiosa e ela sorriu nervosa.

– Eu... eu estou grávida. – disse e em seguida mordeu o lábio um pouco insegura.

– O que? – gritei me sentando na cama completamente fora de mim. – Grávida?

– Sim, eu estou completamente, literalmente confusa.

– Meu Deus, o Ryan vai... o Ryan vai ter um treco! – falei tentando me recompor do susto, mas meus lábios sorriam involuntariamente.

– Ele já teve. – sorriu. – Eu acabei de contar.

– E aí? – perguntei animada enquanto minha mãe sorria prestando atenção.

– Ele ficou em choque, acho que ainda está, mas acabamos nos acertando e estamos bem. – deu de ombros sorrindo.

– Quando foi isso?

– Agora antes entrar aqui. Eu aproveitei que o Justin havia saído e deixei eles lá. Ele deve estar contando pro Justin agora, sabe como eles são passionais... – revirou os olhos.

– Ryan vai ser um pai muito babão! – falei rindo.

– Eu já disse que ele vai ter que recuperar minha confiança. – disse olhando a própria unha como se não se importasse. – Aquela cena naquela festa...enfim, não gosto nem de lembrar.

– Calma, tenho certeza que agora com esse bebê ele toma jeito.

– Tomara, né!

– Pai da Lorena também era um garanhão, viu? Só sossegou quanto ela nasceu. É mal desses homens que não querem perder a fama. – minha mãe disse fazendo a gente rir.

– A safadeza ultrapassa as gerações. – falei rindo e fazendo Fernanda rir também.

 

POV Justin

 

– Como ela está? – Ryan perguntou assim que viu saindo no quarto dela.

– Está bem, acordou agora. – falei sem ânimo enquanto ele me fitava

– Sei que você está mal por causa da Kimberly, mas meu filho e tudo mais, mas meu mundo acabou de cair e eu preciso falar com você, parceiro.

– Manda. – falei rindo da sua cara desesperada.

– Fernanda acabou de dizer que tá prenha, eu tenho 24 anos, não tenho idade pra ser pai, eu não sei nem trocar uma fralda, Drew.

– Como é que é? Tu vai virar pai, é? – debochei socando seu braço de leve.

– Pára com essa merda. – reclamou.

– Se revolveram?

– Claro né, aquela mulher não vive sem mim. – riu.

– Cala a boca e vai meter esse caô pra lá, tu é doidinho por ela.

Acabei de dizer e meus olhos fitaram a criança que vinha em minha direção correndo e chorando. Olhei assustado e confuso percebendo Cindy ali e sua baba vinha logo atrás. Caminhei até ela pegando-a do chão e coloquei-a em meu colo enquanto ela chorava e encarei a babá para que ela desembuchasse. Que raios ela estava fazedo ali?

– Sr. Bieber, me desculpe. – disse abaixando o rosto. – Mas ela ouviu um dos homens dizendo que mãe estava no hospital e não parou de chorar até eu trazê-la. Fiquei com dó da menina. – disse sem jeito.

– Você veio sozinha?

– Não, pedi pra um dos homens me trazer. – falou ainda de cabeça baixa e me afastei com Cindy ainda chorando.

– Ei, princesa. – falei chamando sua atenção e ela coçava os olhos.

– Papai, minha mamãe tá dodói? – perguntou chorosa.

– Tá, mas ela vai ficar bem. – falei acarinhando sua bochecha.

– Eu num quero minha mamãe aqui no hospital. – disse voltando a chorar. De fato as lembranças que Cindy tinha de hospital não eram as melhores.

– Ela vai sair, papai promete, ok? – falei beijando sua testa e ela assentiu. – Quer ver a Lorena? Ela está acordada e tenho certeza que vai ficar feliz se você for ver ela.

– Quero. – disse manhosa e eu caminhei até o quarto da Lorena abrindo a porta devagar fazendo com que as três me fitassem.

– Cindy! – Lorena festejou enquanto eu colocava ela sentava no lado da Lorena na cama. – Por que você está chorando?

– Porque minha mamãe... – soluçou. – minha mamãe tá doidoi. – finalizou a frase e voltou a chorar.

– Olha, eu também estava dodói e agora estou acordada aqui com você. – falou tentando reconforta-la. – Sua mãe já já vai acordar também! – disse e aproveitei que a mãe dela tinha virado o rosto para mim e a chamei com o indicador fazendo ela se afastar da cama devagar.

– Já deu sua hora. – falei baixo saindo do quarto enquanto ela me acompanhava até o corredor e os capangas se aproximavam já sabendo que teriam que leva-la.

– Eu quero ter notícia da minha filha. – disse um pouco prepotente.

– Querer nem sempre é poder. – falei curto e grosso enquanto eles afastavam ela.

– Por favor, Justin. – choramingou.

– Levem ela. – falei firme e acompanhei-os a levarem para fora do hospital.

– Justin! – Ryan me chamou no final do corredor chamando minha atenção e caminhei até ele. – E a Kimberly? – perguntou quando eu já estava mais próximo.

– Ela está com a perna completamente fodida. Assim que tirarem o sedativo ela deve acordar

– Eu preciso ir até sua casa. Parece que conseguiram recuperar tudo que estava no seu escritório, não foi muito afetado pelo incêndio. Pelas informações, parece que alguém invadiu a casa e começou o fogo pelo segundo andar, mas especificadamente no quarto das crianças. – disse Ryan.

– Algum sinal de ter sido o Chaz? – perguntei sério.

– Ainda nada, mas quem mais seria? Isso tá complicado, Justin.

– Não sei, eu já disse que o Chaz não tem capacidade pra fazer tudo isso. – falei fitando o nada.

– Bom, eu vou lá. Qualquer coisa eu te passo um rádio – disse estendendo a mão pra um comprimento e eu retribui.

 

Fiquei alguns segundos parado ali enquanto assistia Ryan ir embora. Eu não fazia ideia de como tudo isso estava acontecendo.

 

– Sr. Bieber? – uma voz grossa me chamou e me virei dando de cara com o médico que estava atendendo Lorena e Kimberly. Ele sorriu fraco assim que eu me virei e eu apenas permaneci sem falar esperando as notícias. – Fizemos a raspagem, ela ainda está sedada. Como sua roupa estava em chamas, sua queimadura foide 3° grau, deixarão cicatrizes be perceptíveis. Eu aconselho que você procure uma instituição pró-queimados, eles são especializados e tem tudo que poderá ajuda-la na recuperação.

– Então foi muito grave...

– Sim, bastante. – disse afirmando com a cabeça um pouco sem jeito. – Ela precisará de ajuda psicológica pra superar o trauma e com certeza para conseguir aceitar o estado de suas pernas. Bem, Sr. Bieber, entenda que o aspecto de uma queimadura de 3° grau não é nada bom. – conclui preocupado.

 

Soltei o ar em meu pulmão. A culpa me preenchia.

 

– Posso vê-la? – disse fraco e ele assentiu.

– Ainda não. Ainda estamos limpando o local, espere um pouco. Amanhã de manhã você poderá vê-la. Venha comigo, vamos assinar o papel para a transferência.

 

Disse começando a andar até a recepção enquanto eu sentia tudo parar a minha volta. Eu queria vê-la. Precisa vê-la.

 

– Sr. Bieber? – ele se virou para trás me chamando quando percebeu que eu não o acompanhava e então comecei a segui-lo.

– E a Lorena? – perguntei assim que me aproximei.

– Ela está bem, só inalou bastante fumaça, mas nada que a prejudique. Vou liberá-la agora, mas peço que fiquem atentos caso ela sinta alguma tontura, isso é normal. – disse entregando uns papeis a recepcionista.

 

POV Lorena

 

Três semanas de repouso, não lembro do médico ter exigido isso, mas era exatamente como o Justin havia mandado eu ficar. Estava na casa da Pattie enquanto a outra casa estava passando por reformas e obras. Chuck e Alice estavam cada dia mais crescidos e pareciam amar a casa da vó. Justin saía todo dia com o Ryan (que agora estava mais bobo do que nunca com a notícia que ia ser pai), mas eles não demoravam muito e no fim da tarde Justin surgia sempre de bom humor. Tudo parecia estar em ordem, apesar de volta e meia ele se trancar com o Ryan e discutir as pistas que estavam descobrindo de onde suspostamente Chaz estaria. Kimberly já estava em casa, mas volta e meia voltava para o hospital para limpar seus ferimentos. Ainda não havia encontrado com ela, mas sentia uma necessidade absurda de agradecer por estar viva e por ela ter salvado mais uma vez meus filhos. Parecia que haviam ficado feias cicatrizes em suas pernas e ela estava mal por isso. Justin me alertou que o humor dela não estava lá os melhores que era melhor eu esperar um pouco para falar com ela. Ele a visitava todo dia e parecia feliz com sua recuperação.

Era uma tarde quente de sábado e, como de costume de finais de semana, Justin estava trancada no escritório sozinho. Tomei um banho logo após de ter dado um banho nas crianças e ter deixado as crianças olhando eles e me arrumei com um vestido fresco colocando uma sandália baixa. Passei uma maquiagem leve e prendi meu cabelo já escovado em um rabo de cavalo. Peguei minha bolsa verificando se meu celular e a chave do carro estavam ali e desci as escadas indo até o escritório do Justin e observei que Alice e Chuck brincavam na sala. Bati de leve na porta esperando que ele respondesse algo.

 

– Entra. – respondeu um pouco sem paciência e abri a porta devagar e ele levantou o rosto me fitando com um sorriso.

– Onde pensa que vai? – sorriu safado se levantando com seu peito desnudo e sua bermuda branca.

– Já que você só quer saber de ficar enfurnado aqui, eu vou dar uma volta com os meus filhos no shopping. – falei manhosa e ele me deu um selinho.

– Precisa ir tão bonita assim? – falou me analisando.

– Quem sabe eu arrume alguém que me leve pra jantar hoje. – dei de ombros desviando os olhos com um sorriso.

– Então você quer que alguém te leve pra jantar hoje... – disse brincalhão segurando minha cintura.

– Se alguém estiver disposto a me levar... – tentei.

– Tudo bem. Então arrume alguém pra te levar pra jantar que preciso terminar isso aqui. – disse me soltando e voltando a mesa como se estivesse falando a coisa mais normal do mundo.

– Justin! – chamei seu nome colocando uma mão na cintura e ele riu voltando pra perto de mim e mostrando que estava brincando enquanto me dava um beijo.

– Tudo bem, vamos sair mais tarde. Vamos jantar onde você quiser.

– Jura? – perguntei feliz e ele assentiu beliscando meu nariz.

– Vou ser recompensado depois? – perguntei sacana.

– Como sempre você esperando algo em troca. – rodeei sua nuca com minhas mãos e abri um meio sorriso.

– Acho que mereço. – sussurrou juntando nossos lábios e de repente ouvimos a porta abrir com força e nos afastamos assustados percebendo Chuck e Alice ali emburrados.

– Ô mãe, vamos lódu. – Alice esperneou fazendo Justin rir e pega-la no colo.

– Minha filha tão linda... – disse brincando com ela enquanto eu pegava o Chuck. – Promete pro papai que você nunca vai namorar?

– Mas papai, eu já tenho namolado. – falou e eu ri baixo esperando Justin surtar.

– O que? Mas que porra é essa de namorado, Lorena? – me olhou furioso. – Essa garota não tem nem três anos. – reclamou visivelmente estressado.

– Não me culpe, eles estão vendo muita televisão. – dei de ombros, mas Justin não se convenceu.

– Quem é seu namorado, Lara Alice? – perguntou franzindo a testa.

– Dotê, papai. – disse manhosa e Justin amoleceu soltando um sorriso.

– Aí sim. – disse dando-lhe um beijo babado na bochecha fazendo-a rir.

– Mamãe, você vai complar meu carrinho? – perguntou Chuck.

– Ah, Chuck chega de carrinho né. Você deixa tudo espalhado pela casa e eu já escorreguei neles várias vezes.

– Olha, se tua vó escorregar e cair ela não levanta mais não, heim. – falou Justin rindo.

– Eu ouvi isso, engraçadinho. – falou Pattie entrando no escritório. – E pra sua informação eu estou ótima, com mais disposição que você. – disse implicando fazendo Justin rir.

– Vamos logo, crianças que essa discussão vai durar. – falei brincando e soltando Chuck no chão e Justin soltou Alice enquanto Pattie corria atrás deles fazendo-os rir alto até a sala.

– Então... vou indo. – falei olhando para ele e ele retribuiu encarando o meu decote.

– Mais tarde tem! – disse sacana me olhando convencido e eu reprimi os lábios não querendo rir e saí do escritório notando ele voltar até sua mesa.

 

Chuck e Alice já estavam lambuzados de sorvetes. As vezes eu ficava um pouco incomodada com os seguranças que nos rodeavam, mas tentava não me focar naquilo e aproveitar a tarde com meus filhos. Os dois se comportavam e andavam de mãos dadas comigo quando o carrinho de Chuck escapuliu da sua mãe e ele soltou minha mãe para ir atrás.

 

– Chuck, espera! – falei correndo até ele, mas percebi que um homem havia agachado para pegar e entregar o carrinho para ele e levantei meu rosto enquanto Chuck voltava até a mim com o carrinho nas mãos. – Nolan? – perguntei surpresa enquanto ela sorria fraco.

 

 

 

 

 

Comentários

destino oculto

anywaybieber | 05/12/2012

não acredito que tem posers lendo sua fic.. mas ok .. nunca me importei c a kim,,mas tadinha kkkkkkk ok,mds to louca pra ver o próximo... amei o cap. clara nota 100000

Re:destino oculto

Lorena | 09/07/2014

Cala boca piranha

you are perfect to me

giu | 05/12/2012

putsssssss. tadinha da Kim, e uma pergunta quem é Nolan mesmo? KKKKKKKKKKKKK adoreiii

You are perfect to me

Inês | 05/12/2012

Muito lindo o capítulo, tou até com um pouquinho de pena da Kim mas whatever, o que interessa é que a FERNANDA ESTÁ GRÁVIDA MANOOOOOOOOOOOOO ! ai nossa nossa ! Não demora tanto para postar por favor :(( preciso de Destino Oculto pra sobreviver !

You are Perfect to me

Manuh' | 05/12/2012

awn , que perfeito cara , amei esse capitulo
Coitada da Kim :(
E quem é Nolan? kkkkkkkkkkkkk'
haha , continua bjs

capítulo

mypridebiebs | 05/12/2012

Não lembro mais quem é Nolan KKKKKKKKKKKKKKK

capítulo

In | 05/12/2012

Quanto amor meu Deus.
Não sei n, mas esse Nolan aí já me deixando desconfiada heim.
Tadinha da Kim =(
Posta o próximo logoooi!

-

Ju | 05/12/2012

awnn, os dois são TÃO fofos juntos, ai, credo
ainda bem q vc postou, n tava mais aguentando esperar hhahahaah
beijoss

N

Vitoria | 05/12/2012

Amei demais , continua

.

Juliana | 05/12/2012

Aii perfeito :)) também tava morrendo de saudades de DO ;)

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