Dangerous Love

POV Lorena

Três dias se passaram. Três dias que Justin não pegava no telefone para me ligar nem ao menos atendia minhas insistentes ligações. Eu não queria me desesperar, ate porque se algo de ruim tivesse acontecido com ele, Pattie já teria me ligado. Porém, era impossível controlar meus pensamentos e eu já havia imaginado tudo de ruim que poderia ter acontecido. Afinal, em três dias você não tem uma chance de pegar no celular e me dizer se esta bem? O que estava acontecendo? Por que não ligava para saber de mim? Por que não ligava pra saber dos filhos? Por que simplesmente não me falava o que estava acontecendo? “Ele deve estar ocupado, sabe como ele fica quando está nesses lances”, dizia Ryan numa tentativa frustrada de me acalmar. Ele poderia sim estar bastante ocupado, mas toda vez antes de dormir eu tinha a esperança que ele ligasse ou ao menos me atendesse, mas não, isso não acontecia. Só me restava lidar com o meu humor oscilante que em três dias decaiu do nervosismo para a preocupação. Alice e Charles brincavam o dia todo na areia da praia e se divertiam na inocência, sem saber das coisas que aconteciam. Perdia horas olhando para eles e pedindo que jamais os perdesse. Jamais perdesse todos que amo. Eles mal pareciam se importar com a ausência do pai, mas ainda sim perguntavam despreocupados uma vez ou outra. Com minha cabeça lotada de preocupações, Fernanda e Ryan olhavam eles para mim enquanto eu me focava em não surtar e voltar pra Atlanta. Porem, tudo que um louco precisa para perder um controle é ter alguém para concordar com ele e assim foi.

– Isso já tá estranho mesmo. - Ryan falou soltando o ar do pulmão enquanto se sentava no sofá no outro sofá da sala.

– Ta vendo, você disse pra eu não me preocupar e agora esta concordando comigo. 3 dias, Ryan! - enfatizei.

– Mas se algo de ruim tivesse acontecido, nós já saberíamos. - falou confuso. - Só se ele obrigou a Pattie a não nos contar.

– Ela não respeitaria isso. - falei me convencendo disso.

– Sei lá, só estou começando a me preocupar.

– Você não esta ajudando.

– Quer que eu minta? Tudo bem, acho que não ha nada de errado. - falou me fazendo revirar os olhos.

– Eu não entendo. Por que não liga? Por que simplesmente não me diz se esta tudo bem?

– Talvez não esteja tudo bem.

– Ryan! - chamei sua atenção.

– O que? - perguntou confuso.

– Você não esta ajudando! - repeti fazendo ele rir.

– Bom dia, mamãe! - Fernanda falou chegando na sala de mãos dadas com meus pequenos que logo correram pra me abraçar.

– Já acordaram, meus amores? - perguntei sorrindo e os dois assentiram.

– A tia Fernanda disse pra gente que tem um neném na barriga dela, mamãe. - Alice falou surpresa.

– E tem mesmo! - sorri passando a mão em seu cabelo enquanto Fernanda se sentava ao lado de Ryan e analisavam a cena.

– Mas como ele entrou ali, mamãe? - Chuck quis saber e eu fui pega de surpresa pela sua pergunta.

Ryan riu alto se ajeitando no sofá.

 

– Essa eu não perco por nada. – falou debochado com um sorriso irônico e eu revirei os olhos fazendo a Fernanda rir.

– A tia Fê engoliu o neném? - perguntou Alice me deixando gaga.

– N-nao!

– Então como que tem um neném ali, mamãe? - Chuck insistiu.

– Se o Justin estivesse aqui ia dar uma aula visual. - Fernanda disse fazendo Ryan rir e eu me sentia cada vez mais perdida.

– Olha, - falei finalmente chamando a atenção dos dois. - Quando duas pessoas se amam… - falei calmamente e os quatro me fitavam esperando eu concluir. - essas pessoas dão um beijo diferente e então um neném surge na barriga. - falei insegurança completamente certa de que havia convencido.

Alice franziu o cenho e foi ate Ryan subindo no colo dele e levantou sua camisa enquanto todos olhavam sua atitude sem entender.

– Cadê o seu neném, tio Ryan? - perguntou sério e nos três não aguentamos e começamos a rir enquanto ela cruzava os braços emburrada sem entender porque ríamos dela.

– Só a mulher tem neném, Alice. - expliquei enquanto ela descia do colo do Ryan.

– Beijo diferente? – Chuck perguntou após olhar tudo com uma cara pensativa.

–É, um dia vocês vão entender. – falei tentando cortar o assunto de uma vez.

– Eu vou ter neném? - perguntou confusa e eu sorri.

– Quando você for maior e gostar de alguém, sim.

– Mas eu já gosto do papai! - pensou.

– Mas tem que ser outra pessoa, uma pessoa que não seja da sua família. - expliquei e ela deu de ombros certamente ainda sem entender.

– Que nem você e papai? – Alice perguntou subindo no sofá.

– Isso. – falei com meu coração palpitando. – Que nem eu e seu pai.

– Cadê o papai, mamãe? - Chuck quis saber fazendo com que meus pensamentos voltassem.

Peguei-o no colo colocando sobre minhas pernas enquanto Alice já estava sentada ao meu lado. Encarei Fernanda e Ryan completamente preocupada enquanto eles me olhavam sem expressão.

– Eu não sei, meu filho. Eu não sei.

POV Justin

Já devia ser o décimo gole que passava ardendo em minha garganta. Peguei a bebida, entrei em meu escritório e fiz questão de fechar a porta. Queria me drogar, queria que a preocupação parasse de zombar da minha cara, mas não havia nenhum pó em casa. Queria apenas entender em que merda de vida eu havia me metido. Enterrar a Charlie foi a pior maneira de perceber que eu estava em desvantagem nessa luta. Seu namorado, David, havia finalmente surgido e foi uma péssima hora para que eu 0 conhecesse. Pior ainda foi saber que Charlie aceitou trabalhar para Alana naquela época porque seu namorado devia grana a Lucio e estava escondido, com isso a filha da puta havia ameçado ela e por isso ela aceitou o trabalho. Ela não pôde negar se sacrificar para manter ele vivo e agora que Lucio e Alana estavam mortos e a divida do namorado não existia mais, ela se foi. Cruelmente se foi. Pagamos a perícia e conseguimos interfeirir no arquivo alegando que havia sido qualquer falha técnica no motor. Só assim nada disso seria investigado e eu estaria livre de mais problemas. No enterro, David e a família de Charlia estavam inconsolados e foi um das piores cenas que já vi em toda a minha vida. A culpa me corroía por dentro, mas eu tinha que me manter em pé, não podia fraquejar agora. Os sentimentos que se fodam, eu precisa apenas da minha razão correndo nas veias. Kimberly não queria me ouvir e parecia estar perdida em um transe profundo completamente sem volta. Obviamente ela se culpava por todo o acidente e não adiantava lhe dizer que ela não era a culpada, que a bomba não foi posta por ela, ouvir isso não era o suficiente para ela se sentir bem. Kimberly sabia que aquela morte era para ela. Ainda estava com o terno que usei no enterro e mantinha meus olhos fixos em um ponto qualquer. Eu não podia perder mais ninguém. Todos estavam em perigo. Se a pessoa queria tirar tudo o que eu tinha, meus pais e minha irmã também estavam nessa maldita lista. E mais uma vez o mundo jogava seu peso em minhas costas e o que eu tinha que fazer? Apenas fingir que aquilo não machucava como sempre fiz. Apenas fingir que sou feito de aço, que não há resquício de ser humano em mim. Mas eu mal estava conseguindo me proteger, quanto mais todos eles. Enchi mais o copo de whisky e o gelo já havia derretido deixando a bebida quente. O liquido passava queimando em minha garganta amargando minha língua, mas pelo menos o efeito estava sendo rápido me dando uma certa leveza. Relaxei no sofá e pensei em ir ate a casa da Kimberly para saber como ela estava depois do enterro, mas ela havia levado a Cindy e estava paranoica. Simplesmente ninguém podia chegar perto de sua casa e ainda deu uma prensa nos seguranças alegando que se algo acontecesse com a Cindy, ela procuraria a família de cada um pra acabar com elas. Não estava com a mínima condição de ter uma conversa com ela para fazê-la voltar ao normal, tudo que aconteceria se eu fosse até lá seriam mais brigas. Deixei apenas ela ter o momento dela, mas não ia ficar muito tempo sem ver minha filha. Estava tudo em estrago que não dava para ser remediado. Eu não conseguia ligar para a Lorena por falta de tempo e quando eu me pegava sozinho eu não tinha a menor ideia de como lhe explicar tudo que havia acontecido nesses três dias.

O telefone vibrava sobre a mesa e seu nome aparecia, mas eu não conseguia atender. Mesmo que tudo que eu precisasse fosse ouvir sua voz para me acalmar, não conseguia me ouvir dizendo que tudo estava foda de resolver, que estava mais perdido que cachorro surdo. Ouvi duas batidas leves na porta e enrolei um pouco ate levantar e abrir. Meu pai me olhou sério assim que nossos olhos se cruzaram e eu assenti sem paciência para que ele me dissesse o que ele queria.

– Não posso entrar? – perguntou tentando uma simpatia que não era muito a sua cara.

– Eu quero ficar sozinho.

– E eu quero conversar com você. – insistiu.

– Já estamos conversando. - falei grosso e ele empurrou a porta com forçaa me desequilibrando e passando por mim para entrar no escritório. O olhei com ira enquanto fechava a porta e o observava sentar no sofá de couro.

– O que você quer? Veio ver se estou me drogando? - perguntei debochado o fazendo apoiar uma perna em cima do joelho e me encarar.

– Sei que você não se atreveria de novo. – disse autoritário.

– Não tenha tanta certeza, a vida é minha, a casa é minha e você não manda em porra nenhum aqui, muito menos na minha vida. –gritei alterado.

– Fale baixo, sua mãe finalmente dormiu. – disse mantendo o dom, mas podia ver a seriedade em seus olhos.

– Por que não levou ela pra casa dela? – perguntei estúpido sem entender.

– Porque ela quis ficar perto de você.

– Tá. – falei com tédio. – O que você quer?

– Justin, - chamou meu nome se levantando e indo até minha mesa. - Quando você quer caçar um leão, você tem que ir onde ele esta procurando suas presas. Não faz sentido você espantar os animais se quer que o rei da selva se aproxime. – falou olhando o copo vazio e a garrafa de whisky quase no final.

– Do que você esta falando? - perguntei serio sem me mover.

– Traga a Lorena de volta. – disse finalmente me olhando.

– Nem fodendo. - falei seco.

– Essa pessoa não vai cair no seu jogo, meu filho. Ele é que esta jogando com você e você acabou de perder uma partida.

– Eu não perdi nada! - gritei.

– Uma pessoa morreu no lugar de outra. Uma morte não vale pela a outra. Ninguém saiu em desvantagem com isso. Se uma precisou perder a vida para uma sobreviver, isso não significa que foi um bom trabalho. - falou no mesmo tom que eu.

– Por que você esta se metendo nas minhas coisas? - cuspi as palavras.

– Porque estou vendo você errar. - respondeu firme me olhando serio.

– Eu não passo de um bandidinho, um viciado, um merda, não é mesmo? Pra que vir aqui desperdiçar suas ilustres palavras com um fodido! - gritei com raiva.

– Porque eu não vou ficar observando você perder tudo sem me meter! Ninguém mais morrerá, Justin! Ninguém! – falou firme vindo em minha direção.

– Como você tem tanta certeza?

– Porque você não deixará ninguém mais morrer. - disse dando de ombros abaixando o tom.

– Você acha que colocando mais pressão sobre mim me fará agir da maneira certa? - perguntei debochado enquanto ele andava em direção a porta e assim que a abriu se virou para mim.

– Acho. - disse firme e convicto. - Comece trazendo a Lorena de volta. Você sabe o que fazer, você não tem dúvidas, você tem medo. - falou superior e em seguida saiu fechando a porta.

Respirei travando os dentes. Eu estava com uma faísca de odio, mas meu pai conseguiu fazer aquilo crescer. Meu maior defeito na minha opinião é não conseguir debater quando uma pessoa joga uma verdade na minha cara e isso Kimberly e meu pai tinham em comum. Andei ate a mesa e enchi o copo outra vez acabando com a bebida. Segurei entre minha mão e engoli de uma vez sentindo meu corpo reclamar. Tomei o celular em minhas mãos e disquei o numero. Meu coração acelerava e eu podia jurar que se encontrasse a pessoa na minha frente, eu quebraria todos os seus ossos como quem quebra um copo. Coloquei o celular na orelha me rendendo. Não tinha opções, não tinha como lidar com aquilo. Quando você não sabe mais o que fazer, é hora de começar a fazer o que você jamais faria.

– Alô. - a voz disse após algumas chamadas.

– Sr. Phelips? Preciso que me leve à ilha.

POV Lorena

Aquele dia passou rápido. Acho que minha tentativa de me manter ocupada durante o dia todo valeu a pena. Eu e Fernanda cozinhamos enquanto conversávamos sobre seu bebe e Ryan e as crianças assistiam televisão. Logo apos resolvemos fazer as unhas e cuidar da pele enquanto, à tarde, as crianças dormiam e Ryan via um jogo na televisão. Já havia escurecido e eu nem ao menos tinha percebido. Peguei meu celular na esperança que tivesse alguma ligação perdida e meu sorriso foi desfeito. Respirei fundo e me levantei pra levar os baldes vazios de pipoca que Fernanda havia preparado ate a cozinha. Verifiquei que havia uma pequena louça de copos no pia e comecei a fala-los quando Ryan se aproximou entrando na cozinha.

– Estranho não virem ate a ilha atrás de você. - disse como se pensasse alto.

– O Justin não me mandaria pra algum lugar onde pudessem me pegar. - falei óbvia.

– Mas havia esse risco, tanto que não viemos sozinhos. - deu de ombros.

– Por que você esta pensando nisso?

– Não sei. - respondeu forçando um sorriso.

– Tem alguma coisa que eu não sei? - perguntei secando as mãos.

– Acho que tem alguma coisa que nos dois não sabemos, pois estamos a quase 4 dias se m noticia.

Suspirei derrotada desviando os olhos e meus pensamentos me assustaram.

– Eu nem quero mais pensar nisso. – falei sacudindo a cabeça e saí da cozinha o deixando lá.

Subi as escadas e olhei o relógio no alto da parede do corredor. 20h56. Andei ate o quarto onde as crianças brincavam. Elas haviam dormido de tarde e com certeza iriam enrolar para dormir, mas eu tinha que tentar. Arrumei todos os brinquedos, pois pedir a ajuda deles era perda de tempo. Enchi a banheira, taquei alguns brinquedos de borracha e despi os dois colocando-os na água. Voltei para o quarto separando suas roupas para dormir e em seguida voltei até o banheiro para ensaboá-los. Quando terminei, deixando o rola engolir a água e tirei eles enrolando seus roupões. Vesti suas roupas e sorri aliviado vendo que ambos bocejavam. Coloquei-os na cama e contei uma história até perceber que eles haviam dormido. Desliguei o abajur do lado da cama e saí do quarto tentando não fazer barulho. Encostei a porta e ouvi vozes baixas vindo do quarto onde Ryan e Fernanda estavam.

– Quero Isabella, minha vó se chamava Isabella. Acho tão lindo. – dizia Fernanda enquanto Ryan alisava sua barriga e eu os olhava pela fresta da porta aberta. Sorri com aquilo lembrando do Justin.

– E se for menino? Ryan Junior? – Ryan perguntou sacana.

– Óbvio que não. – falou rapidamente. – Quero chama-lo de Dan, seu nome será Daniel. – falou feliz e Ryan a beijou.

Abracei meus cotovelos sentindo saudade do Justin. Não aguentava mais ficar sem notícias e pior ainda era a saudade do seu corpo. Queria voltar a sentir raiva, pois pelo menos não chorava, mas minha preocupação havia tomado conta. Fui até meu quarto e após um banho, deitei. Antes de dormir, verifiquei o celular algumas vezes, mas em vão. Fiquei rolando na cama até finalmente pegar no sono. Acordei ouvindo um barulho alto e me desesperei percebendo que era o jatinho. Meu coração acelerou e senti meu corpo se arrepiar. Me levantei saindo do quarto e corri até a escada no final do corredor e apenas queria ter certeza que finalmente o veria. Subi no terraço e parei sem conseguir mover minhas pernas. A porta do jatinho se abriu e ele desceu as escadas sem ao menos notar que eu estava ali. As lágrimas embaraçaram meus olhos e eu sorria involuntariamente. Meu anjo havia acabado de descer do céu. Seus olhos encontraram os meus quando ele finalmente pisou no terraço e levei as mãos a boca correndo até a ele. Seu sorriso não estava completo, ele estava feliz ao me ver, mas não conseguia esconder que algo não estava bem. Nossos corpos se encontraram e o abracei não querendo soltá-lo nunca mais. Suas mãos foram até minhas costas e me desabei a chorar sentindo todas as minhas emoções se misturarem. Senti seu queixo em minha bochecha enquanto sentia seu cheiro, queria mais daquilo pra mim. Queria revitalizar todas as minhas sensações, todo o meu amor, cada sentimentos que eu sentia por ele. Justin afastou nossos corpos e eu sorri fazendo algumas lágrimas escaparem mais ainda.

– Eu disse que vinha te buscar. – falou fraco e mordi o lábio enquanto ele aproximava o rosto para me dar um beijo.

Sua língua buscava a minha com ânsia. Abracei seu corpo me sentindo a pessoa mais feliz do mundo. Outras pessoas podiam até alegar que conheciam a felicidade, mas eu conhecia além da felicidade. Eu amava e era amada pelo Justin e isso ninguém mais poderia sentir. Ninguém mais iria saber qual é a felicidade que se sente ao ter seu corpo ao meu depois de alguns dias longe. Ninguém podia sentir como é segurar o mundo todo com as mãos, só eu, pois ele significa tudo para mim. Afastei nossos lábios e ele segurou meu rosto passando os polegares em minhas bochechas.

– Por que não me ligou? O que houve? – falei e ele entrelaçou nossas mãos me puxando para entrar na casa. – Justin? – insisti.

–Não quero falar sobre isso agora. – falou mudando um pouco seu humor, mas em seguida se virou para mim dando um sorriso como se tentasse me convencer de algo.

Descemos a escada e Fernanda e Ryan nos esperavam no corredor.

– Resolveu aparecer, né? – Ryan perguntou visivelmente feliz e os dois se cumprimentaram.

Justin continuou com poucas palavras e foi até o quarto das crianças abrindo a porta devagar e entrou lá fechando a porta.

– O que ele tem? – Fernanda perguntou confusa e eu dei de ombros preocupada.

Empurrei a porta devagar vendo ele agachado ao lado da cama das crianças. Ele estava de costas, mas podia notar seu tronco se movimentando como se ele chorasse. Mordi o lábios querendo entender, mas não conseguir cortar aquele momento. Fechei a porta e me afastei esperando que ele saísse. Notei que Fernanda e Ryan já haviam voltado pro quarto e depois que alguns minutos se passaram, ele saiu do quarto vendo que eu o esperava ali. Seus olhos estavam vermelhos, mas ele havia secado todas as lágrimas. Coloquei minhas mãos pra trás me encostando na parede querendo enche-lo de perguntas, mas temia ouvir a resposta.

– Me fala o que está acontecendo. – pedi fraco e ele desviou o olhar e em seguida se aproximou pegando minhas mãos e me levando até o quarto.

Não entendia suas atitudes, mas assim que fechou a porta Justin para cima de mim sem dizer qualquer palavra e me beijou. Suas mãos desceram as alças da minha blusa deixando meu tórax amostra. Queria entender o que ele estava passando e porque estava agindo tão fora de si, mas suas mãos me apertavam com força me deixando completamente contraída. Senti o colchão em minhas costas e sua boca foi até meus seios amostra e começou a suga-los com vontade enquanto eu ficava excitada. Chegava a doer um pouco, mas não quis que ele parasse. Baguncei seu cabelo fechando os olhos quando ele separou nossos corpos um pouco e tirou a blusa deixando seu físico amostra. Justin voltou a sugar meu seio enquanto tirava sua calça e eu já sentia completamente entregue. Sua excitação roçava em mim e apenas senti suas mãos fortes arriarem meu short junto com a calcinha. Ele não falava nada, nem ao menos me olhava nos olhos. Parecia um animal no cio procurando algo pra escapar de um abismo. Suas mãos passaram em minha coxa e ele se levantou tirando a calça e a boxer e voltou rapidamente pra mim já me preenchendo. Gemi alto sentindo seu pênis completamente duro dentro de mim a me entocar sem delongas. Agarrei suas costas cravando minhas unhas. Não conseguia raciocinar, apenas me deixei levar pelo movimento que ele fazia ao me preencher com completo. Entocava com força e rapidez querendo se aliviar logo, dava para perceber. Chegava a me machucar, mas a sensação boa vencia qualquer incomodo. Arranhei suas costas enquanto seu quadril se movia ritmado. Minha vagina recebia seu pênis ficando cada segundo mais encharcada. Queria gritar, mas me contive. Apenas gemidos baixos saltavam sem querer da minha boca. Sua respiração ofegante em meu ouvido aumentava e nosso suor se misturava. Justin saiu de dentro de mim puxando meu corpo pro dele. Sentei em seu colo de frente para ele enquanto ele segurava seu pênis pela base para que se encaixe perfeitamente em mim. Comecei a calvagar fazendo Justin gemer alto com cara de prazer. Sua mãos espremiam meus seios causando uma dor suportável. Minha vagina estava completamente sensível. Queria mais aquilo, queria que ele fosse o mais fundo que pudesse. Cavalguei diversas vezes ouvindo seus gemidos se misturarem aos meus gemidos baixos. Agora ele sugava meus seios outra vez. Passei a língua em sua orelha sentindo o cheiro bom dos seus cabelos. Suas mãos puxaram meu cabelo com força causando uma certa dor pois parecia que ele estava fazendo tudo com brutalidade e eu de certa forma estava ficando excitada com aquilo. Justin me jogou na cama para que eu saísse de cima dele e sabia que ele estava prestes a jogar. Subiu em cima de mim abrindo minhas pernas e gemi alto assim que seu pênis voltou a me preencher. Não dava para me conter, aquilo estava bom demais. Suas entocadas rápidas e suas mãos apertando meus braços me deram o indício de que ele me preencheria com o seu gozo. Eu nem haMinhas pernas tremeram e sentia espasmos por todo o meu corpo. Justin começou a diminuir as entocadas até sair completamente de dentro de mim e se levantar na mesma hora vestindo sua boxer. Fiquei jogada na cama completamente desolada sem entender enquanto observava ele ir até o banheiro. Me encostei nos travesseiros cobrindo meu corpo com o lençol e ainda sentia minha vagina dolorida por causa da brutalidade que ele havia feito aquilo. Ouvi a descarga e ele abriu a porta voltando pra cama.

– O que foi? – perguntei o encarando.

– Fui mijar. – deu de ombros.

– Você está estranho. – falei enquanto ele voltava pra cama.

– Vamos dormir, amanha vamos voltar cedo. – disse se ajeitando nos travesseiros e fechando os olhos.

– Justin, o que está acontecendo? – perguntei impaciente.

– Nada. – respondeu grosso.

– Você vem, não diz nada. Faz as coisas comigo como se eu fosse uma puta de rua e…

– Não gostou? – perguntou ainda estúpido. – Estranho parecia que estava gostando.

– Você não é assim.

– É porque to cansado de fazer amor com você, hoje eu quis fuder de verdade. – falei completamente diferente da forma que eu esperava que ele reagisse.

– Está me usando como válvula de escape e nem ao menos quer me contar o que aconteceu?

– Válvula de escape? Você é a minha mulher, porra! Se eu não transar com voce, vou trasnar com quem? – reclamou.

– Você nem ao menos perguntou se estou bem!

– Eu sei que está!

– Você é ridículo e eu ainda estava aqui que nem uma idiota te esperando. – falei me levantando e notei o lençol com um borrão de sangue.

– Você me machucou. – falei enfurecida enquanto ele revirava os olhos.

– Sexo é sexo, as pessoas se machucam. – respondeu ainda grosso sem se importar.

Pensei em responde-lo, mas apenas semicerrei os olhos e fui ate o banheiro. Dias sem se ver ao menos pensei que ele seria carinhoso como tem sido todo esse tempo, mas mais uma vez aí estava o Justin que desconta tudo em cima de mim. Tomei um banho ainda tentando imaginar porque ele estava agindo, estava na cara que algo estava errado e ele não queria me contar. Acabei o breve banho e saí do box percebendo as marcas arroxeadas em meus dois seios que ele havia causado. Enrolei meu corpo na toalha e saí do quarto. Justin estava deitando agora de barriga pra cima encarando o teto. Ignorei aquilo e fui até a gaveta onde havia colocado as roupas. Abaixei tentando alcançar a última gaveta e ouvi o barulho da cama e de repente suas mãos arrancaram minha toalha e seguraram minha cintura. Seu pênis achou minha entrada com facilidade e ele escorregou toda sua extensão pra dentro de mim.

– Justin.. – falei tentando reclamar mais meus gemidos não deixavam.

Suas mãos abraçaram minha barriga enquanto ele me levava até a cômoda para que eu me apoiasse. Suas mãos apertavam com força minha cintura enquanto ele fazia aquilo com o ritmo que ele bem queria.

– Justin, para… – pedi completamente derrotada virando meu rosto para olha-lo mas ele parecia não me ouvir enquanto tombava sua cabeça para trás e entocava com mais força.

A dor começou a atrapalhar e eu tomei força me livrando se deu corpo.

– O que você está fazendo? – gritei

– Tentando ter um pouco de paz e sexo com a minha mulher, posso? – rebateu enfurecido.

– As coisas não são assim. Eu não sou sua escrava sexual pra você fazer o que bem entende. Qual é a sua? – perguntei empurrando seu peito e ele me segurou.

– Você se apaixonou por mim e sabe como minha vida é.

– Sim o que tem isso? – perguntei confusa.

– As pessoas mudam uma pela outra, eu tentei mudar não só a mim como minha vida inteira, mas você já viu que não dá. – falou de uma forma estranha e eu senti meu rosto gelar. Apenas me mantive quieta com medo do que ele estava querendo me dizer. – Eu mato, eu fudi sua vida a partir do momento que te levei pra casa da minha mãe, eu fudi a vida de todo mundo que tentou me ajudar. Ryan, Kimberly… são vítimas de uma vida de merda que eu escolhi pra mim sem ao menos pensar na consequência. – falou começando a se alterar. – Eu vi um garoto e sua família mortos por minha causa, eu matei seu pai. – disse sorrindo seu humor. – Eu não sei o que você quer de mim, eu não sei o que você espera de mim porque eu não sou um bom homem. – disse e antes que eu pudesse respirar para começar a falar ele se aproximou e segurou meu rosto com força. – Mas eu te amo e não quero você longe da minha vida, eu não quero que você desista de mim outra vez. Foda-se o que é melhor pra você, eu sou egoísta e quero você do meu lado mesmo que eu seja a pior coisa que já aconteceu na sua vida. Mesmo que você e meus filhos tenham que se proteger da morte a cada segundo… eu não quero que você desista de me amar. – falou com os olhos vermelhos.

– Por que você está falando isso? – perguntei assustada.

– Porque você merecia um príncipe que te pega num cavalo de repente e te leva pra ser feliz pra sempre. Mas na verdade você tem um cara completamente perdido na vida que te obriga a ficar enfurnada numa ilha e sabe por que? Porque eu não tenho a menor ideia do que fazer pra acabar com isso! – gritou me dando um susto e se virou de costas começando a andar pelo quarto.

– Justin, eu sei muito bem o que é viver ao seu lado e eu não me imagino diferente disso. Eu não quero um príncipe se esse príncipe não for você. –falei chamando sua atenção pra mim.

– A Charlie morreu. – falou curto e grosso fazendo meu coração dar um salta em meu peito. Arregalei meus olhos levando as mãos a boca.

– Havia uma bomba no carro da Kimberly que estava dirigindo. Simples assim. Podia ter uma bomba embaixo do meu nariz e eu to vendo e de repente bum, estou morto. Pode ter uma bomba embaixo da cama dos meus filhos e de repente bum, meus filhos estão mortos. – falou alterado e eu me aproximei segurando o seu rosto.

– Para com isso, olha pra mim! Para de falar essas coisas! Nós podemos ficar aqui o tempo que você quiser, a gente não precisa encarar isso, Justin.

– Não, ficar aqui e deixar minha mãe, Kimberly e Cindy lá? Apenas sento e espero elas morrerem, é isso? – gritou se livrando das minhas mãos.

– Qual é a sua solução? – cruzei os braços.

– Você não entendeu que eu não tenho solução? Eu vou usar minha ultima escapatória e espero que isso dê certo. – falou.

– Eu vou te levar pra Atlanta e vou me entregar. Ele vai se aproximar por você estar perto e eu me rendo, ele pode acabar comigo se deixar minha família sem pagar por isso.

– Do que você está falando, Justin? – me alterei com medo de que tivesse entendido certo.

– Eu vou me entregar. Cansei de pessoas morrendo por minha causa. Eu vou enfrentar ele, eu vou fazer ele perceber que eu quero enfrentar isso cara a cara, um duelo valendo uma vida salva.

– Você só pode estar brincando. Isso não vai acontecer! – gritei.

– E por que não? Quem vai me impedir? – gritou de volta encarando o meu rosto de perto.

– Quer saber? Você fica 3 dias sem dar um sinal de vida e quando volta, volta pra gritar comigo? Pra dizer que tem um plano suicida?

– Você me tirou do sério, eu estava apenas conversando.

– Você está saindo do sério muito fácil então.

– Eu só odeio quando você acha que manda em mim quando você não entende nada dessas coisas.

– Sabe o que eu não entendo, Justin? Eu estou com saudades de você, pra falar a verdade ainda estou porque esse chegou não é o Justin que eu estava com saudade.

– Você quis saber o que havia acontecido e eu apenas contei.

– Tudo bem. É assustador ter pessoas morrendo, se machucando, eu te entendo, mas desistir? Você não pensa em mim? Em seus filhos? Ao menos arme algo, diga que vá sozinho e apareça com mais gente.

– Não, quero jogar limpo! – reclamou sentando na cama.

– Jogar limpo? Justin, esse cara não está jogando limpo! – gritei.

– Eu já fui covarde a minha vida toda, pelo menos me deixe morrer com honra.

– Honra? Justin? Você bebeu? Você não pode estar falando essas coisas desconexas.

– Eu devo ter acabado com tudo que tinha de bebida no jatinho, mas sei o que estou falando.

– Não, você não sabe! – gritei. – Justin, você está louco! Eu não estou te reconhecendo. – falei e ele se sentou na cama colocando a mão no rosto.

Não tinha certeza se ele estava chorando ou apenas se controlando para não fazer uma besteira. Sentei ao seu lado abraçando o seu corpo. Ele não queria que eu o visse, mas uma lágrima pingou em sua perna e meu coração apertou. Ele odiava chorar, odiava perceber que estava tudo perdido, mas se ele estava nesse estado, as coisas não iam nada bem.

Uma semana após.

– Vovó! – Alice gritou fazendo festa enquanto Pattie passava pela porta.

– Oi, meu amor. – ela disse toda contente se agachando para pega-la no colo.

Levantei do sofá tirando a cabeça de Chuck, que dormia, da minha cocha e fui em direção e elas.

– Como você está, Lorena? – disse já com Alice no colo.

– Bem. – sorri de canto abraçando os cotovelos.

– Justin está aí?

– No escritório. – revirei os olhos.

– Vocês já se recuperaram daquele desentendimento?

– Mais ou menos, ele não está parando pra gente conversar, então tá tudo meio mal resolvido, mas não quero me meter mais, ele parece bastante estressado e as crianças já estão percebendo o clima tenso.

– Se quiser que eu passe a tarde com eles hoje, por mim tudo bem.

– Você faria isso? Eu preciso mesmo descansar!

– Claro, vou pedir pra babar arrumar eles.

– Vai ter que acordar esse aí. – falei indicando com a cabeça para o sofá e ela riu.

– Alice faz isso, né Alice? – Pattie falou colocando ela no chão e a menina correu até o irmão.

– ô Chuck acorda! A vovó vai levar a gente pro shopping! – gritou fazendo o irmão se levantar.

– Eu não ouvi nada de shopping, Lara Alice! – falei cruzando os braços e ela sorriu sapeca.

– Quem vai pro shopping? – Justin abriu a porta do escritório de cara emburrada.

– Ninguem, Alice que tá falando. – Pattie se explicou.

– Nada de shopping. – ele disse grosso fazendo a criança ficar emburrada.

– Você tá chato. – reclamou dando língua e eu ri. Bem feito.

– Não fala assim com o seu pai. – Pattie a repreendeu enquanto subia com os dois.

Nossos olhos se cruzaram e Justin ficou sem expressão. Desde quando discutimos na ilha, ele ainda não havia conversado comigo direito sobre tudo que estava acontecendo. Parecia ocupado demais e um pouco arrependido pela forma que me tratou. Respirei fundo voltando até o sofá e ele encostou a porta. Comecei a mudar de canal procurando algo pra ver enquanto tentava não me importar. Tinha muita coisa entalada que eu queria falar, mas meu orgulho não deixava. Pensei que ele voltaria a ficar no escritório, mas me surpreendi quando ele saiu de lá e se sentou ao meu lado passando um braço atras de mim.

– Vamos ficar sozinhos? – perguntou como se estivéssemos bem.

– Sim. – respondi seca.

– Então me encontra lá fora na academia daqui a pouco. – disse se levantando.

– Quer que eu fique observando você a malhar? Não obrigada. – falei implicante e ele sorriu.

– Sabia que você fica linda emburrada?

– Sabia que estamos uma semana sem nos falar direito e você age como fosse um doente mental com amnésia.

– Não guardo mágoa.

– Eu que deveria falar isso. – me alterei.

– Mas você guarda. – deu de ombros sorrindo sapeca e eu bufei sem respostas. – É sério, me encontra la fora daqui a 20 minutos.

Não respondi, voltei minha atenção a televisão. Após 15 minutos, Pattie desceu com os dois arrumados e eu os acompanhei até o carro. Quando eles já haviam ido embora, avistei a academia que ficava no quintal e relutei, mas acabei indo. Assim que abri a porta ele virou o rosto para a minha direção e sorriu. Entrei e fechei a porta sentindo o ar gelado do ar condicionado do local. Mesmo assim Justin parecia suado e cansado enquanto arrumava algumas coisas. Achei que iria encontrar ele malhando, mas não. Caminhei para perto dos equipamentos que usava e de repente ele pegou uma arma de dentro da bolsa me deixando confusa.

– Eu gosto mais de você quando você tá assim quietinha sem falar nada. – brincou sorrindo colocando a arma na minha mão.

– Que isso? – perguntei segurando completamente sem jeito ao segurar aquilo.

– Uma arma.

– Não seja idiota. – estalei a língua no céu da boca.

– Vou te ensinar a atirar. – falou ainda de bom humor.

– Eu não quero aprender, obrigada.

– Não perguntei se você quer. – falou e se posicionou atrás de mim e segurou minha mão que segurava a arma e apontou para uma barra de ferro um pouco fina. Justin atirou usando o meu dedo e acertou em cheio, aquilo era quase impossível.

– Ótima pontaria. – brincou largando minha mão e meu coração estava acelerado pelo susto.

– Você nunca quis que eu me misturasse nisso, porque a mudança de ideia? – perguntei analisando a arma em minha mão.

Justin ficou sério e andou até um boneco daqueles que os lutadores usam pra treinar me ignorando

– Justin, eu não quero fazer isso. – falei assustada.

– Quando você perceber que nossos filhos estão na mão de um cara tentando sequestra-los e eu não estou por perto, você vai querer fazer isso! – falei começando a ficar grosso e se afastou mais uma vez.

Observei seus passos e ele parou ao lado do boneco, a uns 20 metros de onde eu estava.

– O que você esta fazendo?

– Te dando um motivo pra acertar o alvo certo. – falou despreocupado praticamente colado ao boneco.

– Eu não quero fazer isso. – falei deixando a arma cair no chão e me olhou sério.

– Pega a arma. – disse tentando manter a calma.

– Eu não vou conseguir fazer isso e vou te acertar. – falei desesperada.

– Pega logo a porra da arma e deixa de ser fresca.

Me abaixei pegando a arma e ele começou a falar me dando a instruções.

– Postura reta. – falou e eu consertei minha postura me sentindo tensa. – Segura a arma, mas só coloca o dedo no gatilho quando eu mandar. Ande, erga a arma. – ordenou e eu relutei um pouco.

Levantei o braço direito com a arma na mão enquanto tremia.

– Com as duas mãos! – ele avisou e eu assim fiz. – Firmeza, Lorena, segura firme. – gritou me deixando mais nervosa. – Agora mira o boneco. – falou fechei o olhando mirando onde tinha que acertar. – Com os dois olhos abertos, Lorena! Cada olho te dá uma posição diferente, não confie nisso. Mantenha os dois olhos abertos. – falou e eu obedeci. – Pronto, atire.

Engoli a seco completamente insegura, eu não podia acertá-lo. Mirei o mais certeiro que achei que estava meu alvo e apertei o gatilho pela primeira vez sentindo que aquilo era mais difícil de fazer do que eu achava. O estrondo foi alto e já podia sentir meu coração agitado. Justin se afastou na mesma hora do boneco e depois se aproximou mirando o pequeno buraco no meio do abdômen do boneco. Sorri satisfeita e ele se virou para mim.

– Onde você mirou? – perguntou rindo.

– Na cabeça. – falei envergonhada.

– Não foi tão ruim, mas precisa melhorar. Vamos dê outro. – falou e eu estava mais calma.

Justin se afastou e eu me coloquei na posição certa e atirei quase acertando suas pernas fazendo-o pular.

– Ei, caralho cuidado com isso aí. Já vi que agora nem vamos mais poder discutir. – falou rindo e se aproximando de mim para tirar as armas da minha mão.

– Isso é emocionante. – falei eufórica e recebi um estalinho dele.

– Não se empolgue, só quis ver sua pontaria.

– Estou aprovada? – perguntei sorrindo enquanto ele guardava a arma e em seguida ele voltou para mim me agarrando.

– Estou perdoado por ter sido estúpido com você? – perguntou e abracei sua nuca.

– Já estou acostumada a ser usada quando você está de cabeça quente.

– Falou a vítima da história. – disse brincalhão mordendo minha bochecha.

– Se eu não sou a vítima, você que não é.

– Com uma arma na mão ninguem mais é vítima.

– Então agora entendi a intenção. – brinquei fazendo-o rir e Justin me pegou no colo e saiu comigo da academia.

– O que você está fazendo? – falei rindo enquanto ele corria comigo no colo com uma cara de atentado.

Avistei que nos aproximávamos da piscina e entendi tudo.

– Justin, não faz isso! – gritei e meu corpo foi jogado no ar e caí com tudo dentro da água.

– A gente ta sozinho porra, vamos nadar pelado! – gritou feito uma criança começando a tira a bermuda

– Para com isso, alguém vai ver!

– Ninguém vai ver. – disse já tirando a boxer e caindo na agua.

Enquanto ele ainda estava debaixo da água, começou a puxar meu short e a tira-lo e em seguida minha calcinha e então voltou a superfície com as peças de roupas nas mãos as jogando pra fora da piscina.

– Foi fácil. – sorriu e eu sorri provocadora começando a tirar minha blusa.

Justin olhou aquilo gostando de ser surpreendido enquanto eu rendia o meu sutiã. Cheguei mais perto dele abraçando seu corpo e fui com uma mão até seu pênis e comecei a estimular.

– Ninguém vai ver. – sussurrei suas palavras enquanto sua respiração demonstrava seu estado em meu ouvido.

Comentários

leitora nova/atrasada

Marii | 24/09/2013

AMEI DEMAIS ESSE CAP! EU QUERO A QUARTA TEMPORADA BUAAAAA! ESPERO QUE A LORENA SALVE O JUSTIN DA PROXIMA VEZ E NAO A KIMBERLY VADIA

capitulo

megan | 31/03/2013

Cara, pq tao perfeeeeeeeeeeeito? Aff clara vá ser escritora va

grrrr

@rihannamine a diva do site | 04/02/2013

literalmente um capítulo sem comentários...
Eu chorei chorei chorei e quando fui ler a parte mais que hot ainda tinham lágrimas nos meus olhos e depois voltei a chorarrrrrr
Enfim, Clara, não vale fazer capítulos tão perfeitos assim não, posha.
(pq ninguém comentou aqui?)

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